Mestrado em Ciência e Engenharia Ambiental
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.unifal-mg.edu.br/handle/123456789/2645
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Navegando Mestrado em Ciência e Engenharia Ambiental por Assunto "Agricultura"
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Item Acesso aberto (Open Access) Biodegradação anaeróbia da atrazina em diferentes condições de oxirredução(Universidade Federal de Alfenas, 2019-08-30) Matias, Tális Pereira; Brucha, Gunther; Durval, João; Moura, Rafael Brito DeO uso indiscriminado do herbicida atrazina no Brasil e no mundo apresenta diversos efeitos adversos a saúde humana e aos ecossistemas, podendo ser encontrado no solo, nas águas subterrâneas e superficiais, no ar e também nos seres vivos. A biodegradação deste composto pode ocorrer por meio de diferentes condições de oxirredução, com a participação de consórcios microbianos aeróbios e anaeróbios, gerando diferentes intermediários metabólitos de degradação. Por meio de revisão bibliográfica e pesquisa experimental realizada com enriquecimento de microrganismos desnitrificantes, bactérias redutoras de sulfato (BRS) e arqueias metanogênicas, em reatores anaeróbios em diferentes condições de oxirredução (desnitrificantes, sulfetogênicas e metanogênicas) o presente trabalho traz uma explanação sobre os processos de biodegradação da atrazina, destacando os microrganismos detectados na literatura com potencial de degradação deste composto utilizando a atrazina como fonte de carbono e/ou nitrogênio, e os seus intermediários metabólitos formados durante os processos bioquímicos de degradação. A metodologia utilizada no procedimento experimental consiste na realização de dois ensaios distintos, sendo o primeiro chamado de reatores puros anaeróbios (RPA) e o segundo de reatores compostos anaeróbios (RCA). Os dois ensaios se diferenciam quanto ao inóculo utilizado, e às fontes de carbono disponibilizadas nos reatores. Em cada ensaio foram construídos 6 reatores para cada diferente condição de oxirredução, sendo 3 bióticos, 2 abióticos, e 1 branco (controle). Observou-se neste estudo que a remoção da atrazina depende de fatores bióticos e abióticos, podendo ocorrer pelas duas vias, e que fatores físico-químicos como adsorção e hidrólise química podem ter efeitos significativos neste processo. Os resultados dos ensaios apontam que não houve variação de remoção da atrazina entre os diferentes meios de oxirredução, 87% (±7%) para a condição desnitrificantes, 88% (±7%) para a sulfetogênica e 92% (±7%) para a metanogênese, nos reatores bióticos tendo a atrazina e o conteúdo orgânico do solo como únicas fontes de carbono para as bactérias nos reatores. Entretanto a variação dos resultados encontrados nos RCA suplementados com fontes complementares de carbono de acetado para os reatores desnitrificantes, lactato para os sulfetogênicos e acetato e formiato para os metanogênicos, e os reatores sem essa suplementação (RPA), indica que a alta remoção de atrazina (100%) em até 70 dias de análise para os reatores com suplementação deve ser feita em períodos menores de tempo.