Efeitos da fototerapia com energia fracionada do laser de baixa intensidade em células-tronco da polpa de dentes decíduos esfoliados humanos
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Resumo
terapia de irradiação com laser de baixa intensidade (LBI) pode ser capaz de induzir a proliferação e a diferenciação de diversos tipos celulares, com efeitos consideráveis no processo de reparo tecidual, diminuição da inflamação e analgesia. Para o reparo pulpar após procedimentos conservadores, as células-tronco pulpares apresentam potencial de diferenciação em odontoblastos e de produção de dentina, necessitando de um estímulo específico para iniciar este processo. O presente estudo teve como objetivo avaliar in vitro se o LBI aplicado com energia total fracionada (múltiplas irradiações) ou com irradiação única estimula eventos associados à regeneração (viabilidade e proliferação) em células-tronco de dentes decíduos esfoliados humanos (SHED). As células foram irradiadas com LBI (InGaAlP – 660 nm) de acordo com os seguintes grupos experimentais: GI (irradiação única: 2,5 J/cm², 10 s, 0,10 J), GII (irradiação única: 5,0 J/cm², 20 s, 0,20 J), GIII (irradiação única: 7,5 J/cm², 30 s, 0,30 J), GIV (2 irradiações: 2,5 J/cm², 10 s, 0,20 J), GV (3 irradiações: 2,5 J/cm², 10 s, 0,30 J) e GVI (não irradiado). A viabilidade celular foi analisada pelos métodos MTT e de exclusão do azul de tripan (EAT), enquanto que a proliferação celular foi avaliada pelos ensaios cristal violeta (CV) e sulforrodamina B (SRB) após 24, 48 e 72 horas da primeira irradiação. Pelo ensaio MTT, não houve diferença entre os grupos às 24 e 72 horas. Às 48 horas, os grupos de múltiplas irradiações (GIV e GV) apresentaram maiores taxas de viabilidade celular. As porcentagens médias de células viáveis para todos os grupos pelo método EAT foram de 91,04%, 96,63% e 97,48% às 24, 48 e 72 horas, respectivamente. Pelo ensaio CV, às 24 e 48 horas não houve diferença significativa entre os grupos; já às 72 horas, GII, GIII e GV obtiveram maior proliferação celular. Pelo SRB, GI e GIV apresentaram menores índices de proliferação celular em todos os períodos. Quando comparados os grupos de mesma energia total, GII (0,20 J) apresentou menores taxas de viabilidade celular e maiores níveis de proliferação celular em relação a GIV; já GIII (0,30 J) demonstrou resultados semelhantes aos de GV, com maior viabilidade e proliferação celular. Conclui-se que a aplicação do laser com energia total fracionada (2 ou 3 aplicações de 2,5 J/cm²) induziu maior viabilidade celular às 48 horas, enquanto que a irradiação única de 2,5 J/cm² reduziu a viabilidade celular neste período e a proliferação celular ao longo do tempo. Já as doses únicas de 5,0 e 7,5 J/cm² e 2,5 J/cm² em 3 aplicações mantiveram a viabilidade e estimularam a proliferação das SHED às 72 horas.