Nanobiomaterial na engenharia tecidual: avaliação da carboapatita nanométrica para regeneração óssea
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Resumo
As cirurgias reconstrutivas ósseas em odontologia tem sido amplamente utilizadas com a finalidade de viabilizar as cirurgias implantodônticas, aumentando o volume ósseo, bem como a qualidade óssea. Com o intuito de melhorar a qualidade de vida do paciente no pós-operatório, reduzindo os índices de morbidade devido aos dois atos cirúrgicos que ocorrem em enxertos autógenos, a classe dos biomateriais tem ganhado destaque nas reconstruções ósseas. Principalmente os biomateriais sintéticos, que apresentam propriedades bioativas e não possuem antigenicidade. A área da bioengenharia tecidual busca desenvolver biomateriais que se aproximem cada vez mais dos tecidos biológicos naturais, com o intuito de aprimorar a resposta tecidual na formação de um novo tecido. A presente pesquisa propõe uma análise comparativa da neoformação óssea entre a carboapatita nanométrica (HAPNC) e o osso autógeno, considerado padrão ouro para a enxertia óssea. Foram confeccionados defeitos críticos de 6mm em calvária de ratos para observar o comportamento da neoformação óssea frente ao nanobiomaterial sintético HAPNC, observando a formação de osso das margens do defeito para o centro. Os grupos foram divididos em grupo controle negativo: coágulo (COA), n=8; grupo experimental com enxerto da HAPNC, n=16; e grupo controle positivo com osso autógeno (OA), n=16. Foram realizadas análises microtomográficas (micro-CT) para dados morfométricos; análise histológica com hematoxicilina e eosina, picrosírios, para análise histomorfométrica e microscopia eletrônica de varredura (MEV) para caracterização morfológica. A HAPNC demonstrou ser um nanobiomaterial capaz de estimular a neoformação de modo eficaz. De acordo com análise histomorfométrica, a HAPNC no período experimental de 30 dias, mostrou ter resultados muito semelhantes relacionado à formação de novo osso comparada ao OA 60 dias (p= 0,0180). Pela análise de micro-CT observou-se que a quantidade de tecido mineralizado presente no grupo OA foi superior ao grupo HAPNC (p< 0,05). Pela caracterização morfológica e dados estatísticos, a HAPNC demonstrou ser promissora na engenharia tecidual para cirurgias ósseas reconstrutivas.
