Gengivite necrosante em paciente adolescente imunocompetente: relato de caso clínico

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Data

2025-11-07

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Resumo

Gengivite, a doença periodontal mais comum relacionada diretamente à presença do biofilme, pode apresentar-se sob a forma necrosante, que apresenta características clínicas peculiares frequentemente associada a imunossupressão, tabagismo, desnutrição e/ou quadro de estresse. O objetivo do trabalho é relatar o caso de uma paciente adolescente diagnosticada com gengivite necrosante, destacando a importância do diagnóstico precoce e da intervenção imediata, mesmo na ausência de fatores sistêmicos predisponentes. A paciente do sexo feminino, 18 anos, leucoderma, foi encaminhada à Clínica de Estomatologia da Universidade Federal de Alfenas, com queixa de sensação dolorosa por toda extensão da gengiva inserida, sangramento espontâneo com início 2 semanas antes da consulta, ardência, edema da gengiva inserida na região dos dentes anteriores e ulceração das papilas. O diagnóstico foi de gengivite necrosante. O tratamento inicial consistiu em irrigação com iodeto de sódio 2% e peróxido de hidrogênio 10 volumes, em partes iguais, na área afetada em sessão única. Adicionalmente, prescreveu-se Dexametasona 4 mg de 12 em 12 horas por três dias para diminuir o edema e o desconforto relatados pela paciente e foi solicitado de exames laboratoriais para investigação de fatores sistêmicos, os quais se mostraram dentro da normalidade, exceto pela deficiência em vitamina C. Após uma semana, observou-se melhora significativa dos sinais inflamatórios. Posteriormente, a paciente foi encaminhada à Clínica de Periodontia da UNIFAL-MG, onde realizou-se o tratamento periodontal não cirúrgico. Diante disso, a gengivite necrosante, apesar de incomum, pode acometer adolescentes imunocompetentes, sendo o tratamento local associado à manutenção periodontal eficaz no controle da condição. O caso contribui para a literatura ao alertar os cirurgiões-dentistas sobre a ocorrência dessa condição em pacientes jovens, mesmo na ausência de fatores predisponentes clássicos, o que reforça a necessidade de ampliar a compreensão sobre a doença, os fatores de risco potenciais e a conduta clínica.


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