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Navegando Tese por Orientador(a) "Dias, Amanda Latercia Tranches"
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Item Embargo Análise comparativa da resposta antifúngica de Candida albicans E espécies não-albicans de Candida spp. em presença de Lactobacillus spp. e seus metabólitos(2025-05-08) Bonilha, Ana Letícia Caproni; Dias, Amanda Latercia Tranches; Ikegaki, Masaharu; Oliveira, Sandra Maria; Marques, Marcos José; Rodrigues, Maria RitaEste estudo investiga a interação entre espécies de Candida e Lactobacillus, com foco na capacidade de formação de biofilmes e na sensibilidade aos antifúngicos. A pesquisa destaca a importância de compreender o papel que as espécies de Candida, particularmente Candida albicans, desempenham no microbioma humano, onde geralmente atuam como comensais, mas podem se transformar em patógenos em determinadas condições. O trabalho examina, em profundidade, a resposta dos biofilmes de Candida spp., tanto recém-formados quanto maduros, quando expostos ao contato com espécies de Lactobacillus e seus metabólitos, o lactato de sódio e o peróxido de hidrogênio. Além disso, são avaliadas as interações sinérgicas entre esses metabólitos e o antifúngico amplamente utilizado, fluconazol. Os resultados demonstram que os biofilmes maduros de Candida spp. apresentam maior resistência aos tratamentos antifúngicos tradicionais, o que representa um grande desafio em ambientes clínicos, especialmente em infecções hospitalares. No entanto, foi observado que a combinação de metabólitos de Lactobacillus spp. (lactato de sódio e peróxido de hidrogênio) com fluconazol tem um efeito sinérgico, levando à evidente redução da atividade metabólica das células fúngicas. Esta combinação foi particularmente eficaz em biofilmes maduros, nos quais a resistência a tratamentos isolados é mais robusta. O estudo sugere que o uso de terapias combinadas, envolvendo antifúngicos e metabólitos de Lactobacillus, pode representar uma abordagem inovadora e eficaz para o controle de infecções fúngicas refratárias ao tratamento antifúngico. Esse método pode ter especial relevância no contexto hospitalar, no qual, pacientes imunocomprometidos são particularmente vulneráveis a infecções fúngicas persistentes. O trabalho contribui para a compreensão de estratégias terapêuticas que combinam agentes antifúngicos convencionais com intervenções baseadas no microbioma, abrindo caminhos promissores para o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes e personalizados.Item Acesso aberto (Open Access) Análises metabolômicas e influências de antifúngicos e da interação patógeno-hospedeiro na expressão gênica de adesinas e proteases em Candida albicans(Universidade Federal de Alfenas, 2020-03-18) Dias, Amanda Latercia Tranches; Melhem, Marcia De Souza Carvalho; Padovan , Ana Carolina Barbosa; Dias, Marcos Vinicios Salles; Colombo, Fabio AntonioAs infecções fúngicas são um problema de saúde pública, especialmente em ambientes hospitalares, nos quais Candida spp. são as principais causadoras de infecções fúngicas invasivas. Dentre os fatores associados à virulência desse gênero destacam-se a produção de adesinas e aspartato proteases, que contribuem para a adesão e invasão dos tecidos do hospedeiro. Acredita-se que a exposição de Candida spp. a fagócitos e/ou a concentrações subinibitórias de antifúngicos pode alterar a expressão dessas proteínas e aumentar a virulência do fungo. Esse trabalho objetivou avaliar fatores associados a virulência tais como metabolômica e expressão dos genes SAP2, SAP4, SAP9, SAP10, HWP1 e ALS3, em isolados clínicos de C. albicans em interação com macrófagos e após exposição a concentrações inibitórias e subinibitórias (1/4 ou 1/8) de antifúngicos. Oito linhagens de C. albicans foram testadas quanto à sensibilidade aos antifúngicos anfotericina B, caspofungina e fluconazol e mostraram-se sensíveis, com exceção da 221-V que foi considerada resistente a caspofungina. A identificação dos isolados foi confirmada por MALDI-TOF, e o perfil metabolômico das linhagens foi analisado por RMN 1H. 66 moléculas foram encontradas no