Navegando por Autor "Grisolia, Julianne Caravita"
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Item Acesso aberto (Open Access) Avaliação do tratamento da paracoccidioidomicose experimental com uso do anti-fúngico itraconazol associado com aplicação de laser de baixa potência(Universidade Federal de Alfenas, 2020-03-02) Grisolia, Julianne Caravita; Burger, Eva; Caldas, Ivo Santana; Dias, Amanda Latércia Tranches; Camargo, Zoilo Pires De; Rodrigues, Anderson MessiasA paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica causada pelo fungo Paracoccidioides spp. (Pb), que requer tratamento prolongado, justificando estudos que ampliem as opções terapêuticas. O Itraconazol (Itra) é eficaz para o tratamento da PCM e requer terapia mais curta que outras drogas. A Laserterapia de Baixa Potência (LLLT) é uma aplicação nova, complementar, para o tratamento da PCM, que pode atuar melhorando aspectos inflamatórios da doença. Na presente tese, propusemos avaliar o efeito da administração simultânea da droga antifúngica Itra e da terapia complementar de LLLT em modelo experimental murino. Para tanto, utilizamos modelos experimentais distintos, nos quais primeiramente foram feitos testes em modelo “in vitro” para avaliarmos a utilização de 3 concentrações (3,10 e 50mg/Kg) de Itra, avaliando a atividade antifúngica das concentrações da droga, a toxicidade e sua ação sobre células e fungos de forma conjunta. Em seguida, utilizamos o modelo subcutâneo “air pouch”, foi feita a inoculação de P. brasiliensis (Pb18) em camundongos, e após 8 dias foram coletadas células da “air pouch”, constituídas em sua maioria de PMNs, para avaliar os efeitos do antifúngico e da laserterapia nas células provenientes da infecção subcutânea. Neste modelo, foram avaliadas a viabilidade celular, contagem diferencial de células, teor de produtos do metabolismo oxidativo do oxigênio (EROs), do nitrogênio (NO) e de proteínas, e a concentração das citocinas GM-CSF, TNF-α, INF-y, IL-10, IL-12, IL-4, IL-17 e KC (IL-8). Finalmente, empregamos a infecção com P. brasiliensis (Pb18) por via intraperitoneal para avaliação do perfil de infecção/cura após tratamento pela via oral com a concentração mais elevada de Itra (50mg/kg) por 120 dias, no qual avaliamos o perfil de imunidade humoral (produção de anticorpos IgG específicos) e imunidade celular (hipersensibilidade do tipo tardio-HTT), assim como, os efeitos do tratamento sobre órgãos como pulmões, fígado, baço e epíplon, analisando o teor de NO, de proteínas e das citocinas GM-CSF, Il-17, IL-4, IL-12 e KC (IL8). Os resultados deste modelo “in vitro” mostraram que o Itraconazol possui atividade fungicida contra uma cepa virulenta do Pb (Pb18), sem apresentar efeito tóxico sobre esplenócitos. O modelo “in vitro” permitiu concluir que o responsável pela lise do fungo foi o medicamento, sendo a concentração de 50mg/Kg mais eficiente. Desta forma, os resultados do modelo de infecção suncutâneo por “air pouch” mostraram que a LLLT possui efeitos sobre a células (PMNs) aumentando sua produção de metabólitos do oxigênio (EROs) e nitrogênio (NO), sua atividade metabólica, além de aumentar a produção de citocinas como KC, INF-y, TNF-α, IL-10, GM-CSF, e IL-4. O efeito da LLLT é atenuado pela associação ao Itra, sendo observada menor ativação celular à medida que aumentamos as concentrações do antifúngico. A associação os dois tratamentos (Itra e LLLT) resulta em menor ativação das células, verificada por menor produção de EROS e diminuição da síntese de citocinas inflamatórias, em paralelo com uma maior atividade fungicida. Estes resultados indicam que nesta situação experimental é menos necessária a ativação de células imunes para o combate ao fungo. A análise histopatológica nas “air pouch ”permitiu observar uma diminuição do número de células inflamatórias, além de melhora no perfil de cicatrização de lesão, verificando-se aumento do número de fibrócitos, em paralelo com a diminuição número de fungos. Com o aumento das concentrações do antifúngico foram observados menor o número de fungos no local de infecção, fato este que é potencializado pelo uso da LLLT. Os resultados obtidos a partir da infecção intraperitoneal com o tratamento de Itra por via oral (gavagem) mostraram que este modelo de tratamento com a concentração mais elevada do antifúngico (Itra) diminui a inflamação no epíplon, que é o órgão de choque na infecção intraperitoneal por Pb18, possivelmente por diminuir a quantidade de fungos viáveis no local da infecção.Item Acesso aberto (Open Access) Inquérito soroepidemiológico sobre a esporotricose-infecção em áreas rurais do Sul de Minas Gerais(Universidade Federal de Alfenas, 2015-12-10) Grisolia, Julianne Caravita; Chavasco, Jorge Kleber; Padovan, Ana Carolina Barbosa; Fiorini, João EvangelistaA esporotricose é uma micose subcutânea caracterizada por lesões na pele e no tecido subcutâneo, ocasionada pela inoculação do Sporothrix schenckii. Essa doença apresenta as seguintes formas clínicas: cutânea localizada, linfocutânea e disseminada, podendo evoluir para uma forma sistêmica. O fungo causador da doença se apresenta em forma de hifas entre 25° e 30°C no ambiente e na forma leveduriforme a 37ºC nos tecidos. No meio ambiente seu crescimento depende de condições climáticas como umidade e temperatura. Determinados grupos de pessoas podem estar mais expostos ao agente causador da doença, como por exemplo, moradores de áreas rurais. Apesar de possuir uma distribuição mundial, a esporotricose possui maior prevalência em países de clima tropical e subtropical. No Brasil, relatos sobre a doença são frequentes. Desta forma o trabalho teve como objetivo a realização de um inquérito soroepidemiológico sobre a prevalência da esporotriciose em localidades rurais de quatro cidades do sul de Minas Gerais. Neste trabalho foi utilizado o teste de ELISA indireto no levantamento da soroprevalência da esporotricose. Dados obtidos nesta pesquisa numa população avaliada de 631 pessoas mostraram uma soroprevalência de 44,69%, ou seja, 282 pessoas com teste positivo para a esporotricose. A distribuição da soroprevalência para a esporotricose com relação a diferentes faixas etárias e gênero não apresentou diferença estatística significativa. É relatada, pela primeira vez, a soroprevalência da esporotricose em localidades rurais no sul do Estado de Minas Gerais, Brasil.