Mestrado em Ciências Ambientais
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.unifal-mg.edu.br/handle/123456789/2647
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Navegando Mestrado em Ciências Ambientais por Orientador(a) "Ramos, Flavio Nunes"
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Item Acesso aberto (Open Access) Diversidade beta da assembleia de epífitas entre árvores em pastagens e fragmentos de Mata Atlântica(Universidade Federal de Alfenas, 2023-02-16) Silva, Bianca Aparecida Borges E; Ramos, Flavio Nunes; Quaresma, Adriano Costa; Furtado, SamyraA diversidade beta pode ser entendida como uma medida que compara a diversidade em duas escalas diferentes: alfa e gama. A transformação do uso da terra para pastagens e agricultura intensiva cria nas paisagens os mosaicos agrícolas onde fragmentos de vários cultivos e pastagens se conectam com áreas naturais impondo condições espacialmente uniformes na paisagem, causando perda de habitat, de refúgio, de alimento e de corredores de dispersão, condições essas que são toleráveis apenas por um pequeno subconjunto de espécies nativas abundantes, causando a diminuição da diversidade beta local. As epífitas são particularmente sensíveis à fragmentação florestal, devido ao seu hábito ecológico muito específico, por serem plantas atmosféricas e viverem sem conexão com o solo, dependendo diretamente de seus forófitos. O objetivo deste estudo foi responder se: (1) O padrão de particionamento aditivo da diversidade entre as assembleias de epífitas do pasto e de florestas é semelhante? (2) O padrão de formação das assembleias de epífitas resulta dos processos de substituição de espécies ou aninhamento? e (3) Esses processos são diferentes entre pastos e florestas? Para isso utilizamos os dados de riqueza e abundância de Angiospermas epífitas coletados em 15 paisagens, cada uma consistindo em um fragmento florestal com uma pastagem adjacente. Amostramos as epífitas em 600 árvores nas florestas e 720 nas pastagens. Calculamos a beta diversidade através da partição aditiva da diversidade. Encontramos um total de 10.298 indivíduos pertencentes a 23 espécies e quatro famílias: Bromeliaceae, Orchidaceae, Cactaceae e Piperaceae. Nas pastagens encontramos 9939 indivíduos, pertencentes a 16 espécies. Bromeliaceae foi a família encontrada com maior abundância, principalmente três espécies de Tillandsia, e Orchidaceae com maior riqueza. Nas florestas encontramos 359 indivíduos, pertencentes a 18 espécies. Orchidaceae foi a família mais rica e mais abundante. Verificamos que apesar da diferença de riqueza ter sido baixa, a diversidade beta entre as florestas e as pastagens foi alta, devido à mudança de dominância de algumas espécies nas pastagens, principalmente a superpopulação do gênero Tillandsia (Bromeliaceae), e o principal processo responsável foi o aninhamento. Concluímos que os fragmentos florestais remanescentes não se encontram em bom estado de conservação, mas ainda assim suportam uma comunidade de epífitas vasculares adaptadas a esses ambientes, que desempenham um papel muito importante no ecossistema.Item Acesso aberto (Open Access) Influência de parâmetros locais e da paisagem sobre comunidades de epífitas vasculares em pastagens(Universidade Federal de Alfenas, 2017-02-21) Francisco, Nathalia Monalisa; Ramos, Flavio Nunes; Freitas, André Felippe Nunes De; Torres, Mariana WolowskiAs Epífitas vasculares constituem um importante e diverso grupo de plantas, representando cerca de 10% de toda a flora mundial. Devido ao seu hábitat aéreo, são particularmente sensíveis aos efeitos de modificações ambientais provocadas por atividades antrópicas, como a fragmentação florestal. No entanto, a despeito da importância do grupo e da extensão de áreas de atividade agropecuária, pouco se sabe sobre a ocorrência de epífitas em árvores remanescentes em pastagens e sobre a influência da paisagem agrícola ao redor. Nosso estudo teve como