Mestrado em Ciências da Reabilitação
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.unifal-mg.edu.br/handle/123456789/2649
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Navegando Mestrado em Ciências da Reabilitação por Orientador(a) "Faria, Tereza Cristina Carbonari De"
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Item Acesso aberto (Open Access) Desempenho funcional de alunos incluídos na rede municipal de ensino regular de Alfenas-MG e diagnóstico da acessibilidade escolar(Universidade Federal de Alfenas, 2018-07-19) Rosa, Silvia Caroline Massini; Faria, Tereza Cristina Carbonari De; Pereira, Daniele Sirineu; Silveira, Neidimila AparecidaIntrodução: A educação de alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE) que, tradicionalmente se pautava num modelo de atendimento segregado, tem se voltado nas últimas duas décadas para a Educação Inclusiva (EI) e em paralelo à legislação, muitas famílias têm solicitado, de forma crescente, a inserção de crianças em escolas de Ensino Regular (ER). Objetivos: Avaliar o desempenho funcional de alunos incluídos nas instituições municipais de ER de Alfenas-MG e diagnosticar a acessibilidade destas instituições. Material e Métodos: Trata-se de um estudo observacional transversal, no qual foi avaliado o desempenho funcional de 101 alunos (n=101) e avaliado a acessibilidade das instituições municipais de ER de Alfenas-MG (n=25). A avaliação do desempenho funcional dos alunos ocorreu de forma indireta por meio do questionamento dos professores, na presença do aluno, quanto a 38 domínios do componente “Atividades e Participação” da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Após avaliação do desempenho, foi avaliado o uso de facilitadores relacionados à mobilidade e comunicação e por fim, foi realizada uma avaliação da acessibilidade escolar frente aos domínios da CIF e itens da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) NBR 9050. Resultados: Foram avaliados 101 alunos, inseridos em 14 das 25 instituições municipais de ER de Alfenas-MG. Os alunos avaliados possuíam diagnóstico de Deficiência Intelectual (DI), Deficiência Física (DF), Deficiência Auditiva (DA), Deficiência Visual (DV) e Transtorno do Espectro Autista (TEA). O perfil traçado apontou para uma predominância de alunos do sexo masculino (75,2%), com idade entre seis e dez anos (65,3%), que se encontram no Ensino Fundamental I (70,3%) e contam com auxílio de um professor de apoio (73,3%). Consoante aos diagnósticos houve predominância do TEA que correspondeu a 42 alunos (41,6%), seguido pelos alunos com DI, 34 alunos (33,7%); DF, 13 alunos (12,9%); DA, sete alunos (6,9%) e DV, cinco alunos (4,9%). O desempenho funcional dos alunos foi traçado segundo os diagnósticos e descrito em termos de dificuldade que variou de “nenhuma a completa”. Relacionado ao uso de facilitadores oito alunos (7,9 %) utilizavam apoio destinado a facilitar a mobilidade e o transporte pessoal em ambientes internos e externos e 15 alunos (14,9%) utilizavam algum produto ou tecnologia de apoio para comunicação. Quanto à avaliação da acessibilidade escolar, todas as instituições avaliadas (n=25) apresentaram facilitador moderado quanto aos produtos e tecnologias gerais para educação e barreira completa quanto aos produtos e tecnologias de apoio para a educação. Quanto à arquitetura, materiais e tecnologias arquitetônicas nenhuma instituição atendeu a todos os critérios de acessibilidade estabelecidos pela ABNT NBR 9050. Nas 25 instituições avaliadas foram encontradas pelo menos duas barreiras físicas, sendo as mais comuns a ausência de sinalização, o número mínimo de sanitários por pavimentos e a ausência de sistema auxiliar de comunicação. Conclusão: o desempenho dos alunos esteve mais prejudicado nos aspectos relacionados à leitura, escrita e cálculo, no qual os resultados se concentraram nos qualificadores que indicaram desde dificuldade moderada até dificuldade completa. Através do seu componente “Atividades e Participação”, a CIF proporcionou uma descrição objetiva quanto a extensão das dificuldades encontradas por alunos com deficiências ou TEA inseridos em escolas de ER. A avaliação do desempenho permitiu conhecer o envolvimento do indivíduo numa situação de vida, e foi