O uso indiscriminado do pesticida glifosato poderia aumentar a prevalência da doença de Alzheimer?
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Resumo
Pesticidas consistem numa ampla classe de contaminantes ambientais que podem causar efeitos agudos e crônicos à saúde aos indivíduos a eles expostos. Esses efeitos podem variar desde uma simples irritação da pele ou dos olhos até aqueles mais graves, como afetar os sistemas nervoso e reprodutor e causar câncer. As demências, incluindo a doença de Alzheimer (DA), têm chamado a atenção de pesquisadores nas últimas décadas devido à sua alta incidência em todo o mundo. A etiologia da DA ainda não é bem conhecida; entretanto, o papel do meio ambiente como um fator de risco ganhou importância. Mais preocupante é a evidência de que exposições pré e pós-natais a fatores ambientais predispõem ao aparecimento de demências no decorrer da vida. Em diversos estudos os pesticidas têm sido envolvidos na DA devido à sua capacidade de aumentar o peptídeo Beta-amiloide e a fosforilação da proteína Tau (P-Tau), causando elevação na quantidade de placas senis/amiloides e emaranhados neurofibrilares (NFTs) característicos de DA. Esta revisão tem como objetivo verificar de modo prospectivo se os dados da literatura podem ser utilizados para informar à sociedade e, especificamente aos profissionais da saúde, sobre os cuidados de prevenção e tratamento de pessoas e animais que estão submetidos ao contato com o glifosato, inclusive na alimentação.