Doutorado em Ciências Ambientais
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Item Acesso aberto (Open Access) Análises de um substrato remanescente da mineração de bauxita, produção de vermicomposto a partir de resíduo do cogumelo shimeji e seu potencial sobre Megathyrsus maximus cv. Mombaça associado a adubação fosfatada(Universidade Federal de Alfenas, 2024-04-03) Rodrigues, Eduardo De Oliveira; Carneiro, Romero Francisco Vieira; Pinto, Lilian Villela Andrade; Gonçalves, Flávio Aparecido; Tréz, Thales, De Astrogildo E; Souza, Antônio Donizetti Gonçalves DeA mineração é uma atividade econômica importante para o município de Poços de Caldas/MG, onde apesar da sua reconhecida importância econômica, pode trazer sérias consequências para o ambiente, uma vez que necessitam de grandes escavações para a retirada do minério, deixando um substrato remanescente com relevantes restrições para o estabelecimento de plantas, sobretudo em decorrência da perda de matéria orgânica. Neste aspecto, os resíduos sólidos, consistem em outro importante problema ambiental enfrentado pela sociedade, e isso se deve, sobretudo, ao elevado crescimento demográfico mundial. O setor agroindustrial gera quantidades expressivas de resíduos, e se divide em muitos segmentos, áreas, produtos e serviços diversos. Assim, o presente trabalho se dividiu em 3 (três) etapas, sendo que a primeira constituiu na elaboração de um vermicomposto a partir do resíduo da agroindústria do cogumelo shimeji. A segunda na caracterização físico-químicas de um substrato remanescente de mineração de bauxita no município de Poços de Caldas. A terceira foi testar o estabelecimento da forrageira Megathyrsus maximus cv. Mombaça em substrato remanescente de mineração de bauxita com uso de dosagens de fósforo associadas ao vermicomposto produzido. O vermicomposto apresentou as seguintes concentrações em g/kg, respectivamente para os macronutrientes: N, P, K, Ca, Mg e S (15,5; 3,5; 2,7; 54,5; 8,4; 2,5), enquanto que as concentrações dos micronutrientes Zn, Fe, Mn, Cu e B, em mg/kg, foram respectivamente (210,0; 2369,0; 613,0; 52,0; 31,8). Na caracterização do substrato remanescente verificou-se a seguinte composição química média: pH de 5,57; 1,60 mg dm-3 de P; 26,23 de mg dm-3 de K; 0 cmolc dm-3 de Al; 1,57 cmolc dm-3 de Ca, 0,24 cmolc dm-3 de Mg, 3,22 cmolc. dm-3 de H, 5,10 cmolc. dm-3 de CTC, 36,53 % de V, 2,35 dag. dm-3 de MO, 2,43 mg dm-3 de Zn, 109,07 mg. dm-3 de Fe, 49,33 mg. dm-3 de Mn, 0,10 mg. dm-3 de Cu, 0,20 mg. dm-3 de B. Os teores de argila variaram de 50,5% a 64,7 %, areia de 18,6 a 37,0% e silte de 5,2 a 23,4%. Enquanto que a densidade de solo variou de 1,009 a 1,245 g/cm3 , a densidade de partículas de 1,961 a 2,410 g/cm3 e a porosidade total de 38,53 a 57,50. Tais avaliações se concentraram nas profundidades de 0-20; 20-40 e 40-60 cm. No estabelecimento da forrageira os tratamentos avaliados foram T1 (sem composto + 0 fósforo), T2 (com composto + 0 fósforo), T3 (sem composto + 60 ppm de fósforo), T4 (com composto + 60 ppm de fósforo), T5 (sem composto + 120 ppm de fósforo), T6 (com composto + 120 ppm de fósforo), T7 (sem composto + 240 ppm de fósforo) e T8 (com composto + 240 ppm de fósforo). Foram avaliados como resposta produções de matéria seca da parte aérea e acúmulos de macro e micronutrientes na massa seca produzida, em 2 cortes subsequentes (1° corte aos 90 dias e o 2º corte aos 120 dias), bem como a somatória desses cortes. Para a produção de matéria seca da planta, no corte 1, aplicando-se o tratamento com composto e 240 ppm de fósforo promoveu-se incremento de 2.283,3 % em relação ao não uso do composto e 0 de fósforo, e no corte 2 verificou-se um acréscimo de 641,6 % em relação ao não uso do composto e 0 de fósforo. O estabelecimento inicial da forrageira Megathyrsus maximus cv. Mombaça em substrato