objetivo principal investigar o efeito de 20 variáveis ambientais em escala local e de paisagem (nas distâncias 400, 700 e 1.000 m) sobre a riqueza, abundância e biomassa de epífitas e quantidade de forófitos em árvores isoladas no pasto. Nós amostramos todas as holoepífitas angiospermas presentes em árvores com DAP ≥ 5cm dentro de parcelas de 1,96 ha distribuídas em 15 áreas. Para testar o efeito das métricas locais e da paisagem sobre os atributos das comunidades foram utilizados modelos lineares generalizados (GLM’s). Trabalhamos com as respostas da comunidade epifítica total (todas as espécies) e de grupos funcionais de dominância, polinização e dispersão. Nós registramos 16 espécies epifíticas distribuídas entre 9.936 indivíduos. Juntas, as duas espécies dominantes Tillandsia recurvata e Tillandsia pohliana foram responsáveis por 84% da abundância total registrada. A maioria das espécies foram classificadas como entomófilas e anemocóricas. Respostas distintas das comunidades (abundância, biomassa, riqueza e %forófitos) foram influenciadas apenas por parâmetros da composição da paisagem (%Pasto, %Café, %Mata e riqueza de usos da terra) em diferentes escalas (400 m e 1000 m). Nossos resultados apontam para a importância das árvores isoladas em pastagens como refúgio de comunidades de epífitas em áreas fragmentadas e para a influência da heterogeneidade da paisagem agrícola sobre a permanência do grupo nesses ambientes. Também fornece importantes implicações metodológicas, sendo o primeiro a adotar simultaneamente diferentes formas de quantificação de epífitas e divisão de espécies em grupos funcionais e avaliar a influência de variáveis multiescalas.Item Acesso aberto (Open Access) Tendências dos estudos de assembleias de epífitas vasculares na Floresta Atlântica: Uma revisão sistemática(Universidade Federal de Alfenas, 2023-02-07) Moreira, Vinicius José Silva Barbosa; Ramos, Flavio Nunes; Waechter, Jorge Luiz; Scudeller, Veridiana VizoniConhecer a biodiversidade dos biomas mundiais e o seu estado de conservação é uma preocupação crescente por parte dos pesquisadores. No entanto, problemas como escassez de dados e falta de coletas geram lacunas de conhecimento, como um grande número de espécies não descritas, falta de conhecimento sobre a distribuição geográfica das espécies e o déficit de conhecimento sobre as adaptações e as tolerâncias das espécies a condições adversas. Assim, nosso principal objetivo foi fazer uma revisão quantitativa sobre os inventários de epífitas vasculares na Floresta Atlântica. Para a realização deste trabalho buscamos os estudos (artigos, teses, dissertações e resumos de congressos) de assembleias de epífitas vasculares nas bases Web of Science, Scopus, Scielo e Google Acadêmico. Para a busca dos trabalhos foram utilizados os termos “epífitas vasculares” e “Floresta Atlântica'' em três línguas, Português, Inglês e Espanhol. Essa busca primária resultou em 471 estudos. Após uma primeira etapa de filtragem, onde apenas estudos sobre assembleias de epífitas vasculares na Floresta Atlântica foram selecionados, obtivemos 146 estudos. A maioria dos trabalhos utilizaram metodologia qualitativa e foram publicados em português e em revistas brasileiras. Realizar estudos em regiões subamostradas da Floresta Atlântica e melhorar a amostragem de grupos menos estudados é importante para diminuir as lacunas de conhecimento existentes no bioma, assim como aumentar e melhorar a coleta de informações que esses estudos fazem. Concluímos que a amostragem de epífitas na Floresta Atlântica ainda é mal distribuída, deixando muitas áreas subamostradas e, além disso, em geral, as informações coletadas por esses trabalhos possuem falhas, sendo portanto necessário que os futuros trabalhos sobre epífitas na Floresta Atlântica busquem melhorar a qualidade e aumentar a quantidade das informações coletadas, gerando uma base de dados mais sólida sobre toda a extensão do domínio fitogeográfico.