Navegando por Autor "Zanol, Miriel Bonadiman"
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Item Acesso aberto (Open Access) Águas residuárias de abatedouros e frigoríficos de Minas Gerais: avaliação das suas caracteristicas, tratamento e do seu potencial biotecnológico(Universidade Federal de Alfenas, 2023-11-27) Zanol, Miriel Bonadiman; Mendes, André Aguiar; Luiz, Jaine Honorata Hortolan; Giovana, TommasoO estado de Minas Gerais é um dos maiores produtores de proteína animal do Brasil. As atividades de abatedouros e frigoríficos geram águas residuárias altamente poluidoras. O trabalho consiste de um levantamento das características e formas de tratamento de águas residuárias de abatedouros e frigoríficos do estado de Minas Gerais. As águas residuárias brutas apresentaram alta concentração de matéria orgânica, com valores máximos em torno de 30.000 mg.L-1 para DQO e 16.000 mg.L-1 para DBO5. Para a maior parte das águas residuárias brutas, a razão DBO5/DQO esteve acima de 0,4, inferindo que pelo menos 40% de sua matéria orgânica é biodegradável. Ao contrário de nitrogênio, a quantidade de fósforo necessária para tratamento biológico, seja aeróbio ou anaeróbio, em alguns efluentes esteve abaixo do ideal. Em geral, as águas residuárias tratadas estiveram de acordo com a legislação estadual ao considerar as remoções de DQO e DBO5. Quanto aos processos envolvidos na remoção de poluentes, foi verificado que as estações de tratamento de efluentes (ETEs) utilizam de algum tipo de pré-tratamento (peneiras, caixas de gordura) para remover sólidos grosseiros e material graxo, comumente seguido de processos biológicos, na sua maioria lagoas anaeróbias e/ou aeradas (ou facultativas). No entanto, a falta de um processo aeróbio no final do tratamento de algumas ETEs, além de um sistema que permita melhor remoção dos flocos biológicos, podem ser a causa de valores acima do permitido para N-NH4 e SST. A fertirrigação tem demonstrado ser promissora para a destinação de efluentes tratados, contudo a presença de Escherichia coli deve ser monitorada para essa prática agrícola. Quanto às tecnologias alternativas de tratamento, a maioria delas tem atendido ao parâmetro mais avaliado nos estudos, a DQO. Contudo, tais tecnologias possuem limitações a serem superadas para que sejam implementadas. Foram também verificados em alguns desses tratamentos alternativos o acúmulo de biomassa algácea, da qual podem ser obtidos produtos biotecnológicos, além de biossurfactantes que podem ser produzidos a partir de gordura flotada.