Mestrado em Ciências da Reabilitação
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Navegando Mestrado em Ciências da Reabilitação por Orientador(a) "Pereira, Simone Botelho"
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Item Acesso aberto (Open Access) Confiabilidade intra e interavaliador da análise eletromiográfica dos músculos do assoalho pélvico: estudo observacional transversal(Universidade Federal de Alfenas, 2021-10-14) Volpato, Maria Palharini; Pereira, Simone Botelho; Terra, Andreia Maria Silva Vilela; Baldon, Vanessa Santos PereiraIntrodução: Os músculos do assoalho pélvico (MAPs) necessitam de uma avaliação clínica detalhada com ferramentas confiáveis. A eletromiografia de superfície (EMGs) é um dos métodos estabelecidos para avaliar a função dos MAPs, porém apresenta diferentes protocolos de avaliação e análise de dados. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo investigar a confiabilidade intra- avaliador e interavaliador da determinação por inspeção visual do sinal EMGs durante a contração voluntária máxima (CVM) dos MAPs feminino. Métodos: Trata-se de um estudo observacional transversal com dados secundários, coletados previamente. Foram analisados os registros de 3 CVM dos MAPs que tinham 5 segundos (s) cada, separadas por intervalos de 60s. Dois avaliadores independentes determinaram visualmente o início e fim de cada CVM. A concordância entre avaliadores sobre a qualidade dos sinais foi analisada por inspeção visual - análise qualitativa (Coeficiente Kappa de Cohen’s - k) e quantitativa (relação sinal-ruído - SNR). A confiabilidade intra- avaliador e interavaliador foi medida levando em consideração os valores da integral (domínio tempo) e frequência mediana (domínio frequência) da CVM e foi analisada por meio do coeficiente de correlação intraclasse (ICC 2,1 , ICC 2,3 ) e análise de variância com medidas repetidas. Resultados: Foram analisados os dados de 58 mulheres (idade média de 54.68 anos). A concordância da análise visual qualitativa do sinal de EMGs foi razoável (Cohen K=0.306 [0.148; 0.463]) e a SNR variou de 34.3 - 22.2 dB entre os avaliadores. A confiabilidade intra- avaliador e interavaliador foi excelente para a média das três CVM tanto da integral (ICC 2,3 = 0.884 [0.821; 0.925]; ω 2 = -0.006, p = 0.558) quanto da frequência mediana (ICC 2,3 = 0.998 [0.998; 0.999]; ω 2 = -0.009, p = 0.992). Conclusão: Até o momento, este é o primeiro estudo que avaliou a confiabilidade intra e interavaliador ao identificar a contração dos MAPs por meio da inspeção visual em um software de EMGs comumente utilizado na prática clínica de fisioterapeutas especializados em disfunção do assoalho pélvico. A análise visual qualitativa do sinal de EMGs não é recomendada por apresentar concordância razoável entre avaliadores embora reflita a SNR. Recomenda-se a utilização da determinação visual do início e fim da CVM dos MAPs utilizando a interface padrão do software de EMGs pela excelente confiabilidade.Item Acesso aberto (Open Access) Função do assoalho pélvico e sintomas uroginecológicos em mulheres com e sem fibromialgia(Universidade Federal de Alfenas, 2018-08-09) Prado, Tirza Melo Sathler; Pereira, Simone Botelho; Terra, Andreia Maria Silva Vilela; Oliveira, Néville Ferreira Fachini DeObjetivo: Investigar a função dos Músculos do Assoalho Pélvico (MAP) e a frequência de sinais e sintomas uroginecológicos em mulheres com e sem diagnóstico de FM, comparando-as. Material e Métodos: Estudo transversal, composto por mulheres com e sem diagnóstico de Fibromialgia (FM), divididas em Grupo com FM (G_FM) e Grupo