remanescente de mineração de bauxita no município de Poços de Caldas-MG é limitado, mesmo utilizando doses de fósforo recomendadas para cultura, na ausência de aplicação do vermicomposto orgânico. O acúmulo dos macros e micronutrientes nos tratamentos com uso do composto do Shimeji é maximizado pelas doses de P a exceção do Cobre.Item Acesso aberto (Open Access) As estratégias de transição agroecológica dos agroecossistemas no sul de Minas Gerais(Universidade Federal de Alfenas, 2023-05-24) Neves, Janine Ameku; Imperador, Adriana Maria; Hayashi, Carmino; Fernandes, Lêda Gonçalves; Pedini, Sérgio; Botezelli, LucianaEsta pesquisa buscou investigar, por meio da elaboração de cinco artigos, quais as estratégias utilizadas nos agroecossistemas do sul de Minas Gerais que contribuem com a transição agroecológica. O primeiro artigo, intitulado “A transição agroecológica: desafios para a agricultura sustentável” apresenta um histórico da agricultura alternativa, a teoria crítica da transição agroecológica e analisa os obstáculos para efetivar a transição agroecológica. O segundo artigo, “A certificação orgânica como ferramenta de gestão dos agroecossistemas” levanta as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças inerentes ao processo de certificação orgânica. O terceiro artigo, “Perfil da produção orgânica no estado de Minas Gerais e as novas relações entre produção e consumo de alimentos” identifica a distribuição espacial da produção orgânica no estado de Minas Gerais e como são estabelecidas as novas relações de produção e consumo de alimentos a partir da garantia da qualidade orgânica. O quarto artigo, “As correlações entre os mecanismos de garantia da conformidade e a transição agroecológica” analisa dois sistemas com a conformidade orgânica garantida por organismos participativos à luz da teoria da transição agroecológica. O quinto artigo, “Avaliação do desempenho agroecológico de agroecossistemas do sul de Minas Gerais” utiliza a ferramenta criada pela FAO para avaliar quatro agroecossistemas orgânicos da agricultura familiar. O conjunto dos trabalhos destaca a região sul de Minas Gerais na produção de alimentos diversificados, café orgânico e das formas de comercialização em redes. A organização em núcleos de produtores e produtoras regularmente cadastrados favorece a governança responsável e o abastecimento local e regional, gerando confiança e rastreabilidade. Os agroecossistemas estudados estão em avançado processo de transição agroecológica e apresentam como pontos fortes a adoção das práticas e manejo agroecológicos e a identidade cultural mineira. A ferramenta de avaliação de desempenho é útil para o diagnóstico rápido, com custos reduzidos e deve ser adaptada à realidade local. Para alcançar níveis mais complexos, é importante considerar a integração de animais nos agroecossistemas, por exemplo a meliponicultura e os sistemas silvipastoris e buscar a autossuficiência na produção e uso de energia renovável, incluindo o uso irrisório de combustíveis fósseis.Item Acesso aberto (Open Access) Chás de composto no crescimento de plantas de milho e sorgo expostas ao déficit hídrico e metais pesados(Universidade Federal de Alfenas, 2023-09-29) Govêa, Kamilla Pacheco; Souza, Thiago Corrêa De; Silva, Adriano Bortolotti Da; Magalhães, Paulo César; Santos Filho, Plínio Rodrigues Dos; Arantes, Sara DousseauOs chás de composto têm sido relatados como bioestimulantes e/ou biofertilizantes de plantas, melhorando as respostas no crescimento e na tolerância a estresses bióticos e abióticos, sendo os estresses abióticos ainda pouco explorados na literatura. Neste sentido, os objetivos deste trabalho foram: 1) elucidar, através de uma meta-análise, o potencial indutor de tolerância a estresses abióticos que os chás de composto e de vermicomposto podem proporcionar; e 2) verificar os