Representações da loucura em Dom Quixote: Uma Proposta Didática
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Resumo
O presente trabalho é uma proposta didática para o ensino de História Ibérica a partir do estudo de um trecho de uma obra literária, o Dom Quixote, de Miguel de Cervantes. A proposta consiste em três vídeos e um guia imprimível, elaborada para o Ensino Médio, com uma abordagem ativa e interdisciplinar, buscando a participação do aluno no seu próprio processo de aprendizagem e integrando os estudos literários com a História. A elaboração desse objeto de ensino se deu a partir dos resultados de uma pesquisa que trata das representações da loucura nos episódios que ocorrem entre o primeiro e o quinto capítulo da primeira parte do romance O Engenhoso Fidalgo D. Quixote de La Mancha (1605) de Miguel de Cervantes (1547-1616). Nossa análise foi feita pelo prisma da História Cultural, amparando-nos nas concepções de Roger Chartier (História Cultural, 2002). O objetivo de estabelecer a interpretação proposta é entender como Cervantes usou a loucura como recurso literário para criar uma representação crítica da sociedade em que vivia. Para isso, buscamos entender como o autor construiu sua obra, tomando como modelo as representações de loucura vigentes desde o final do Medievo. Também analisamos como Dom Quixote foi visto por seus contemporâneos como uma paródia que revelava as contradições de um império que se deteriorava por conta de decisões governamentais embasadas em convicções obsoletas. Com essa análise, pretendemos evidenciar como a loucura de Dom Quixote serviu como uma metáfora para esse período histórico. Através de nossa proposta didática, desejamos tornar o resultado dessa pesquisa acessível para os alunos do Ensino Médio.
Resumo
El presente trabajo es una propuesta didáctica para la enseñanza de la Historia Ibérica a partir del estudio de un fragmento de una obra literaria, Don Quijote, de Miguel de Cervantes. La propuesta consta de tres videos y una guía imprimible, diseñada para estudiantes de la educación secundaria, con un enfoque activo e interdisciplinario, buscando la participación de los estudiantes en su propio proceso de aprendizaje e integrando los estudios literarios con la Historia. La elaboración de este objeto didáctico se basó en los resultados de una investigación que trata de las representaciones de la locura en los episodios que ocurren entre el primer y quinto capítulo de la primera parte de la novela El ingenioso hidalgo don Quijote de la Mancha (1605) de Miguel de Cervantes (1547-1616). Nuestro análisis se realizó a través del prisma de la Historia Cultural, basado en los conceptos de Roger Chartier (História Cultural, 2002). El objetivo de establecer la interpretación propuesta es comprender cómo Cervantes utilizó la locura como recurso literario para crear una representación crítica de la sociedad en la que vivió. Para ello, buscamos comprender cómo el autor construyó su obra, tomando como modelo las representaciones de la locura vigentes desde finales de la época medieval. También analizamos cómo Don Quijote fue visto por sus contemporáneos como una parodia que revelaba las contradicciones de un imperio que se deterioraba por decisiones gubernamentales basadas en convicciones obsoletas. Con este análisis pretendemos resaltar cómo la locura de Don Quijote sirvió como metáfora de este periodo histórico. A través de nuestra propuesta didáctica deseamos hacer accesibles los resultados de esta investigación a estudiantes de la educación secundaria