Mestrado em Ecologia e Tecnologia Ambiental
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.unifal-mg.edu.br/handle/123456789/2653
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Navegando Mestrado em Ecologia e Tecnologia Ambiental por Orientador(a) "Hasui, Érica"
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Item Acesso aberto (Open Access) A colonização de áreas regeneradas sob a influência de fatores de múltiplas escalas(Universidade Federal de Alfenas, 2014-01-31) Dias, Davi Ferri De Carvalho; Hasui, Érica; Silva, Wesley Rodrigues; Ramos, Flavio NunesA regeneração natural é um processo que vem ocorrendo em campos abandonados independentemente da intervenção antrópica e os fatores que agem sobre este processo podem se manifestar em diferentes escalas espaciais. A trajetória a ser “seguida” pela regeneração depende do legado do uso anterior da terra, das condições regionais e locais, assim como do contexto da paisagem na qual o sítio em processo de regeneração está inserido. Aspectos relativos à paisagem vêm ganhando destaque nas estratégias de restauração e conservação de ambientes naturais em função de sua importância para o entendimento dos fluxos biológicos e manutenção de populações em paisagens altamente fragmentadas. Contudo, a maioria dos trabalhos relativos à regeneração florestal e sua fauna se concentram na escala local e limitam-se na comparação entre as comunidades do sítio em processo de regeneração e florestas clímax. Com a intenção de identificar os fatores relativos a diferentes escalas que interferem na colonização faunística de áreas regeneradas o presente trabalho procurou responder a seguinte questão: a diversidade e a abundância de grupos funcionais de aves nas áreas em processo de regeneração são influenciadas por fatores que atuam em múltiplas escalas (local, da paisagem e regional)? Modelos de regressão linear generalizados foram gerados para testar os efeitos das variáveis referentes a cada uma das escalas sobre a diversidade e abundância dos grupos funcionais de aves. Foram obtidos modelos válidos para 3 dos 11 grupos funcionais amostrados. Dentre os modelos plausíveis, os que melhor previram a variação na abundância dos grupos funcionais foram constituídos por variáveis relativas à paisagem. Desta forma, parece prudente considerar aspectos da paisagem como a proporção de cobertura florestal e a presença de remanescentes florestais nas proximidades de áreas regenerantes para que a colonização e permanência da fauna sejam facilitadas.Natural regeneration is a process that has been occurring in abandoned fields independently of human intervention and the factors that act on this process can manifest at different spatial scales. The trajectory to be "followed" by regeneration depends on the legacy of previous land use, regional and local conditions, as well as the landscape context in which the site in the regeneration process is inserted. Aspects of the landscape are gaining prominence in strategies for restoration and conservation of natural environments due to its importance for the understanding of biological flows and maintenance of populations in highly fragmented landscapes. However, most of the work about regrowth forest and fauna are focused on the local scale and are limited to the comparison between the communities of the site in regeneration process and climax forest. With the intention to identify factors related to different scales that interfere with faunal colonization of regenerated areas this study sought to answer the following question: diversity and abundance of functional groups of birds in areas of regeneration are influenced by factors that act on multiple scales (local, landscape and regional)? Generalized linear models were generated to test the effects of the variables related to each of the scales on the diversity and abundance of functional groups of birds. Good models were obtained for 3 of the 11 sampled functional groups. Among the plausible models, which best predicted the variation in abundance of functional groups were composed of variables related to landscape. Thus, it seems prudent to consider aspects of the landscape as the proportion of forest cover and the presence of forest remnants near regrowth areas for facilitate the colonization and persistence of fauna.Item Acesso aberto (Open Access) Diversidade beta e distribuição