efeitos de dois chás de composto no crescimento inicial de milhoe sorgo e na tolerância de ambas as espécies ao déficit hídrico, à presença de chumbo (Pb) e de alumínio (Al). Para isso, foram realizadas duas compostagens que diferiram em relação às fontes de nitrogênio: uma somente à base de plantas, e a outra contendo esterco bovino. Os compostos obtidos serviram como matéria-prima para extração dos chás (respectivamente, PCT: plants compost tea e CMCT: cattle manure composttea). Foram realizados quatro experimentos para cada espécie, totalizando os seguintes conjuntos de dados: 1) ação dos chás de composto sobre milho e sorgo; 2) ação dos chás de composto sobre milho e sorgo sob déficit hídrico; 3) ação dos chás de composto sobre milho e sorgo sob estresse por Pb; e 4) ação dos chás de composto sobre milho e sorgo sob estresse por Al. A metodologia utilizada e as análises estatísticas estão descritas em detalhes nos artigos contidos nesta Tese. A meta-análise demonstrou que os chás de composto e de vermicomposto podem ser aplicados como indutores de tolerância a estresses abióticos em plantas, e seus mecanismos de ação envolvem a modulação do metabolismo antioxidante enzimático, o aumento do metabolismo fotossintético, a homeostase de potássio e sódio, a estimulação do crescimento e, consequentemente, o aumento da produtividade. Além disso, os chás de composto testados apresentaram atividade bioestimulante sobre milho e sorgo, por meio da estimulação do crescimento inicial, da morfologia e arquitetura radicular, e da mitigação do déficit hídrico e dos estresses ocasionados por Pb e Al.Item Acesso aberto (Open Access) Crescimento de forrageiras em substrato remanescente da mineração de bauxita em Poços de Caldas(Universidade Federal de Alfenas, 2023-07-28) Passos, Cláudio André Dos; Carneiro, Romero Francisco Vieira; Santos, Breno Régis; Sardinha, Diego De Souza; Rabêlo, Flávio Henrique Silveira; Nunes, Luis Alfredo Pinheiro LealA recuperação dos solos degradados pela atividade mineradora, com vistas à sustentabilidade produtiva e ambiental, frequentemente passa pela reposição de matéria orgânica. Sendo assim, a utilização de resíduos orgânicos nos manejos de adubação nestas áreas pode aliar a reposição de matéria orgânica à redução do impacto gerado pela deposição inadequada de resíduos orgânicos no ambiente. O uso de gramíneas forrageiras de alto rendimento pode representar alternativa viável para diversificação produtiva nestas áreas, no entanto requer atenção especial para o seu manejo nutricional, sobretudo em sua fase de estabelecimento. Assim, o objetivo desse trabalho, apresentado em dois capítulos subsequentes, foi de avaliar o estabelecimento de gramíneas forrageiras consideradas de médio a alto rendimento em substrato remanescente de mineração de bauxita, com aplicação de fertilizante químico convencional e orgânico obtido de vermicompostagem de resíduos da produção de cogumelos shimeji. No primeiro capítulo foi avaliado as taxas morfogênicas e produtivas da espécie Urochloa brizantha cv. Marandu. No segundo capitulo, avaliou-se as características morfogênicas, produtivas e as respostas fisiológicas do Megathyrsus maximus cv. Mombaça e parâmetros microbiológicos do solo. No capítulo I, a aplicação de vermicomposto promoveu aumento nos níveis de potássio (K), fosforo (P), cálcio (Ca), magnésio (Mg), zinco (Zn) e pH no substrato estudado. A adubação com base apenas em fertilizantes químicos não promoveu acréscimos nas taxas morfogênicas e produtivas até 90 dias de crescimento inicial. No capítulo II, a adubação com vermicomposto resultou em aumentos nas taxas morfogênicas e na produção nos primeiros 90 dias de crescimento. As doses de 20 e 40 t h-1 de vermicomposto, juntamente com o tratamento com adubo convencional e micronutrientes, apresentam a melhor resposta fisiológica