Mestrado e Doutorado
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.unifal-mg.edu.br/handle/123456789/2560
Navegar
Navegando Mestrado e Doutorado por Cursos "Mestrado em Ciências Farmacêuticas"
Agora exibindo 1 - 3 de 3
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Item Acesso aberto (Open Access) Desenvolvimento, caracterização e avaliação de novas formas sólidas de domperidona veiculadas em uma formulação orodispersível.(2024-11-07) Reis, Kassius de Souza; Bonfilio, Rudy; Trevisan, Jerusa Simone Garcia; Carvalho, Flávia ChivaA domperidona (DOM) é um ingrediente farmacêutico ativo (IFA) antiemético e procinético, utilizado para tratar sintomas como náuseas, refluxo, dor epigástrica e gastroparesia. No entanto, sua eficácia terapêutica é prejudicada pela baixa solubilidade em água e pelo extenso metabolismo de primeira passagem hepático e metabolismo intestinal, resultando em baixa biodisponibilidade. Este trabalho apresenta estratégias para aprimorar suas propriedades biofarmacêuticas através da obtenção de formas sólidas multicomponentes por meio de síntese mecanoquímica assistida por água, seguido da veiculação dos produtos obtidos em comprimidos orodispersíveis (CODs) para melhora na solubilidade e dissolução. Dentre os coformadores testados, foram obtidos: maleato de DOM 2,5 hidratado (sal), mandelato de DOM anidro (sal), sacarinato de DOM monohidratado (sal) e um cocristal de DOM e hidroquinona. Vale destacar que os dois últimos não possuem estrutura cristalina catalogada no CSD. As formas sólidas foram caracterizadas por difração de raios-X de pó (DRXP), calorimetria exploratória diferencial (DSC), análise termogravimétrica (TGA) e espectroscopia no infravermelho por transformada de Fourier. Posteriormente, foram produzidos CODs contendo mandelato de DOM anidro, sacarinato de DOM monoidratado e DOM monocomponente, onde os comprimidos foram avaliados através de ensaios de perfil de dissolução, utilizando um método de cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) desenvolvido e validado segundo as diretrizes da RDC 166 de 2017 (ANVISA) para quantificação das amostras. Ambas as formas multicomponentes (mandelato de DOM anidro e sacarinato de DOM monoidratada) apresentaram perfis de dissolução distintos da formulação contendo DOM monocomponente, onde os sais obtidos apresentaram maior velocidade na liberação do IFA em 60 minutos, mostrando que a abordagem utilizada no estudo pode ser efetiva no que tange os problemas de solubilidade e dissolução apresentados pelo IFA.Item Embargo Explorando os benefícios do alecrim-do-campo (Baccharis dracunculifolia) em modelo animal: potencial ação ansiolítica e antidepressiva(2025-03-07) Souza, Renata Maria Leal de; Ceron, Carla Speroni; Garcia, Tayllon dos Anjos; Rosalen, Pedro LuizTranstornos de ansiedade e depressão, frequentemente associados ao estresse oxidativo e à redução da neuroproteção no sistema nervoso central (SNC), representam desafios importantes à saúde pública. Baccharis dracunculifolia destacase como uma planta medicinal promissora devido às suas propriedades antioxidantes e neuroprotetoras. Este estudo avaliou os efeitos ansiolíticos e antidepressivos do extrato de B. dracunculifolia (50 mg/kg) (BD 50) em ratos Wistar machos e fêmeas. Os animais foram submetidos a testes comportamentais e análises bioquímicas para avaliar marcadores de estresse oxidativo, incluindo a atividade das enzimas superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT), os níveis de glutationa (GSH) e a quantificação de espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), além da expressão do fator neurotrófico derivado do encéfalo (BDNF) no SNC. Foram utilizados 60 machos e 60 fêmeas, divididos em grupos controle, BD 50 e fluoxetina (10 mg/kg). Para avaliar os efeitos ansiolíticos, os animais foram submetidos aos testes de labirinto em T elevado (LTE), campo aberto (CA) e claro-escuro (CE). Para os efeitos antidepressivos, foram realizados os testes de nado forçado (NF) e preferência por sacarose (PPS). No 18º dia, os encéfalos foram coletados para análises oxidativas e de BDNF. Nos machos, o BD 50 exibiu efeito ansiolítico (exceto no