Navegando por Autor "Rezende, Ezequiel Henrique"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Item Acesso aberto (Open Access) A abertura econômica e os multiplicadores fiscais da economia brasileira(Universidade Federal de Alfenas, 2020-09-11) Rezende, Ezequiel Henrique; Lima, Débora Juliene Pereira; Franchini, Alinne Alvim; Romero, João PratesEste trabalho buscou mensurar o impacto da abertura econômica sobre os multiplicadores de gastos do governo brasileiro. Para isso, considerou-se com referencial, a teoria do multiplicador fiscal keynesiano e o Princípio da Demanda Efetiva, segundo o qual o nível de renda e emprego da economia é determinado pela demanda agregada. Desse modo, o os gastos agregados, em especial, os gastos públicos, desencadeiam efeitos multiplicadores na atividade econômica. No entanto, a literatura mostra que a magnitude do multiplicador depende de determinadas condições. Assim, economias mais abertas tendem a exibir multiplicadores de gastos menores do que aquelas economias mais fechadas. Diante disso, procurou-se investigar se a abertura da economia brasileira ao longo da década de 1990 e, posteriormente, com a apreciação cambial, reduziu o multiplicador de gastos públicos. Para isso, foram estimados dois multiplicadores de gastos, sendo um para o período anterior e outro para o período posterior à liberalização da economia. O primeiro período é compreendido pelo intervalo entre 1947 e 1989, onde a economia brasileira pode ser caracterizada pela predominância do modelo de substituição de importações. O segundo período foi compreendido pelo intervalo entre 1990 e 2019, onde o arcabouço protecionista foi gradualmente desmontado. Para calcular os multiplicadores em cada período adotou-se o método de regressão de séries temporais baseada na técnica de estimação por mínimos quadrados ordinários. As evidências mostraram que o multiplicador efetivamente caiu no segundo período. No entanto, sua queda foi minimizada pelo aumento da propensão marginal a consumir da economia brasileira. Como hipótese explicativa, assumiu-se que a propensão marginal a consumir aumentou por causa das políticas sociais baseadas em transferências de renda e valorização do salário mínimo.