O uso de insetos como recurso pedagógico na educação ambiental

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Data

2025-09-19

Autores

Thezolin, Vitória Ribeiro

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Resumo

A busca por estratégias eficazes para enfrentar os desafios ambientais evidencia a Educação Ambiental como elemento essencial na transformação social, revisão de valores e na preservação ambiental. Nesse contexto, o uso de insetos como recurso pedagógico em escolas tem se mostrado uma ferramenta valiosa, devido à sua ampla diversidade e versatilidade. Além disso, proporciona uma aprendizagem lúdica e significativa, especialmente quando associado à elaboração de materiais paradidáticos, que contribuem para o desenvolvimento de atitudes ecologicamente corretas das crianças. A presente pesquisa objetivou analisar a eficácia do uso de materiais paradidáticos com a temática insetos como recurso pedagógico para trabalhar Educação Ambiental com estudantes do quinto ano do Ensino Fundamental. O estudo foi desenvolvido em duas escolas da rede Municipal de Poços de Caldas – MG, ao longo de seis semanas, nas quais foram apresentados seis tipos de insetos (abelha, bicho-pau, formiga, joaninha, libélula e mosca). As atividades procederam com a apresentação de insetos reais e confecção de materiais paradidáticos feitos a partir de materiais recicláveis. Além das aulas interativas e atividades práticas, foram aplicados questionários antes (pré-teste), depois (pós-teste) e um mês após as intervenções (follow-up), com o intuito de avaliar a eficácia das ações pedagógicas e os conhecimentos adquiridos pelos alunos. Os dados iniciais indicaram que, os estudantes apresentavam repulsa ou conhecimento limitado sobre os insetos. No entanto, ao longo das atividades e a exposição a informações sobre a importância ecológica e curiosidades desses animais, as crianças passaram a demonstrar maior empatia, interesse e sensibilização ambiental. A análise dos resultados demonstrou que a inserção dos insetos como temática no ensino da Educação Ambiental proporcionou uma aprendizagem significativa. O teste de follow-up evidenciou que os alunos desenvolveram vocabulário científico, valores ecológicos, compreensões mais profundas e interesse genuíno pela conservação da biodiversidade, quando comparado aos dados do pré-teste. Também foi observado um aumento na consciência socioambiental, principalmente em relação ao papel dos insetos no equilíbrio dos ecossistemas. Diante dos resultados obtidos, concluiu-se que o uso de materiais paradidáticos e atividades lúdicas favorece a aprendizagem e promove maior sensibilização ambiental. Assim, reforça-se a importância de inserir a Educação Ambiental desde os primeiros anos escolares, pois é na infância que se constroem os valores, comportamentos e compreensões fundamentais para uma relação mais sensível com o meio ambiente.


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