Navegando por Autor "Chagas, Luana Aparecida"
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Item Acesso aberto (Open Access) Participação do receptor cb1 nas respostas homeostáticas induzidas por estresse de contenção(Universidade Federal de Alfenas, 2024-06-11) Chagas, Luana Aparecida; Leitão, Silvia Graciela Ruginsk; Godoy, Lívea Dornela; Pereira, Marília Gabriella Alves Goulart; Fonseca, Wesley Fernandes; Ventura, Renato RizoOs distúrbios relacionados ao estresse estão se tornando cada vez mais comuns e frequentemente associados a deficiências cognitivas. Neste contexto, o sistema endocanabinóide (SEC), particularmente o receptor canabinóide tipo 1 (CB1), parece desempenhar um papel decisivo na restauração da homeostase corporal. Há evidências consistentes na literatura de que a interrupção da neurotransmissão mediada por CB1 pode, em última análise, contribuir para doenças relacionadas ao estresse. Portanto, o presente estudo teve como objetivo avaliar a participação dos receptores CB1 na integridade das respostas periféricas e comportamentais induzidas pelo estresse. Para tanto, ratos Wistar machos adultos foram submetidos a contenção física (1h/dia, durante 7 dias), seguida de administração única de rimonabanto (antagonista do receptor CB1, 3mg/Kg, intraperitonial) ao final do protocolo de estresse. Os animais foram então submetidos à avaliação das respostas neuroendócrinas, testes comportamentais e quantificação da imunorreatividade do Iba-1 (microglial) nas subdivisões parvocelulares do núcleo paraventricular do hipotálamo (PVN). Não foram detectados efeitos do estresse de contenção ou da administração de rimonabanto na variação da massa corporal. No entanto, o estresse aumentou significativamente a massa relativa adrenal e a secreção de corticosterona e reduziu o tamanho relativo do timo. Os efeitos do estresse no tamanho da adrenal e nos níveis plasmáticos de corticosterona estavam ausentes em ratos tratados com rimonabanto, mas o tamanho do timo foi ainda mais reduzido no grupo de restrição com rimonabanto. O estresse por restrição também induziu anhedonia e reduziu o índice de reconhecimento de objetos, indicando comprometimento da recuperação da memória. O tratamento com o antagonista CB1 reverteu significativamente a anedonia induzida pelo estresse e o déficit de memória. No PVN, o estresse de restrição reduziu o número de células positivas para Iba-1 na região parvocelular medial de animais tratados com veículo, mas não com rimonabanto. Tomados em conjunto, estes resultados indicam que a inibição aguda da via endógena mediada por CB1 restaura comportamentos semelhantes à depressão induzidos pelo stress e perda de memória, sugerindo um papel para os endocanabinóides na interacção neuroimune-endócrina tanto a nível periférico como hipotalâmico.Item Acesso aberto (Open Access) Transtorno do estresse pós-traumático durante a gestação induz ao comportamento tipo-ansioso e desregulação do eixo hipotálamo pituitária-adrenal na prole(Universidade Federal de Alfenas, 2020-02-14) Chagas, Luana Aparecida; Giusti, Fabiana Cardoso Vilela; Garcia, Tayllondos Anjos; Kalil, BrunaEventos estressantes no período perinatal podem alterar a estrutura e a função cerebral dos filhotes levando a mudanças comportamentais permanentes ao longo da vida. Desse modo, nosso trabalho tem como objetivo avaliar a influência do estresse pós-traumático durante a gestação sobre as respostas comportamentais na mãe e na prole. As ratas gestantes, no 10º dia de gestação, foram divididas em 2 grupos (n = 10 por grupo): não choque e choque. Elas foram expostas ou não a choques inescapáveis nas patas (2 s, 0,8 mA) e isoladas em caixas individuais. Um dia após o nascimento (DPN1), os filhotes foram padronizados em 4 machos e 4 fêmeas e as ratas lactantes foram reexpostas a caixa de choque para avaliar o tempo (s) de congelamento. O comportamento materno foi avaliado no 2º ao 8º dia de lactação nas ratas, o teste de campo aberto foi realizado no 4° dia e o de reconhecimento de objetos no 5º de lactação. A prole foi avaliada na infância nos seguintes testes (n = 10 por grupo): quantificação da vocalização ultrassônica (DPN5) e teste de comportamento de retorno a maravalha da mãe (DPN13). Durante o período de adolescência (DPN 28-32) foram realizados os testes comportamentais de campo aberto, labirinto em cruz elevado, comportamento de brincar e teste da placa de furos. As análises estatísticas foram feitas utilizando-se o software GraphPad versão 7.0, teste t de Student ou two way Anova seguido pelo pós teste de Bonferroni. Todos os procedimentos experimentais foram aprovados pela comissão de ética em experimentação animal da Unifal-MG, protocolo n° 50/2018. O grupo de mães choque, apresentaram um aumento no tempo de congelamento ao serem reexpostas a caixa de choque, redução do comportamento materno, redução do índice de reconhecimento de objetos a curto prazo e longo prazo, além de apresentarem um nível aumentado de corticosterona plasmática após a exposição e reexposição ao choque quando comparadas ao grupo de mães não choque. Na infância, os filhotes de mães submetidas ao choque, apresentaram aumento no número de vocalizações ultrassônicas, latência para atingir a maravalha da mãe e redução do tempo de permanência na maravalha da mãe quando comparados a filhotes de mães não choque. Já na adolescência, houve redução no tempo total de comportamento de brincar e um aumento no número de imersões com a cabeça no teste de placa com furos, redução no tempo de permanência nos braços abertos e aumento de mergulhos com a cabeça no teste de labirinto em cruz elevado, além do aumento de expressão de GR no hipocampo e um aumento da corticosterona plasmática após dosagem em nível basal e após o teste de labirinto em cruz elevado. Assim, podemos concluir que o TEPT, além de afetar negativamente a mãe, proporciona uma programação fetal induzindo ao comportamento tipo ansioso na prole.