CE), sem efeito antidepressivo, aumentou a atividade de SOD e CAT, estabilizou GSH e manteve TBARS, sem alterar a expressão de BDNF. Nas fêmeas, o BD 50 demonstrou efeito ansiolítico (LTE, CA, CE) e antidepressivo (NF), semelhante à fluoxetina, mas sem aumento na atividade de SOD, CAT, GSH ou expressão de BDNF. Conclui-se que o tratamento crônico com BD 50 promoveu efeitos ansiolíticos e antioxidantes em machos, enquanto nas fêmeas exibiu efeitos ansiolíticos e antidepressivos por uma via independente do estresse oxidativo, destacando a importância do dimorfismo sexual na farmacologia.Item Acesso aberto (Open Access) Síntese e caracterização de nanopartículas multifuncionais de biossurfactante iturina-nafamostat, ação em membranas biomiméticas, modulação inflamatória e redução da infecção viral in vitro em astrócitos(2024-12-05) Oliveira, Camila dos Santos; Carvalho, Flavia Chiva; Silva, José Mauricio Schneedorf Ferreira da; Ceron, Carla SperoniA Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) causada pelo SARS-CoV-2 e suas complicações neurológicas representam um desafio significativo para a saúde pública global. Apesar dos avanços alcançados desde o início da pandemia, a identificação de terapias multifuncionais que possam abordar simultaneamente as manifestações pulmonares e neurológicas da COVID-19 permanece limitada. Estudos anteriores de nosso grupo demonstraram que biossurfactantes associados a inibidores de protease exibem potencial antiviral contra o SARS-CoV-2 (patente pendente). Este trabalho teve como objetivo sintetizar e caracterizar nanopartículas (NPs) de biossurfactante iturina contendo o inibidor de protease nafamostat (NPN), avaliar sua interação com o modelo de membrana lipídica suportada (s-BLM) e investigar seus efeitos em modelos in vitro de inflamação e infecção viral em astrócitos. As NPN e NPs de biossurfactante iturina controle (NPC) foram obtidas por microemulsão dupla do tipo água/óleo/água (A/O/A). O tamanho hidrodinâmico e a polidispersão foram analisados por espalhamento dinâmico de luz (DLS). A eficiência de encapsulamento do nafamostat foi calculada através da equação: EE (%) = [(Ct − Cs)/Ct] × 100. O perfil de liberação das NPN foi avaliado por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC) em intervalos de até 1 à 72 horas. A Interação das NPC com a s-BLM foi investigada por voltametria cíclica. A citotoxicidade foi avaliada em culturas primárias de astrócitos e microglia utilizando o ensaio MTT. Nos ensaios de inflamação, astrócitos estimulados com lipopolissacarídeo (LPS) foram tratados com NPC e NPN. A liberação de citocinas pró-inflamatórias (TNF-α e IL-6) foi quantificada por ELISA, enquanto a imunofluorescência foi empregada para avaliar a expressão da proteína fibrilar glial ácida (GFAP). Adicionalmente, a infectividade viral foi avaliada por um modelo pseudotipado de vírus (VSV-SARS-CoV-2-S) em astrócitos tratados, com quantificação da porcentagem (%) de células infectadas pela fluorescência da proteína mCherry. Os resultados indicaram uma eficiência de encapsulamento de nafamostat de 85%, com liberação controlada de 22% a 47% ao longo de 72 horas. As análises de voltametria ciclíca sugeriram que as NPC apresentam ação sobre a membrana s-BLM, premitindo a passagem de íons ferricianeto de potássio [Fe(CN)6]3− após 4 à 5 horas de interação com as NPC. A viabilidade celular manteve-se superior a 70% em todas as concentrações testadas. Nos modelos inflamatório, apenas as NPN reduziram a produção de TNF-α, enquanto que para IL-6 tanto NPC e NPN reduziu a citocina. No modelo viral, as NPC reduziram a infectividade do VSV-SARS-CoV-2-S (mCherry) in vitro em astrócitos. Conclui-se que, as NPC e NPN de biossurfactante iturina apresentam ação sobre membranas (s-BLM), possui potencial para modular processos inflamatórios in vitro em células do sistema nervoso central (SNC), e a presença do biossurfactante iturina em sua composição apresenta potencial para reduzir a infecção viral in vitro pelo (VSV-SARS-CoV-2-S). Este trabalho contribui com estratégias inovadoras para entrega de inibidores de protease ao SNC, ampliando suas aplicações em doenças neuroinflamatórias.