primordial para entender de fato a funcionalidade e as limitações dessas crianças. Embora a matrícula e a presença dos alunos com NEE esteja legalmente garantida por lei, existem barreiras físicas e materiais que podem dificultar e restringir a participação ativa desses alunos nos diferentes contextos escolares.Item Acesso aberto (Open Access) Fatores associados a hemorragia intracraniana em neonatos prematuros: estudo caso-controle(Universidade Federal de Alfenas, 2019-03-29) Santos, Gabriela De Cássia; Faria, Tereza Cristina Carbonari De; Danaga, Aline Roberta; Borges, Juliana Bassalobre CarvalhoA hemorragia intracraniana (HIC) é um distúrbio complexo e multifatorial, cujos principais mecanismos patogênicos são os distúrbios no fluxo sanguíneo cerebral, fragilidade inerente da vasculatura da matriz germinal e distúrbios plaquetários e de coagulação, esta afecção está relacionado a prematuridade e altas taxas de mortalidade neonatal. O objetivo do presente estudo foi verificar fatores associados com a ocorrência das Hemorragias Intracranianas em neonatos prematuros em internação em Unidade de Terapia Intensiva. Trata-se de um estudo do tipo caso-controle exploratório, para investigar o papel de diversos fatores associados ao desenvolvimento da HIC em neonatos prematuros, abrangendo variáveis maternas e pré-natais, variáveis perinatais e variáveis neonatais. Foram estudados 150 neonatos prematuros com idade gestacional <34 semanas, submetidos ao exame de ultrassonografia transfontanelar e que estiveram internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal no período de janeiro de 2014 a julho de 2017, em um hospital público no sul do estado de Minas Gerais. Foram selecionados 59 neonatos prematuros que tiveram diagnóstico de hemorragia intracraniana para o Grupo Caso, e 91 neonatos prematuros que apresentaram exame normal como Grupo Controle. Para análise univariada foi utilizado o teste de Qui-quadrado e aquelas variáveis que apresentaram p<0,05 foram inseridas no modelo de regressão logística. A medida de associação considerada foi a odds ratio (OR), com intervalo de confiança de 95% (IC95%) e nível de significância estatística de 5%. Da amostra total de 150 neonatos prematuros, 77 (51,3%) eram do sexo masculino, idade gestacional média de 30,36 ± 2,92 semanas, 1517,44 ± 597 gramas de peso ao nascimento, classificação em HIC grau I foi a mais frequente (45,8%). Na análise univariada, foram estatisticamente significativas a baixa idade gestacional (p:0,0183), baixo peso ao nascimento (p: 0,0050), necessidade de surfactante exógeno (p: 0,0004), necessidade de intubação orotraqueal (p: 0,0024) e escore APGAR inferior a seis no 5º minuto (p: 0,0053), como fatores perinatais e como fatores neonatais a necessidade de droga vasoativa (p < 0,0000), diagnósticos de Síndrome do Desconforto Respiratório (p: 0,0000), muito baixo peso ao nascer (p: 0,0016), sepse precoce (p: 0,0189), sepse tardia (p:0,0093), choque (p: 0,0024), anemia neonatal (p: 0,0183), Persistência do canal arterial (p: 0,0010), uso de suporte ventilatório invasivo (p:0,0016), oxigenioterapia (p: 0,0070), plaquetopenia (p: 0,0004). Pela análise de regressão apresentaram associação com HIC apenas as variáveis neonatais como a pontuação de Apgar 5” inferior a 6 (OR 3.92 / p: 0,0174) e necessidade de administração de surfactante (OR 3.59 / p: 0,0011), as variáveis perinatais significativas foram necessidade de droga vasoativa (OR 4.66 / p: 0,0006) e a plaquetopenia (OR 6.93 / p: 0,0040), já as variáveis maternas e pré-natais não apresentaram associação com a ocorrência de HIC. Pode-se concluir que os fatores perinatais associados a hemorragia intracraniana em neonatos prematuros foram a necessidade de administração de surfactante e pontuação no teste Apgar do 5 º minuto inferior a seis. As variáveis maternas e pré-natais não se mostraram associadas a HIC em RNPT. A necessidade de administração de drogas vasoativas e a plaquetopenia apresentaram associação com a ocorrência de HIC, quando controladas demais variáveis perinatais. Ainda, o reconhecimento desses fatores de associação torna-se importante para reforçar os critérios de escolha e as condutas terapêuticas no cuidado com o neonato, bem como no manejo, com intuito de prevenção.