Nanotubos de Carbono decorados com OH como filtros para glifosato

Ocupando o primeiro lugar no ranking de agrotóxicos mais utilizados no mundo, o glifo- sato, é também o agrodefensivo mais estudado em todo o mundo. Pesquisas relacionam seu vasto uso em plantações transgênicas como o principal responsável pelo aumento expo- nencial do câncer na população que o utiliza diretamente (como jardineiros, entre outras profissões) e indiretamente, nos alimentos do dia a dia. Estudos para minimizar os efeitos deste pesticida (e até mesmo filtra-lo do meio onde ele está inserido) tornam-se necessá- rios e o presente trabalho utilizou da simulação computacional para prever interações do glifosato com materiais filtrantes, como o nanotubo de carbono. Os nanotubos de carbono são materiais com vasto uso para filtração, adsorção e fisissorção. No presente trabalho, foi funcionalizado com Hidroxilas, com objetivo de combinar suas características atípicas com a polaridade que a OH trouxe consigo. Para uma ampla análise foram combinados nanotubos com diferentes porcentagens de funcionalizações (OH) com o glifosato, como 5%, 10%, 15%, 20% e 25%. Utilizou-se do método de cálculo semi-empírico, usando programas como Maestro-Schrodinger, MOPAC2016, e Jmol para verificar as variações estruturais e eletrônicas dos CNT funcionalizados com OH, e desses na presença do glifo- sato. Os cálculos teóricos mostraram que os CNTs+OHx com 25% de OH fisissorve melhor o glifosato do que as demais quantidades de hidroxila. A fisissorção se torna interessante pois apresentando enlaces mais fracos (menores que 1) torna possível uma reutilização do nanotubo de carbono. Mostra-se então que é possível conter o glifosato do meio inserido através dos nanotubos de carbono funcionalizados com OH.