Estudo cinético comparativo da biossorção de cobre por diferentes biossorventes

As diferentes indústrias existentes são importantes para o desenvolvimento da sociedade, uma vez que fabricam diversos produtos necessários a sobrevivência humana, porém estas indústrias usam uma grande quantidade de água, gerando-se efluentes que podem estar contaminados, por exemplo, com metais, que se despejados em corpos hídricos em quantidades elevadas, acarretam em problemas para fauna, flora e saúde humana. Entre os diversos metais existentes, destaca–se o cobre, o terceiro metal mais utilizado no mundo. Águas residuárias com alto teor deste metal, impedem o crescimento e a reprodução de organismos e microrganismos e além disso, a alta ingestão de cobre pelos seres humanos, leva a toxicidade, causa vômitos, cólicas, convulsões e até mesmo a morte. Desta forma, efluentes contendo íons cobre precisam ser tratados antes do descarte, respeitando as leis ambientais vigentes. Assim este trabalho analisou a biossorção de cobre por diferentes biossorventes, visando uma nova alternativa no tratamento de efluentes industriais. Foram realizados ensaios de biossorção e estudo cinético de cobre em biomassa anaeróbia proveniente de reator UASB, inativada, na sua forma granular e macerada A análise FTIR desta biomassa apresentou como grupos funcionais: álcool, alcano, água, éter e amina. O modelo cinético de pseudo–segunda ordem foi o que melhor se ajustou aos dados experimentais. Também foram analisados processos de adsorção de cobre em outros biossorventes e adsorventes, reportados na literatura, sendo os biossorventes: fungo Saccharomyces cerevisiae, fungo Aspergillus niger, resíduos de levedura de cerveja, fungo Penicillium cyclopium e resíduos de laranja azeda e os adsorventes: sílica gel, alumina, carvão ativado e zeólita. Para os trabalhos com diferentes biossorventes aplicou-se os modelos cinéticos e para os adsorventes somente analisou-se os resultados já prontos dos estudos cinéticos. Para os ensaios com diferentes biossorventes, o modelo que melhor se adequou foi o de pseudo–segunda ordem e para o trabalho que utilizou alga verde Scenedesmus abundans, o modelo cinético de Elovich foi o que apresentou melhores resultados e já para os adsorventes todos se ajustaram ao modelo de pseudo-segunda ordem. E por fim, o biossorvente granular e macerado proveniente de reator UASB quando comparado aos outros biossorventes, tem mesma ordem de grandeza de velocidade de reação (k2) que o fungo Penicillium cyclopium1 e quando comparado com os adsorventes, mesma ordem de grandeza de (k2) da zeólita e carvão ativado.