metaboloma, as quais estão envolvidas principalmente no ciclo do ácido tricarboxílico (TCA), na glicólise e gliconeogênese, no metabolismo dos aminoácidos, lipídeos e ácidos nucleicos. Ademais, foram encontradas algumas moléculas associadas a virulência fúngica. A linhagem 221-V destacou-se por apresentar altas concentrações de trealose, glicose, fumarato, arabitol e glicerol, essas moléculas estão associadas a resposta ao estresse oxidativo e osmótico. A partir dos resultados de metabolômica e sensibilidade foram selecionadas três linhagens para ensaios de fagocitose e expressão gênica. Após ensaios de interação Candida-macrófagos, foi observado que os macrófagos eliminaram 34,18±5,43%; 35,30±7,12% e 34,81±4,73% das células de leveduras, nas linhagens 121, 221-V e SC5314. Em relação a expressão gênica analisada por qPCR, a interação Candida-macrófago regulou positivamente a expressão dos genes SAP2 (13,85±1,95), ALS3 (5,81±0,91) e HWP1 (15,66±3,29) em comparação com o controle. Em geral, o tratamento com concentrações subinibitórias de anfotericina B, fluconazol e caspofungina aumentou os níveis de expressão dos genes analisados. A linhagem 221-V destacou-se por aumentar os níveis de expressão dos seis genes avaliados após exposição a caspofungina SAP2 (75,85±10,69), SAP4 (32,19±15,93), SAP9 (6,91±0,85), SAP10 (55,38±25,19), ALS3 (11,81±4,60) e HWP1 (41,38±8,69) em comparação com o controle. Esses resultados mostram que a interação com células hospedeiras e, principalmente, a exposição a concentrações subinibitórias de antifúngicos podem correlacionar-se com o aumento da virulência de C. albicans. Concentrações subinibitórias podem ser utilizadas como tratamento sistêmico empírico ou profilático para pacientes com fatores de risco para candidíase invasiva, bem como, pode incorrer em falha terapêutica devido a parâmetros farmacocinéticos e/ou farmacodinâmicos, a não adesão ao tratamento e erros de dosagem ou ao tempo entre as doses. Além disso, compreender a patogênese fúngica pode auxiliar na pesquisa e desenvolvimento de novas possibilidades terapêuticas, tais como novos fármacos para candidíase, contribuindo assim para a redução da incidência de morbidade e mortalidade associada a infecções fúngicas.Item Acesso aberto (Open Access) Estudos de biodistribuição tecidual aplicados à quimioterapia da doença de Chagas(2025-08-29) Fernandes, Valquíria Ângelis; Dias, Amanda Latercia Tranches; Guedes, Paulo Marcos da Matta; Santos, Fabiane Matos dos; Marques, Marcos José; Faria, Angélica RosaOs mecanismos que explicam a resistência de Trypanosoma cruzi ao tratamento etiológico ainda não são claros. O objetivo deste projeto foi investigar se a distribuição tecidual do parasito e a resposta imune do hospedeiro influenciam na resposta de diferentes cepas de T. cruzi ao tratamento etiológico. Para isso foram usados o benznidazol (100mg/kg), um fármaco nitro-heterocíclico, e o E1224 (50mg/kg), um azol inibidor da biossíntese de ergosterol com reconhecida atividade tripanossomicida. Camundongos BALB/c infectados pelas cepas Colombiana e CL Brener (resistente e susceptível ao benznidazol, respectivamente) foram tratados por 5 dias consecutivos na fase aguda da infecção. A parasitemia foi avaliada diariamente e o perfil de distribuição tecidual investigado, por qPCR, em dois momentos distintos: no último dia de tratamento e 5 dias após o término do tratamento. A quantificação de citocinas Th1/Th2/Th17 foi realizada em amostras de plasma obtidas no último dia de tratamento. Grupos controle infectados ou não foram incluídos. Os resultados indicaram que o coração, músculo esquelético e tecido adiposo foram os nichos de maior carga parasitária nos animais infectados pela cepa Colombiana na fase aguda. Para a cepa CL foi identificada alta carga parasitária em todos os órgãos, particularmente pulmão, rim, músculo esquelético e intestino grosso. O benznidazol e o E1224 reduziram significativamente o parasitismo em todos os órgãos dos animais infectados pela cepa Colombiana; o mesmo foi observado para o benznidazol no tratamento da infecção pela cepa CL. Contudo, diferentes perfis foram observados após