Doutorado em Ciências Ambientais
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.unifal-mg.edu.br/handle/123456789/2671
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Navegando Doutorado em Ciências Ambientais por Orientador(a) "Mincato, Ronaldo Luiz"
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Item Acesso aberto (Open Access) Modelagem das perdas de solo por erosão hídrica em áreas tropicais brasileiras(Universidade Federal de Alfenas, 2024-02-22) Lense, Guilherme Henrique Expedito; Mincato, Ronaldo Luiz; Roig, Henrique Llacer; Souza, Thiago Corrêa De; Santos, Breno Régis; Rubira, Felipe GomesA erosão hídrica é a principal causa de degradação dos solos brasileiros, e este problema deve ser constantemente combatido afim de garantir a conservação do solo. Nesse contexto, a modelagem é uma técnica que pode contribuir para o planejamento de práticas de mitigação da erosão. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi modelar a erosão hídrica em cinco diferentes regiões brasileiras. No primeiro caso, foi avaliada a erosão hídrica na sub-bacia hidrográfica do Córrego Coroado, no sudeste brasileiro. Foi aplicado o Método de Erosão Potencial (EPM) para estimar a erosão hídrica entre 1988 e 2018. A conversão de áreas de pastagem e milho em cultivos de café com adoção de práticas conservacionistas e a expansão de áreas de reflorestamento contribuíram para uma redução de 37% nas perdas de solo. No segundo caso, foi estimado o efeito do desmatamento sobre a variação espacial e temporal da erosão hídrica na Bacia Hidrográfica do Rio Xingu, uma das regiões mais afetadas pelo desmatamento na Amazônia Brasileira. Entre 1988-2018, ocorreu um aumento de 12% (52.258 km2 ) no desmatamento da floresta amazônica na região, e usando o EPM foi possível verificar que neste período houve um aumento de 312% na taxa de perdas de solo por erosão hídrica, que correspondente a cerca de 180 milhões de toneladas de solo. No terceiro caso, foi estimada a erosão hídrica na Bacia Hidrográfica do Rio Tietê utilizando a Equação Universal de Perda de Solo Revisada (RUSLE). Em 18% desse território as taxas de erosão são superiores aos Limites de Tolerância de Perda de Solo (TPS). No quarto caso, foi estimada a erosão hídrica no Estado de Rondônia, usando a RUSLE. A taxa média de perda de solo foi de 22,50 Mg ha-1 ano-1 e 19% das áreas do estado devem ser priorizadas na adoção de medidas conservacionistas do solo. No quinto caso, foi estimada as perdas de solo no Sistema Cantareira, um dos maiores sistemas de abastecimento de água do mundo. A RUSLE apontou que em 66% do Sistema Cantareira, as perdas de solo estão abaixo da TPS e, em 34% da região, a erosão hídrica está comprometendo a sustentabilidade dos recursos hídricos e do solo. Em todas as regiões estudadas existem áreas com altas perdas de solo associadas a relevos íngremes, solos com baixa densidade de cobertura vegetal, desmatamento e ausência de práticas conservacionistas. A modelagem permite identificar as áreas prioritárias na adoção de manejos conservacionistas dos solos e é uma forma de destacar o problema da degradação dos solos pela erosão hídrica, conscientizar órgãos públicos e privados sobre a necessidade de mitigar os processos erosivos e de incentivar a elaboração e adoção de políticas ambientais voltadas a conservação do solo.Item Acesso aberto (Open Access) Proposta metodológica para mapeamento de áreas vulneráveis a ocorrência de inundações no Brasil utilizando parâmetros geomorfométricos(Universidade Federal de Alfenas, 2023-03-12) Servidoni, Lucas Emanuel; Mincato, Ronaldo Luiz; Roig, Henrique Llacer; Kawakubo, Fernando Shinji; Ayer, Joaquim Ernesto Bernardes; Rubira, Felipe GomesAs inundações são os principais desastres naturais no Brasil, causando perda de vidas e danos socioeconômicos. Este trabalho propõe um modelo para a detecção remota de áreas naturalmente propensas a inundações devido às características morfométricas de seu relevo e redes de drenagem no Alto Rio Sapucaí em Minas Gerais, Brasil. Os parâmetros morfométricos utilizados foram a densidade de drenagem, densidade do rio, relação de relevo, índice de rugosidade, coeficiente de manutenção, fator de forma e comprimento da superfície do córrego. As áreas de risco apresentaram coeficiente de compacidade de 0,75 e fator de forma de 0,56, sendo ambos considerados de alto risco para inundações. Os resultados obtidos permitiram identificar uma equação preditiva significativa que sugeriu um valor de corte de 3,82 para a função discriminante; áreas com valores abaixo desse corte foram consideradas naturalmente mais vulneráveis à ocorrência de enchentes. Essas áreas foram corroboradas com os mapas de risco dos municípios. O mapa obtido pelo modelo proposto foi comparado com o mapa da Defesa Civil, e sua acurácia, segundo o coeficiente Kappa, foi de 0,83, indicando forte similaridade entre os dois mapas. Este trabalho então permitiu identificar uma forma de detecção remota de enchentes reduzindo custos operacionais, podendo cobrir uma grande área mapeada em um curto espaço de tempo. Isto é uma necessidade para um país com dimensões continentais como o Brasil onde constantemente é assolado por enchentes durante a estação chuvosa em praticamente todo o território.