espacial de espermatófitas, anfíbios, aves e primatas em fragmentos florestais no Sudeste do Brasil(Universidade Federal de Alfenas, 2014-04-25) Silva, Mario Antonio Sacramento; Hasui, Érica; Wisniewski, Maria José Dos Santos; Garey, Michel VarajãoA análise por partição da diversidade é uma abordagem empregada para se tentar compreender como as comunidades se estruturam espacialmente e os fatores que operam na geração e manutenção dos padrões de distribuição das espécies. Nós examinamos a estrutura espacial da diversidade de espécies referente a quatro grupos taxonômicos, de diferentes capacidades de dispersão, em 16 fragmentos florestais localizados no sul do estado de Minas Gerais. Especificamente, testamos: i) se a similaridade na composição de espécies estaria relacionada negativamente com a distância geográfica entre os fragmentos; e ii) se a diversidade beta apresentada por cada grupo poderia ser negativamente relacionada com as respectivas capacidades de dispersão. Tanto a diversidade alfa quanto a similaridade composicional entre as localidades foi baixa. A diversidade beta, para nenhum dos grupos, não esteve correlacionada com a distância. Os primatas, seguidos das aves, apresentaram maior tendência em formar agrupamentos de similaridade, embora de maneira independente da distância, bem como os menores valores relativos de diversidade beta. Já espermatófitas e anfíbios não definiram agrupamentos e apresentaram relativamente os maiores valores de diversidade beta. Interpretamos tais resultados como indicações de que grupos com maior capacidade de dispersão (primatas e aves) tendem a alcançar, em média, localidades mais distantes e, portanto, a definir agrupamentos mais similares (i.e., baixa diversidade beta). Já os grupos com menor capacidade de dispersão (espermatófitas e anfíbios) apresentaram a tendência inversa à dos primeiros. Apesar da maioria das espécies terem apresentado ocorrência restrita a poucas localidades, contribuindo para a baixa similaridade, as altas diversidades beta e gama demonstraram o quanto as localidades são, representativamente, distintas e complementares entre si em termos de composição de espécies. Tais características reforçam e justificam, de alguma maneira, futuras iniciativas de conservação, tanto em âmbito local quanto regional.Item Acesso aberto (Open Access) "Em que contexto de paisagem a restauração passiva é favorecida?: evidências a partir da diversidade do banco de sementes"(Universidade Federal de Alfenas, 2014-07-04) Melo, Michele Molina; Hasui, Érica; Polo, Marcelo; Silva, Wesley RodriguesAs atividades antrópicas geram altas taxas de fragmentação e atualmente caracterizam uma ameaça à manutenção da biodiversidade. Neste contexto, a recuperação de ecossistemas vem se tornando uma atividade crescente, como iniciativa de frear o processo de extinção. Assim, o desenvolvimento de estratégias que priorizem a restauração de baixo custo é uma alternativa viável e atraente. Porém, esta depende de fatores, como a capacidade de dispersão das sementes que pode ter interferência da paisagem. Assim, o seguinte estudo teve o objetivo de avaliar como a estrutura da paisagem afeta o banco de sementes e seus possíveis dispersores, favorecendo a restauração passiva.Selecionamos 10 paisagens, envoltos por pelo menos dois destes três tipos de matriz: cana-de-açucar, pastagem e café. O banco de sementes foram coletados emdistâncias pré-estabelecidas do interiordo fragmento florestal à matriz. Além disso, um levantamento da avifauna local foi realizado nos mesmos remanescentes. Para examinar a relação entre o banco de sementes e a paisagem foram utilizados modelos lineares e não lineares. As métricas de paisagem testadas nos modelos foram: porcentagem de cobertura florestal, complexidade da forma, índice de isolamento e índice de permeabilidade. Encontramos que a estrutura da paisagem, direta e indiretamenteafetam o banco de sementes via aves dispersoras. A paisagem influencia diretamente a manutenção da avifauna dispersora, afetando indiretamente o banco de sementes zoocóricas e,consequentemente, a possibilidade de restauração bem-sucedida. Matrizes mais permeáveis, formas mais simples, maior conectividade entre os fragmentos e maior porcentagem de mata garantiram maior freqüência de ocorrência de aves dispersoras que, por sua vez, asseguraram a manutenção do banco de