imunossupressão. Para a cepa CL, não foi detectado aumento da carga parasitária pós-imunossupressão; pelo contrário, no tecido adiposo, baço e fígado, o número de parasitos foi significativamente menor. Para a cepa Colombiana, foi identificada reativação após tratamento com benznidazol no coração, tecido adiposo e intestino grosso, enquanto coração e fígado foram os sítios de recrudescência após tratamento com E1224. A infecção aguda induziu perfil similar, pró-inflamatório, de citocinas para ambas as cepas. A redução da carga parasitária, independente do fármaco ou cepa, modulou negativamente as citocinas do perfil Th1, cujos níveis foram significativamente menores do que os observados para os animais infectados e não tratados. Nossos dados evidenciam que o perfil de citocinas identificado não se apresentou como fator determinante na resposta de susceptibilidade ou resistência ao benznidazol na fase aguda da infecção por T. cruzi. Ainda, indicam que a cepa Colombiana, resistente à terapia com benznidazol e E1224, possui coracão, músculo esquelético, fígado, tecido adiposo e/ou intestino grosso como reservatórios de T. cruzi após tratamento etiológico com esses fármacos, podendo contribuir para falha terapêutica.Item Acesso aberto (Open Access) Expressão gênica de Candida albicans frente a diferentes concentrações de antifúngicos e antiretrovirais(Universidade Federal de Alfenas, 2017-08-25) Dias, Amanda Latercia Tranches; Melhem, Márcia De Souza Carvalho; Loyola, Ana Beatriz Alkimim Teixeira; Ariosa, Marília Caixeta FrancoImportantes atributos associados à virulência podem ser observados em Candida spp., tais como a expressão de genes SAP, os quais são responsáveis por regular a secreção de aspartato proteases (Sapp). Sabe-se que a exposição de Candida spp. a certas substâncias pode alterar o padrão de secreção de enzimas hidrolíticas tais como as Sapp. Essas proteases apresentam estrutura química e sítio ativo semelhante às proteases do vírus HIV, o que sugere que inibidores de proteases usados no tratamento da AIDS possam interagir com as proteases de Candida spp. e influenciar a síntese das proteases. O isolado padrão de C. albicans SC5314 e dois isolados de C. albicans provenientes de casos de infecção hospitalar, classificados como sensíveis ao fluconazol e anfotericina B no teste de sensibilidade, foram cultivados por 24 horas, 37°C, 180 rpm em caldo “Yeast Carbon Base” (YCB) suplementado com soroalbumina bovina (BSA) em diferentes condições de exposição, como a presença de fluconazol e anfotericina B em concentrações inibitórias e subinibitórias e saquinavir e pepstatina A em concentrações efetivas e subefetivas. Avaliou-se a expressão relativa dos genes SAP2, SAP4, SAP7 e SAP9 nos isolados submetidos a esses cultivos usando ACT1 como gene normalizador e os resultados foram analisados pelo método do CT comparativo (2-ΔΔCT) usando a amostra não tratada como controle. A expressão de SAP nos isolados de C. albicans foi maior na presença de concentrações inibitórias/efetivas dos antifúngicos e inibidores de proteases, sendo que, em número absolutos, a expressão desses genes foi ainda maior para os inibidores de proteases. C. albicans SC5314 foi o isolado de maior expressão de SAP e SAP7 foi o gene mais expresso nos isolados, em números absolutos. A fim de investigar a influência das substâncias ativas fez-se avaliação dos cultivos por citometria de fluxo e quantificação de ergosterol. A avaliação por citometria de fluxo não demonstrou grandes alterações de complexidade celular ou desvio de fluorescência indicativo de maior atividade de morte e a quantificação do ergosterol foi significativamente reduzida em relação ao controle apenas na presença de concentração inibitória de fluconazol. Tais resultados sugerem que não deva existir relação direta entre a influência dos antifúngicos e inibidores de proteases sobre a expressão de SAP e os padrões celulares avaliados, entretanto, uma vez que os fatores associados à virulência são correlacionados, tais situações podem influenciar positivamente a expressão dos genes no sentido de promover reposição das proteases a fim de garantir sua patogenicidade.
