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Acesso aberto (Open Access)
Comportamento do consumidor brasileiro de alimentos na pandemia de covid-19 : um estudo via mineração de texto
(Universidade Federal de Alfenas, 2022-02-18) Baldasso, Gabriel; Batista, Eric Ferreira; Paixão, Crysttian Arantes; Silva Júnior, Sinézio Inácio Da
A pandemia de COVID-19 com início no Brasil no final de fevereiro de 2020, provocou uma das maiores crises sociais e econômicas já vistas na última década. Como forma de conter a propagação do vírus, medidas de isolamento e quarentena foram anunciadas, como o fechamento do comércio, o que provocou uma das maiores crises no setor alimentício. Restaurantes, bares e lanchonetes viram seus negócios fecharem as portas e alguns irem à falência. Neste ambiente, os preços dos alimentos sofreram uma inflação de 14,1% no ano de 2020, tendo alguns produtos como a carne, que dobraram de preço. Logo, com a alta dos preços dos alimentos, houve uma mudança no perfil do consumidor de alimentos. Logo este trabalho tem como objetivo: Fornecer informações sobre o consumidor de alimentos um ano após o início da pandemia de COVID-19 no Brasil. Para isso, este trabalho foi dividido em dois artigos onde o primeiro busca verificar as mudanças na compra de alimentos e nos locais de compra, além de verificar se existe associação entre os termos da pandemia e alimentos em publicações no Twitter. No segundo artigo, busca-se verificar a correlação entre a frequência de publicações sobre: pandemia, alimentos e estabelecimentos no Twitter com os dados reais da pandemia no Brasil (casos, mortes e vacinados), no período da primeira e segunda onda da COVID-19. No primeiro artigo os resultados da pesquisas por Crise + alimentos no Twitter mostraram que os consumidores estão ansiosos e fazem uso do café neste período. Confirmando a associação entre pandemia e alimentos no Twitter. O isolamento também fez com que os consumidores em sua grande maioria passassem a adotar pedidos por delivery, reduzindo a frequência de compra de duas vezes por semana para semanal. Os alimentos mais comprados pelos participantes foram frutas e arroz e os menos comprados Carne e Refrigerante. Doces, chocolates e sanduíches foram associados como ajuda com o estresse. Logo, os impactos gerados pela COVID-19 continuam afetando os hábitos alimentares dos brasileiros, sendo o impacto financeiro o principal causador dessa mudança alimentar. Já no segundo artigo foi verificado que a taxa de casos da COVID-19 no Brasil apresentou correlação significativa com os termos "pandemia" (0,95), "restaurantes" (0,80) e "frango" (0,85). Além da frequência de publicação dos tuítes serem influenciadas por notícias polêmicas publicadas neste período. Desta forma, conclui-se que após um ano do início da pandemia no Brasil, os seus impactos ainda são sentidos pelos brasileiros, principalmente no âmbito alimentar. Onde o Twitter tem se mostrado ser um ambiente correlacionado com dados da vida real, mesmo quando analisado por grandes períodos de tempo.