no capim Mombaça. No entanto, altas doses iniciais de vermicomposto (60 t ha-1 ) podem causar redução em carbono e atividade microbiana do solo, que pode indicar perda de sustentabilidade a longo prazo. Os resultados destacam que o estabelecimento de uma pastagem de alto rendimento nessas áreas é severamente comprometido se o manejo da adubação se limitar apenas à calagem e/ou adubação química convencional. Além de indicar o potencial do uso do vermicomposto proveniente de resíduos da produção de cogumelos shimeji na construção da fertilidade do solo no processo de recuperação de áreas degradadas pela mineração de bauxita no município de Poços de Caldas- MG.Item Acesso aberto (Open Access) Estudo anatômico comparativo do membro pélvico – músculos da região anterior da coxa do primata sapajus sp (macaco-prego) associado ao uso de ferramentas e bipedalismo(Universidade Federal de Alfenas, 2022-04-29) Silva, Sylla Figueredo Da; Aversi-Ferreira, Tales Alexandre; Abreu, Tainá De; Thomazi, Gabriela Ortega Coelho; Santos, Breno Régis; Rocha , Camila PinhataA ordem Primatas é uma importante radiação de mamíferos com uma rica diversidade de adaptações morfológicas, comportamentais e ecológicas. Os antropoides, cujo grupo de primatas do estudo fazem parte, são os primatas mais difusos e com maior diversidade morfológica. Os primatas neotropicais macacos-prego (Sapajus sp) e saguis (Callithrix) devido às suas características morfológicas, comportamental, fisiológicas e filogenéticas semelhantes com chimpanzés são bons modelos para pesquisas científicas. No entanto, os dados anatômicos e funcionais sobre os seus músculos anteriores da coxa são escassos ou inexistentes. O estudo desses primatas, em termo evolucionário poderá contribuir com áreas relacionados à taxonomia e ao entendimento da evolução do bipedalismo. O objetivo desse trabalho foi estudar a anatomia dos músculos da região anterior da coxa pela dissecação dos primatas neotropicais Sapajus e Callithrix, e da literatura para Macaca cyclopes, Macaca fascicularis, Papio, Hylobates, Pongo, Gorilla, Pan e Homo para fins comparativos em termos anatômicos e funcionais relacionados ao comportamento locomotor. Foram dissecados dez espécimes adultos Sapajus sp e três de Callithrix sp. A dissecação da coxa foi realizada com ênfase no quadríceps femoral. Para fins estatísticos utilizou-se o método comparativo não-paramétrico para associação entre diferentes espécies aos conceitos anatômicos de normalidade e variação. Dados alométricos foram coletados para avaliar a força muscular. O quadríceps femoral de Sapajus e Callithrix com relação aos parâmetros anatômicos foram idênticos. O reto femoral apresentou uma cabeça de origem apenas para os primatas Macaca fascicularis, Hylobates e Pongo. De acordo com a Lei dos cossenos uma cabeça de origem para esse músculo gera maior força muscular. Já as duas cabeças de origem permite uma melhor estabilidade da articulação coxo-femoral. O tensor da fáscia lata foi o músculo com maior divergência entre os primatas do estudo. Considerando o conjunto dos músculos anteriores da coxa, Pongo apresentou maior divergência comparado a Sapajus, o que pode ser explicado por uma especialização particular deste primata na evolução da sua locomoção. Anatomicamente, a maior semelhança entre os músculos da região anterior da coxa de Sapajus foi com os de Callithrix, possivelmente por ambos serem primatas neotropicais e compartilharem um ancestral mais próximo comparado aos demais primatas investigados e por serem quadrúpedes. Humanos modernos apresentaram a maior força do quadríceps, seguidos por Sapajus e Callithrix, demonstrando uma relação importante entre força proporcional desse músculo e o comportamento bípede e quadrúpede daqueles primatas. Entre os apes, Hylobates foi o que apresentou maior força do quadríceps