Navegando por Autor "Lense, Guilherme Henrique Expedito"
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Item Acesso aberto (Open Access) Estimativas de perdas de solo pelo método de erosão potencial em solos tropicais sob cultivo predominante de café(Universidade Federal de Alfenas, 2020-02-19) Lense, Guilherme Henrique Expedito; Mincato, Ronaldo Luiz; Sartori, Raul Henrique; Santos, Walbert Junior Reis DosA erosão hídrica é o principal processo de degradação dos solos tropicais, causando impactos ambientais, físicos e socioeconômicos que influenciam negativamente a sustentabilidade dos sistemas de produção agrícola. Na cafeicultura, a erosão hídrica gera perda de nutrientes, matéria orgânica e agroquímicos, além de promover o assoreamento e contaminação dos cursos hídricos. Na região sul de Minas Gerais, onde o cultivo de café ocorre em declividades íngremes, o processo erosivo é intensificado atingindo níveis críticos. Como uma alternativa para auxiliar no planejamento de práticas de mitigação da erosão hídrica têm-se a modelagem, que consiste em uma técnica capaz de estimar as taxas erosivas e quando associada a Sistemas de Informação Geográfica, permite identificar as áreas com perdas de solo acima dos limites de tolerância. Dentre os diversos modelos existentes, o Método de Erosão Potencial merece destaque pela facilidade na obtenção dos parâmetros, simplicidade e baixo custo de aplicação. Assim, o objetivo deste trabalho foi estimar a perda de solo por erosão hídrica utilizando o Método de Erosão Potencial em uma sub-bacia hidrográfica com cultivo predominante de café, e então comparar a estimativa de perdas de solo com os limites de Tolerância de Perda de Solo. A área de estudo correspondente a Sub-bacia Hidrográfica do Córrego Coroado, situada no Município de Alfenas, sul de Minas Gerais, Brasil. Os parâmetros de entrada do modelo foram determinados com base nos atributos climáticos, geológicos, pedológicos, topográficos, uso e manejo da terra e grau das feições erosivas da sub-bacia. Os resultados do Método de Erosão Potencial apontaram para predomínio de baixa suscetibilidade à erosão na área. A perda de solo média da área foi estimada em 1,74 Mg ha-1 ano-1. A maior severidade do processo erosivo ocorreu, principalmente, nas áreas com solo exposto e maior inclinação do relevo, sendo que em apenas 1% da sub-bacia as taxas erosivas foram superiores aos limites de Tolerância de Perda do Solo (4,75 a 7,26 Mg ha-1 ano-1). O Método de Erosão Potencial estimou as perdas de solo fornecendo um diagnóstico sobre a erosão hídrica na sub-bacia capaz de auxiliar no planejamento de uso de solo e na adoção de práticas agronômicas conservacionistas, visando a sustentabilidade ambiental da áreaItem Acesso aberto (Open Access) Modelagem das perdas de solo por erosão hídrica em áreas tropicais brasileiras(Universidade Federal de Alfenas, 2024-02-22) Lense, Guilherme Henrique Expedito; Mincato, Ronaldo Luiz; Roig, Henrique Llacer; Souza, Thiago Corrêa De; Santos, Breno Régis; Rubira, Felipe GomesA erosão hídrica é a principal causa de degradação dos solos brasileiros, e este problema deve ser constantemente combatido afim de garantir a conservação do solo. Nesse contexto, a modelagem é uma técnica que pode contribuir para o planejamento de práticas de mitigação da erosão. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi modelar a erosão hídrica em cinco diferentes regiões brasileiras. No primeiro caso, foi avaliada a erosão hídrica na sub-bacia hidrográfica do Córrego Coroado, no sudeste brasileiro. Foi aplicado o Método de Erosão Potencial (EPM) para estimar a erosão hídrica entre 1988 e 2018. A conversão de áreas de pastagem e milho em cultivos de café com adoção de práticas conservacionistas e a expansão de áreas de reflorestamento contribuíram para uma redução de 37% nas perdas de solo. No segundo caso, foi estimado o efeito do desmatamento sobre a variação espacial e temporal da erosão hídrica na Bacia Hidrográfica do Rio Xingu, uma das regiões mais afetadas pelo desmatamento na Amazônia Brasileira. Entre 1988-2018, ocorreu um aumento de 12% (52.258 km2 ) no desmatamento da floresta amazônica na região, e usando o EPM foi possível verificar que neste período houve um aumento de 312% na taxa de perdas de solo por erosão hídrica, que correspondente a cerca de 180 milhões de toneladas de solo. No terceiro caso, foi estimada a erosão hídrica na Bacia Hidrográfica do Rio Tietê utilizando a Equação Universal de Perda de Solo Revisada (RUSLE). Em 18% desse território as taxas de erosão são superiores aos Limites de Tolerância de Perda de Solo (TPS). No quarto caso, foi estimada a erosão hídrica no Estado de Rondônia, usando a RUSLE. A taxa média de perda de solo foi de 22,50 Mg ha-1 ano-1 e 19% das áreas do estado devem ser priorizadas na adoção de medidas conservacionistas do solo. No quinto caso, foi estimada as perdas de solo no Sistema Cantareira, um dos maiores sistemas de abastecimento de água do mundo. A RUSLE apontou que em 66% do Sistema Cantareira, as perdas de solo estão abaixo da TPS e, em 34% da região, a erosão hídrica está comprometendo a sustentabilidade dos recursos hídricos e do solo. Em todas as regiões estudadas existem áreas com altas perdas de solo associadas a relevos íngremes, solos com baixa densidade de cobertura vegetal, desmatamento e ausência de práticas conservacionistas. A modelagem permite identificar as áreas prioritárias na adoção de manejos conservacionistas dos solos e é uma forma de destacar o problema da degradação dos solos pela erosão hídrica, conscientizar órgãos públicos e privados sobre a necessidade de mitigar os processos erosivos e de incentivar a elaboração e adoção de políticas ambientais voltadas a conservação do solo.