Potencial anticancerígeno, antioxidante e antiplasmódico dos extratos de semente e casca de mapati (Pourouma cecropiifolia): uma investigação bioquímica e celular

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2025-07-17

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor


Resumo

O Mapati (Pourouma cecropiifolia Martius) é uma fruta tropical endêmica da Floresta Amazônica e constitui uma fonte promissora de compostos fenólicos, cujas propriedades antimaláricas e antiproliferativas ainda permanecem pouco exploradas. Tradicionalmente, cascas e sementes de frutos são descartadas, mas sua bioprospecção pode representar uma fonte sustentável de compostos bioativos, ao mesmo tempo em que valoriza e amplia o conhecimento sobre a flora nativa. Neste estudo, foram investigados aspectos de sua composição química e seu potencial biológico. As análises por UPLC QToF/MS e HPLC- DAD dos extratos etanólicos da casca e da semente revelaram um perfil rico em polifenóis, incluindo ácido clorogênico e seus isômeros, quercetina e derivados glicosilados. Tais compostos estão associados a elevada capacidade antioxidante, especialmente no extrato da semente, como demonstrado pelos ensaios antioxidantes. Os testes biológicos correlacionaram esse potencial antioxidante com a redução das espécies reativas de oxigênio (EROs) em células A549 e em eritrócitos humanos. Ademais, ambos os extratos apresentaram efeito citotóxico sobre linhagens celulares tumorais em concentrações mais elevadas (50,6 μg EAG/mL para a semente e 104 μg EAG/mL para a casca), enquanto concentrações mais baixas (12,5 μg EAG/mL e 20 μg EAG/mL) demonstraram atividades antigenotóxica e antimutagênica, evidenciadas pelos ensaios de fragmentação de DNA e de alterações cromossômicas. Ambos os extratos também exibiram atividade antiplasmodial frente a todos os estágios intraeritrocíticos de Plasmodium falciparum (cepas 3D7 e W2). Destaca-se que o extrato da semente potencializou a eficácia do artesunato contra a cepa 3D7, enquanto o extrato da casca aumentou a atividade desse fármaco frente à cepa W2. Esses achados evidenciam os extratos da semente e da casca de mapati como fontes promissoras de compostos bioativos com propriedades antioxidantes, genoprotetoras e antimaláricas, ressaltando o potencial de subprodutos de frutas amazônicas para aplicações nas áreas alimentícia e farmacêutica.


Palavras-chave

Citação