comparado a Pan, Gorilla e Pongo. O modelo PCSA/peso corporal demonstrou ser o mais adequado para a avaliação da força muscular que corroborou com a Lei dos cossenos e a Teoria do corpo-livre. Mais estudos anatômicos com primatas, abordando o membro posterior e sua força muscular se fazem necessários, uma vez que a ausência desses dados foi um dos fatores limitantes desse estudo e caso estivessem presentes poderiam fornecer uma melhor compreensão do comportamento locomotor de primatas.Item Acesso aberto (Open Access) Estudo anatômico comparativo do membro pélvico - músculos da região posterior da coxa do primata Sapajus sp. (macaco-prego) associado ao uso de ferramentas e bipedalismo(Universidade Federal de Alfenas, 2022-04-29) Silva, Ediana Vasconcelos Da.; Aversi-Ferreira, Tales Alexandre; Abreu , Tainá De; Thomazi , Gabriela Ortega Coelho; Santos, Breno Régis; Rocha , Camila PinhataMacaco-prego é o nome popular do gênero Sapajus. São primatas que se adaptam bem aos diversos ambientes, o que lhes permite uma ampla distribuição geográfica. Estes primatas são conhecidos por seu comportamento locomotor, exibindo bipedalismo intermitente que está associado ao transporte e ao uso de ferramentas para manipulação de alimentos. A utilização de informações anatômicas para justificar o comportamento deste primata é escassa, sobretudo a anatomia do membro pélvico e sua correlação com o bipedalismo. O presente estudo teve como objetivo descrever a anatomia macroscópica dos músculos da região posterior da coxa de primatas neotropicais (Sapajus sp e Callitrix sp), primatas do Velho Mundo (Papio), Apes (Hylobates, Pongo, Gorilla e Pan) e humanos modernos. Comparar os resultados obtidos de Sapajus com os demais primatas do estudo. Descrever os hábitos locomotores dos animais estudados e correlacionar as habilidades bípedes de Sapajus e compará-las com os dados correspondestes para os demais primatas. Para isso, foram utilizados dez espécimes adultos de Sapajus e três de Callithrix. A dissecação foi feita com ênfase nos músculos do membro pélvico, região posterior da coxa. Os dados coletados foram analisados e comparados com os padrões descritos para Papio, Hylobates, Pongo, Gorilla, Pan e humanos modernos, em termos anatômicos e comportamentais, principalmente. Na análise estatística utilizou-se o método comparativo não-paramétrico para associar as diferentes espécies aos seus conceitos anatômicos de normalidade e variação em variáveis nominais, que permite correlacionar as características musculares. De fato, entre humanos modernos e outros primatas, a diferença era esperada devido a evolução humana para o verdadeiro bipedalismo. O padrão muscular do membro pélvico, região posterior da coxa de Sapajus, em comparação com os primatas incluídos neste estudo, apresenta maior similaridade com Papio, Pongo e Pan. No entanto, era esperado uma alta similaridade entre os primatas neotropicais aqui estudados, mas isso não foi observado. Interessantemente o nível de similaridade entre Sapajus e os primatas do Velho Mundo foi alto, o que provavelmente pode ser associado ao hábito locomotor praticado por este primata. Não obstante, os dados escassos sobre primatas neotropicais e do Velho Mundo, dificultam a realização de uma análise mais profunda, indicando assim a necessidade de mais estudos da anatomia macroscópica destes primatas. Informações necessárias para comparações morfológicas e revisão taxonômica.Item Acesso aberto (Open Access) From the tree to the continent: diversity and distribution of vascular epiphytes(Universidade Federal de Alfenas, 2024-02-23) Elias, João Pedro Costa; Ramos, Flavio Nunes; Marques, Marcia Cristina Mendes; Cabral, Juliano Sarmento; Menini Neto, Luiz; Leão, Tarciso C. C.A interação entre espécies e seu ambiente é moldada, entre outros fatores, pela heterogeneidade do