Validade e confiabilidade de uma adaptação digital do teste de trilhas na avaliação da função cognitiva
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Resumo
Introdução: O Teste Motor de Trilhas (TMT) é um instrumento que avalia funções cognitivas como velocidade de processamento, atenção sustentada, flexibilidade mental e habilidades viso-motoras. As adaptações do TMT para versões digitais são importantes pois aumentam a acessibilidade, a precisão e o engajamento dos participantes, incorporando elementos interativos que podem melhorar a motivação e a qualidade da avaliação em diferentes contextos Objetivo: Desenvolver, com base no TMT, um instrumento integrado para avaliação da função cognitiva e da aprendizagem motora bem como verificar a validade e a confiabilidade da etapa de avaliação da função cognitiva. Metodologia: Foram realizados dois estudos: (1) estudo piloto com 15 idosos (60+ anos, MEEM >24) que permitiu verificar a confiabilidade do Teste de Trilhas Adaptado (TTA) no ambiente 5A (equivalente ao TMT), analisando tempo e erros por dois avaliadores independentes em teste-reteste com intervalo de 7 dias, por meio da Correlação de Spearman; e (2) estudo com 26 adultos jovens (18-25 anos), que permitiu verificar a validade de critério e a confiabilidade do Teste de Trilhas Adaptado em sua segunda versão após ajustes (TTA2), analisando tempo e erros por dois avaliadores em teste-reteste com intervalo de 7 dias, por meio do, bem como a correlação com o TMT por meio da correlação de Pearson Resultados: No estudo 1, a versão digital apresentou confiabilidade interavaliadores com correlação positiva e significativa entre avaliadores no reteste (CC=0,79, p<0,01). No estudo 1, a versão digital apresentou confiabilidade interavaliadores com correlação positiva moderada e significativa para erros no teste (CC=0,62; p=0,01), bem como correlação alta significativa para tempo no reteste (CC=0,79; p<0,01). Houve redução média de 20,5% no tempo de execução no reteste (p<0,001), indicando efeito de prática. No estudo 2, a análise de validade revelou correlações moderadas a fortes para tempo (r=0,50-0,66; p<0,01), mas baixas para erros (r=-0,23 a 0,18; p>0,05). A confiabilidade intra-avaliador foi moderada a forte para tempo em um avaliador (CC=0,67-0,69; p<0,01), mas baixa para erros (CC=-0,24 a 0,52; p>0,05). A confiabilidade interavaliadores foi moderada e significativa para tempo (CC=0,56; p<0,01). Conclusão: As versões digitais do TMT demonstraram viabilidade operacional, com validade satisfatória para avaliação do tempo de execução no TTA2. O TTA apresentou estabilidade moderada em idosos, enquanto o TTA2 mostrou-se alternativa viável ao TMT tradicional em adultos jovens. A redução consistente no tempo de execução nos retestes indica efeito de aprendizagem. A baixa confiabilidade na mensuração de erros indica necessidade de ajustes na interface.