Controle (G_C). Foram aplicados questionários traduzidos e validados para avaliação dos sintomas urinários, vaginais, sexuais e qualidade de vida: International Consultation on Incontinence Questionnaire—Urinary Incontinence Short Form (ICIQ-SF), International Consultation on Incontinence Overactive Bladder Questionnaire (ICIQ-OAB), International Consultation on Incontinence Questionnaire— Vaginal Symptoms (ICIQ-VS), Female Sexual Function Index (FSFI), King’s Health Questionnaire (KHQ) e Fibromyalgia Impact Questionnaire (FIQ); realizado exame físico, com avaliação da função dos Músculos do Assoalho Pélvico (MAP) por meio de palpação digital vaginal e eletromiografia (EMG) dos MAP e acessórios (abdominais, glúteos, adutores), e algometria para investigação do índice de dor generalizada, assim como a escala de severidade dos sintomas para as mulheres com FM, seguindo as recomendações do American College of Rheumatology (ACR), em 2010. Análise dos dados foi realizada utilizando os softwares BioEstat 5.3 e Gpower 3.1, com nível de significância de 5% e intervalo de confiança de 95%. Utilizou-se, para comparação de dados teste t de Student e Mann-Whitney, Correlação de Spearman e Regressão Logística foram usados para estabelecer correlações entre as variáveis. Resultados: Foram avaliadas 84 mulheres, excluídas 6 e incluídas 39 no G_FM e 39 no G_C. Os grupos diferiram-se entre si quanto a escolaridade (G_FM: 56,4%, G_C: 30,8%, p<0,01) e terapia de reposição hormonal (G_FM:10,3%, G_C: 23,1%, p<0,001). Ao comparar os grupos, observou-se que o G_FM apresentou maior comprometimento da função sexual (FSFI) (G_FM: 7,2 (2-31,6), G_C: 21,6 (2-36), p<0,001), maior frequência de Tender points (TP) (G_FM: 25,6%, G_C: 2,6%, p=0,03) durante a palpação digital vaginal e menor utilização de músculos abdominais (G_FM: 59,69 ±63,24, G_C: 127,89 ±228,83, p=0,01), durante investigação da atividade eletromiográfica dos MAP concomitante aos seus acessórios. A escala de dor relatada nos TP dos MAP das mulheres do G_FM apresentou correlação com o escore total do IFSF (r=-0,327, p=0,041), mas não foram encontradas correlações entre o índice de dor generalizada, escala de severidade dos sintomas com a presença de TP nos MAP, nesse mesmo grupo. Apesar de não haver sido encontrado diferença na freqüência de incontinência urinária (G:_FM; 59%, G_C: 64,1%, p=0,34), as mulheres do G_FM apresentaram maior impacto da IU nos domínios “qualidade de vida” (G_FM: 5 (3-8), G_C: 4 (2-7), p=0,01) e “sono/energia” do KHQ (G_FM: 5 (2-8), G_C: 2 (2-8), p<0,01). O escore de sintomas vaginais (ESV) do ICIQ-VS se correlacionou positivamente com o escore total do KHQ (r=0,386, p=0,015), somente no G_FM. Conclusão: As mulheres com fibromialgia apresentaram maior frequência de TP nos MAP, menor utilização de abdominais durante a contração dos MAP, maior comprometimento da função sexual e maior impacto da incontinência urinária na qualidade de vida e no sono/energia, apesar de não ter sido encontrada diferença na frequência de sintomas urinários.Item Acesso aberto (Open Access) Interação entre o impacto da pandemia pela doença do coronavírus 2019 (covid-19) e as variáveis sociodemográficas sobre a disfunção sexual e erétil de indivíduos latino-americanos: estudo observacional(Universidade Federal de Alfenas, 2021-11-12) Alvear Pérez, Constanza Deyanu; Pereira, Simone Botelho; Iunes, Denise Hollanda; Castillo Piño, EdgardoObjetivo: Investigar a interação entre o impacto da pandemia da COVID-19 e os fatores demográficos sobre a função erétil/sexual (E/S) na América Latina. Métodos: Estudo