habitat e condições climáticas. Enquanto fatores naturais influenciam em como as espécies interagem com seu entorno, perturbações antrópicas podem alterar esta interação. No Antropoceno, regiões como a Região Neotropical, considerada uma das mais diversas, enfrentam inúmeras ameaças oriundas das atividades humanas. Portanto, compreender como a degradação do habitat em consequência às atividades antrópicas, combinada com o clima, molda a distribuição de espécies é um dos desafios atuais para a conservação das espécies e preservação do habitat. Enquanto os efeitos do clima e pressões antropogênicas são relativamente bem estabelecidos para grupos específicos, obter conclusões abrangentes para grupos diversos, porém negligenciados, como as epífitas vasculares, continua sendo desafiador. Desta forma, nesta tese visamos explorar como a distribuição das epífitas vasculares é influenciada pelos a) efeitos da degradação de habitat em b) em épocas diferentes. Ainda, c) como o clima influencia em escalas maiores nesta distribuição. Ao explorar em conjunto aspectos ambientais e antropogênicos em diferentes escalas espaciais e temporais, fornecemos informações cruciais para a conservação não só das epífitas, enquanto espécies guarda-chuva, mas também de uma ampla gama de espécies associadas. Em nosso estudo, as mudanças no uso do solo afetaram negativamente as assembleias de epífitas em todas as escalas espaciais e temporais. Em menor escala, a riqueza e composição de espécies entre áreas florestais e degradadas permaneceu relativamente semelhante. Climaticamente, as epífitas mostraram maior diversidade em áreas mais estáveis, com maior disponibilidade de água e temperaturas amenas. Assim, as assembleias de epífitas em paisagens conservadas, com cobertura do solo estável, baixa sazonalidade climática, alta disponibilidade de água e temperaturas amenas, representam comunidades potencialmente diversas que merecem esforços direcionados à preservação. No entanto, áreas com condições distintas destas também possuem potencial, embora limitado, para desempenhar a função de reservatórios de espécies.Item Acesso aberto (Open Access) Gestão ambiental em hospitais: descarte dos resíduos de explantes metálicos ortopédicos(Universidade Federal de Alfenas, 2022-03-29) Magri, Micheli Patrícia De Fátima; Aversi-Ferreira, Tales Alexandre; Santos, Breno Régis; Tiezzi, Rafael De Oliveira; Santos Filho, Plínio Rodrigues Dos; Abreu, Taína DeOs explantes metálicos resultantes da conclusão terapêutica cirúrgica ortopédica são classificados como resíduos sólidos com potencial para contaminação. O descumprimento do descarte pode gerar problemas ambientais elevando os índices de infecção hospitalares. Objetiva-se comparar a avaliação da sustentabilidade e desempenho ambiental que os hospitais, certificados pelo International Organization for Standardization (ISO), Organização Nacional de Acreditação (ONA) e os não certificados, enfrentam para realizar a gestão do descarte dos resíduos de explantes metálicos ortopédicos, a luz da legislação Brasileira e internacional. Quanto à abordagem da pesquisa será caracterizada como aplicada, prática, quantitativa, experimental, exploratória, empírica, tendo como objetivo investigativo a confirmação das hipóteses, por meio de um questionário estruturado e fechado, comparando hospitais brasileiros certificados pela ISO, hospitais com selo da ONA no nível de excelência e os não certificados. Para isso será empregado o método indutivo. A fonte de dados será primária com a aplicação do questionário do Sistema Contábil de Gerenciamento Ambiental (SICOGEA) adaptado para o estudo dos explantes ortopédicos, amparado por uma revisão bibliográfica das leis Brasileiras e internacionais que regulamentam o manejo dos resíduos do serviço de saúde. O descarte dos explantes devem ser registrados