sementes zoocóricas. Desta forma, através da compreensão destes efeitos diretos e indiretos, sugerimos que os aspectos estruturais da paisagem, devem ser considerados em estratégias de gestão e restauração de áreas florestais.Item Acesso aberto (Open Access) O efeito da paisagem na subtribo de abelhas Euglossina (Hymenoptera: Apidae)(Universidade Federal de Alfenas, 2013-09-16) Raniero, Mariana; Hasui, Érica; Ribeiro, Milton Cezar; Silva, Vinícius Xavier DaO desmatamento na Mata Atlântica tem mudado a estrutura da paisagem ao longo de décadas no Brasil. Para testar a hipótese de que a estrutura da paisagem e o efeito da fragmentação pode favorecer a diversidade, nós desenvolvemos este estudo para responder a duas questões: I) Quais elementos estruturais da paisagem explicam a riqueza de abelhas Euglossina em uma paisagem altamente fragmentada? II) Qual é o limiar crítico de quantidade de habitat natural, relacionado ao polinizadores de longa distância, nesta paisagem? Apesar de nossa região estar imersa numa paisagem altamente fragmentada, características estruturais podem favorecer polinizadores de longa distância: quantidade de habitat natural e heterogeneidade em paisagens de 1000m de raio. A persistência destes polinizadores é maior em paisagens acima do limiar de 25% de habitats naturais. A quantidade de habitat e a heterogeneidade espacial melhor explicaram a diversidade e representam mecanismos de uso e forrageio dos polinizadores, como diferente recursos ao longo de diferentes habitats na paisagem. Para eles isto representa a diversa gama de recursos florais e materiais para ninhos. Para alcançar esses resultados nós usamos iscas aromáticas para amostrar abelhas Euglossina, eficientes polinizadores de longa disctância, e analisamos esses dados através de modelos de regressão. Nós selecionamos o melhor modelo através do wAIC da seleção usando o Critério de Informação de Akaike (AIC), comparando modelos lineares generalizados (GLM) dos elementos estruturais da paisagem (configuração e composição) e a riqueza estimada das abelhas Euglossina.Item Acesso aberto (Open Access) Perda de diversidade filogenética e alteração da estrutura filogenética em comunidades de aves em paisagens fragmentadas(Universidade Federal de Alfenas, 2016-04-29) Maure, Lucas Andrigo; Hasui, Érica; Silva, Danilo Muniz; Cunha, Rogério Grassetto Teixeira DaA perda e fragmentação do hábitat estão entre as principais ameaças à biodiversidade tropical terrestre. Entender como essas alterações ambientais afetam a biodiversidade tem sido um desafio para ecólogos e conservacionistas. Neste estudo, testamos o efeito da fragmentação florestal sobre a diversidade filogenética e a estrutura filogenética de comunidades de aves ao longo de um gradiente de fragmentação na Mata Atântica. Avaliamos comunidades de aves em 83 fragmentos florestais e descrevemos a paisagem ao redor com três índices: quantidade de hábitat, conectividade estrutural e agregação das manchas. Esses índices foram calculados em paisagens circulares de 1 km ao redor dos pontos amostrais. Além dessas medidas de paisagem, também incluímos dados de elevação como variável preditiva ou aleatória, usando modelos lineares ou não-lineares. Nossos resultados mostraram que a quantidade de hábitat e agregação das manchas tem forte efeito sobre a diversidade filogenética. No entanto, esse efeito é condicionado à altitude. Assim, maiores valores de diversidade filogenética se encontram em paisagens de maior quantidade de hábitat, maior agregação das manchas e maior altitude. O aumento da diversidade filogenética com o aumento de quantidade de hábitat e agregação das manchas se deve principalmente à relação da riqueza de espécies com a quantidade de hábitat e a proximidade entre as manchas de hábitat. Por outro lado, o aumento da diversidade filogenética com a altitude provavelmente é consequência das condições ambientais de montanhas tropicais e de aspectos evolutivos e biogeográficos da Mata Atlântica. Também, verificamos que a conectividade estrutural interferiu no padrão de estrutura filogenética das comunidades mostrando: padrão agrupado em baixa conectividade e disperso em alta conectividade. Assim, valores baixos de conectividade estrutural atuaram como filtro ambiental, selecionando espécies mais próximas filogeneticamente.Item Acesso aberto (Open Access) Seleção sexual e os