observacional que incluiu indivíduos latino-americanos acima de 18 anos, recrutados por meio de mídias sociais e entrevistados entre julho a setembro de 2020, por meio de formulário online (google forms) nas línguas português e espanhol. A função E/S foi avaliada por meio dos questionários: Índice Internacional de Função Erétil Simplificado (IIFE-5) e Índice de função sexual feminina (IFSF) e o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) desencadeado pela pandemia da COVID-19, por meio da Escala do impacto do evento revisada (EIE-R). Os dados foram analisados por t Student, regressão logística brutos bivariados e multivariados, com significância pelo Wald test (p<0.05), utilizando o software R (v4.0.0). Resultados: Dos 2016 indivíduos participantes, 1986 atenderam os critérios de inclusão (466 (23,46%) pessoas com pênis e 1520 (76,54%) das pessoas com vulva), sendo que 743 deles apresentaram disfunção E/S (175 [37.55%] das pessoas com pênis e 568 [37.37%] das pessoas com vulva). O TEPT foi maior entre pessoas com pênis (EIE- R=36.50[±19.10]) e pessoas com vulva (EIE-R=41.28[±18.99]) com disfunção E/S, quando comparados àqueles sem disfunção E/OS tanto no escore total (pessoas com pênis: EIE-R=26.54[±19.17] p<0.001 e pessoas com vulva: EIE-R=35.92[±19.25] p=0.001), quanto nos três domínios. Foi encontrado que as pessoas que não moram com seu parceiro são 0.74 vezes mais propensas para ter disfunção E/S, mas morar com parceiro tem maior impacto da pandemia na função E/S. Conclusão: Foi observado interação negativa entre o impacto da pandemia pela COVID-19 e a função erétil/sexual das pessoas na América Latina, com maiores implicações entre os indivíduos que estão vivendo com seus parceiros.Item Acesso aberto (Open Access) Treinamento vesical isolado ou em combinação com outras terapias na melhora dos sintomas da bexiga hiperativa : uma revisão sistemática com metanálise de ensaios clínicos randomizados controlados(Universidade Federal de Alfenas, 2023-08-11) Rocha, Anna Karoline Lopes; Pereira, Simone Botelho; Marino , Lígia De Sousa; Monteiro, Marilene Vale De CastroIntrodução: O treinamento vesical (TV) é caracterizado por um regime de esvaziamento programado com intervalos de micção gradualmente ajustados e é comumente utilizado no tratamento conservador de indivíduos com bexiga hiperativa (BH). Objetivos: Apresentar uma revisão sistemática com metanálise de ensaios clínicos randomizados controlados (RCTs) sobre o TV isolado e/ou em combinação com outras terapias para melhorar os sintomas da BH. Materiais e métodos: Foi realizada uma revisão sistemática em oito bases de dados: PubMed, PEDro, SciELO, LILACS, Cochrane, Web of Science, EMBASE e CINAHL. Após a triagem dos títulos, foram recuperados os resumos e os textos completos. Quatorze RCTs foram incluídos e os sistemas Cochrane RoB 2 e GRADE foram utilizados. Resultados: Foram incluídos quatorze RCTs: TV isolado (n=11), TV+ tratamento medicamentoso (TM) (n=5), TV+ estimulação elétrica intravaginal (EEIV) (n=2), TV+ biofeedback (BF)+ EEIV (n=1), TV+ treinamento dos músculos do assoalho pélvico (TMAP)+ aconselhamento comportamental/mudança de hábito (MH) (n=2), TV+ estimulação percutânea do nervo tibial (PTNS) e TV+ estimulação transcutânea do nervo tibial (TTNS) (n=1). Após a metanálise no período de acompanhamento a curto prazo, o TV+EEIV melhorou a noctúria (DM:0,89, 95%, IC:0,59-1,20), a incontinência urinária (IU) (DM:1,93, 95%, IC:1,32-2,55) e a qualidade de vida (QoL) (DM:4.87, 95%, IC:2,24-7,50); para TV versus TM, o TM promoveu melhora na IU (DM:0,58, 95%, IC:0,23-0,92). Não