e controlados para a reciclagem, etapa contemplada no plano de gerenciamento de resíduo da saúde (PGRSS), pois há possibilidade de reutilização nas artes, na construção civil ou na manutenção hospitalar.Item Acesso aberto (Open Access) Inovação verde por meio de políticas de patentes na indústria de fertilizantes(Universidade Federal de Alfenas, 2024-10-21) Franchi, Rosângela Aparecida Da Silva; Salgado, Eduardo Gomes; Mello, Carlos Henrique Pereira; Santos, Jeferson Alves Dos; Oliveira, Luciel Henrique De; Souza, Thiago Corrêa DeEste estudo tem como objetivo geral de avaliar se a busca pelas informações tecnológicas contidas em bases de dados de patentes pode contribuir para a pesquisa e o desenvolvimento de novos fertilizantes capazes de solucionar a atual dependência do mercado nacional. A justificativa para tal investigação central encontra lugar tanto na importância do estudo das patentes, como contribuidoras da pesquisa e do desenvolvimento de produtos voltados para a sustentabilidade e o meio ambiente, como do produto fertilizante e seu papel fundamental para o crescimento do agronegócio brasileiro na economia do Brasil e, principalmente, para o Sul de Minas Gerais, conhecidamente produtor líder na cafeicultura e no setor sucroalcooleiro, além de grande produtor de algodão, arroz, batata, feijão, laranja, mandioca, milho e soja. Como objetivos específicos, busca-se: conceituar as patentes verdes e demonstrar seu papel para inovação, preservação e sustentabilidade ambiental; discutir a importância da prospecção patentária e o uso de documentos de patentes como fonte de informação tecnológica em relação ao produto fertilizante e sua importância para o agronegócio brasileiro; apresentar um mapeamento dos depósitos de pedidos de patente do produto fertilizante como tecnologia verde na última década no Brasil; identificar as tecnologias verdes disponíveis no mundo e que podem ser introduzidas no Brasil para a indústria de fertilizantes; avaliar a prática da pesquisa em bancos de dados de patentes em empresas produtoras de fertilizantes do Sul de Minas Gerais e, finalmente, demonstrar a importância da busca de informações tecnológicas nas bases de dados patentárias para o desenvolvimento do produto fertilizante para o agronegócio no Brasil. Para tanto, o estudo baseia-se na prospecção patentária como método de investigação. Como resultado, e tendo em vista o cenário de importância do agronegócio para a economia do Brasil em contraponto com a dependência que o país enfrenta em se tratando da necessidade de importação deste produto, o estudo demonstra que as patentes verdes são de grande relevância para a inovação, preservação e sustentabilidade ambiental em um contexto geral, sendo que, para a pesquisa e desenvolvimento do produto fertilizante, a busca por informações tecnológicas em documentos de patentes revela ser vital dado o grande volume de dados contidos e disponíveis nesses documentos e que podem ser utilizados em território nacional para pesquisa e desenvolvimento de novas alternativas de formulações de fertilizantes capazes de equilibrar a relação entre a demanda crescente e a produção deficiente do produto no Brasil. O estudo ainda evidencia a falta de cultura, por parte das empresas produtoras de fertilizantes líderes de mercado no Sul de Minas Gerais, da pesquisa nesses bancos de dados, o que limita e dificulta o desenvolvimento da pesquisa e da inovação.Item Acesso aberto (Open Access) Microgeração de energia elétrica por turbina “Michell-Banki”: levantamento bibliométrico, sustentabilidade e avaliações(2024-12-12) Brito, Rogério Benedito de; Aversi-Ferreira, Tales Alexandre; Souza, Luís Manoel de Paiva; Carvalho, Eduarda Regina; Camps Rodríguez, Ihosvany; Souza, Thiago Corrêa deA busca por soluções sustentáveis nas construções civis está associada à economia de