riscos de extinção em paisagens fragmentadas(Universidade Federal de Alfenas, 2015-10-28) Silva, Cristina Magalhães; Hasui, Érica; Boscolo, Danilo; Ramos, Flavio NunesPaisagens fragmentadas aumentam os riscos de extinção de espécies com competição sexual, porque existe uma relação antagônica entre a seleção sexual e seleção natural. Este é o caso das espécies dicromáticas, pois seu padrão dimórfico de plumagem pode ser mais conspícuo aos predadores, além de ter custos energéticos altos para serem produzidos, o que exige uma diversidade alta de recursos. Sendo assim, paisagens fragmentadas podem acentuar as desvantagens dessas espécies, pois diminuem a disponibilidade de habitat e interferem nos padrões de movimentação das espécies (i.e . no uso de conectores da paisagem). Portanto, analisamos os efeitos da quantidade habitat e sua agregação na paisagem, na diversidade de espécies dicromáticas e monocromáticas, e coletamos dados de presença dessas espécies, através da técnica de focal, em 79 árvores dispersas em pastos de 8 paisagens diferentes. Os dados foram análisados por GLM, GLMM e GAM, e os melhores modelos mostram que o dicromatismo (p<0,001) é uma caractrerística que aumenta a vulnerabilidade das espécies em paisagens fragmentadas. A quantidade de habitat é um fator que aumenta a diversidade dessas espécies (p<0,001), mas espécies dicromáticas possuem menos tolerância a perda de habitat, pois possui limiar em torno de 35.5% de habitat na pasiagem, do que monocromáticas, que possuem limiar de 26.6%. Além disso, o dicromatismo também diminui as chances de presença de espécies nas árvores dispersas da paisagem. Ademais, outras características da paisagem foram importantes fatores que influenciam a diversidade e movimentação de todas as espécies. A agregação foi mais importante pra espécie com baixa dependência florestal, a porcentagem de mata na paisagem aumentou o uso de árvores dispersas e a distância absoluta das árvores dispersas diminuem a utilização das árvores, para todas as espécies. Ainda, a altura da árvore (p<0,001) aumentou a presença das espécies, tanto espécies com alta dependência florestal, como baixa, e a presença de predadores nas árvores dispersas diminuiu a presença das espécies. Portanto, os resultados indicam que espécies selecionadas sexualmente, possuem maiores riscos de extinção em paisagem fragmentadas.Fragmented landscapes enhance the extinctions risks of species with sexual competition, because sexual and natural selection has an antagonistic relation. This is the case of dichromatic species, because their pattern of color plumage could be more conspicuous to predators and more energetic costly to be made, which requires a high diversity of resources. Thus, fragmented landscapes could enhance even more the disadvantages of these sexual selected species, because it decrease habitat quantity and availability and inhibit animal movement (i.e in the use of landscape structure conectors). Thus, we analyzed the influence of habitat amount and habitat aggregation in species diversity of dichromatic and monochromatic species, and collected data from presence/absence by focal technique, in 79 scattered trees on pastures of 8 different landscapes. Data were analyzed using GLM, GLMM and GAM and the best models showed that dichromatism (p<0,001) is a characteristic that enhances species vulnerability to fragmentation. Habitat amount is a factor that increases species diversity, but the tolerance to habitat loss for dichromatic species is lower, as the critical threshold is 35.5% of habitat amount to them, compared to 26.6% for monochromatic. Besides, dichromatism inhibits the presence of species in scattered trees on the landscape. Likewise, other landscape characteristics were important to enhance or decrease species diversity and presence. Habitat aggregation was important to species with low forest dependence, the percentage of trees in the landscape enhanced the presence of species in scattered trees and tree distance from the fragment decreased the presence of species on them. Additionally, tree height (p<0,001) increases the presence of both low and high forest dependent species and the presence of predators decrease the presence of these species on scattered trees. Wherefore, our result shows that species sexually selected, can have more extinction risks in fragmented landscape