foram encontrados resultados significativos no período de acompanhamento a médio e longo prazo. Conclusões: TV+EEIV mostrou resultados favoráveis para o tratamento da BH no período de acompanhamento a curto prazo, enquanto que o TV isolado não apresentou resultados favoráveis. Recomenda-se o uso do TV+EEIV como uma estratégia terapêutica conservadora útil para o tratamento de indivíduos com BH. Entretanto, a heterogeneidade presente nos RCTs encontrados sugere que novos estudos devem ser realizados, e neste sentido, os achados dessa revisão devem ser analisados com cautela.Item Acesso aberto (Open Access) Vivência universitária em empreendedorismo e inovação - VUEI : uma experiência inovadora no âmbito da fisioterapia(Universidade Federal de Alfenas, 2024-11-07) Santos, Ingrid Barbara Campos Dos; Pereira, Simone Botelho; Macedo, Anderson Geremias; Vieira , Renata Crisna Marns Da SilvaIntrodução: O Projeto Vivência Universitária em Empreendedorismo e Inovação (VUEI), promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (SEDE), visa promover a inovação e a interação entre universidade e mercado. As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Fisioterapia exigem uma formação acadêmica que inclua aspectos técnicos e habilidades em tomada de decisão, comunicação, liderança, administração e gerenciamento. No entanto, a formação acadêmica tende a se concentrar principalmente em conteúdos técnicos da prática clínica, resultando em um distanciamento do desenvolvimento gerencial. Objetivos: Identificar o perfil empreendedor dos acadêmicos do Estágio Obrigatório de Fisioterapia em Saúde da Mulher / Maternidade e Urologia da UNIFAL-MG (campus Santa Clara) e avaliar o impacto da intervenção "Laboratório de Gestão", focada no desenvolvimento de competências gerenciais e empreendedoras dos discentes. Materiais e Métodos: O primeiro estudo, de natureza experimental observacional descritiva, utilizou o questionário “Avaliação do Perfil Empreendedor em Meio Acadêmico” e questões adicionais para caracterizar sociodemograficamente e avaliar a autopercepção dos alunos em relação à gestão, finanças, empreendedorismo e inovação. A análise foi realizada por estatísticas descritivas (média, mediana e desvio padrão). O segundo estudo, observacional longitudinal, utilizou os mesmos instrumentos para coletar dados antes e após a intervenção "Laboratório de Gestão", com impacto avaliado pelo teste de Wilcoxon. O relato da experiência do Projeto VUEI foi documentado em relatório. Resultados: Ambos os estudos identificaram predominância de acadêmicos do sexo feminino com perfil empreendedor classificado como "superior" ou "médio superior". No entanto, o Laboratório de Gestão apresentou um discreto aumento na mediana que não foi estatisticamente significativo. Foram realizadas iniciativas para incentivar o empreendedorismo na universidade e na comunidade, e discussões sobre a inclusão de mais disciplinas sobre empreendedorismo no currículo de Fisioterapia da UNIFAL-MG. Conclusão: Embora os acadêmicos apresentem um perfil empreendedor classificado como superior, a maioria não considera seu conhecimento em gestão, inovação e empreendedorismo como “bom” ou “muito bom”. A incorporação de princípios empreendedores na formação acadêmica parece influenciar positivamente o perfil dos egressos. A escassez de estudos sobre o tema ressalta sua importância e a necessidade de pesquisas adicionais para promover uma formação mais completa e integrada aos futuros fisioterapeutas, contribuindo para adaptação às demandas do mercado e consequentemente, a valorização profissional.