energia elétrica via energia renovável através da microgeração hidrelétrica. O objetivo desse trabalho foi verificar a viabilidade, sustentabilidade e custo para implementar a microgeração de energia elétrica por meio da turbina Michell-Banki, utilizando água pluvial ou de abastecimento, suficiente para a iluminação via lâmpadas de Diodo Emissor de Luz (LED). Essa pesquisa é composta de três etapas: revisão sistemática de literatura utilizando o método PRISMA com uma análise bibliométrica; análise dos estudos de casos de microgeração encontrados na revisão sistemática e uma pesquisa quantitativa, descritiva, exploratória e comparativa de opinião com engenheiros civis brasileiros sobre a microgeração de energia elétrica por fonte hídrica. Os resultados da análise bibliométrica e da microgeração dos estudos de caso demonstram que há sustentabilidade e viabilidade econômica. O custo de implantação médio de R$21,85 reais/mês, sendo na região Nordeste com a menor tarifa projetada e a Norte com a maior. As projeções para residências ou cidades brasileiras apontam a capacidade de acender 855 lâmpadas de 9W, para municípios e 50 lâmpadas para residências. Através da entrevista com os engenheiros civis observou-se que 16,4% possuem conhecimento intermediário ou avançado sobre microgeração, 18,6% desconhecem o processo por entrada de água, 66,1% relatam a viabilidade para aplicar a microgeração, 27,1% o custo sendo baixo, 78% apontam a microgeração como um processo sustentável e com baixa emissão de Gás Efeito Estufa (GEE) e 3,4% dos engenheiros já aplicaram a microgeração. Atribui-se a não utilização para 84,7% dos entrevistados como falta de conhecimento dos engeneheiros sobre microgeração, para 27,1% ao custo do investimento e manutenção e para 30,5% a falta de incentivo governamental. Discute-se que o pouco conhecimento dos engenheiros sobre o custo, a aplicação, a baixa emissão de GEE e o processo da microgeração por entrada de água está relacionado à baixa adesão para aplicar em seus projetos. Conclui-se que há possibilidade, viabilidade e o processo apresenta sustentabilidade pela baixa emissão de GEE com microgeração hidrelétrica suficiente, utilizando rios, rede de abastecimento ou entrada, para a iluminação com lâmpadas de LED. Sugere-se um impacto positivo no Plano de Desenvolvimento Energético Brasileiro 2050, auxiliando na economia de energia elétrica em 0,03153% em 2030 a 0,01779% em 2050 via rede de abastecimento de água e em 27,13% em 2030 e 18,29% em 2050 via domicílios, contribuindo para a sustentabilidade e reduzindo a emissão de GEE, sendo viável em áreas remotas.Item Acesso aberto (Open Access) Modelagem das perdas de solo por erosão hídrica em áreas tropicais brasileiras(Universidade Federal de Alfenas, 2024-02-22) Lense, Guilherme Henrique Expedito; Mincato, Ronaldo Luiz; Roig, Henrique Llacer; Souza, Thiago Corrêa De; Santos, Breno Régis; Rubira, Felipe GomesA erosão hídrica é a principal causa de degradação dos solos brasileiros, e este problema deve ser constantemente combatido afim de garantir a conservação do solo. Nesse contexto, a modelagem é uma técnica que pode contribuir para o planejamento de práticas de mitigação da erosão. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi modelar a erosão hídrica em cinco diferentes regiões brasileiras. No primeiro caso, foi avaliada a erosão hídrica na sub-bacia hidrográfica do Córrego Coroado, no sudeste brasileiro. Foi aplicado o Método de Erosão Potencial (EPM) para estimar a erosão hídrica entre 1988 e 2018. A conversão de áreas de pastagem e milho em cultivos de café com adoção de práticas conservacionistas e a expansão de áreas de reflorestamento contribuíram para uma redução de 37% nas perdas de solo. No segundo caso, foi estimado o efeito do desmatamento sobre a variação espacial e temporal da erosão hídrica na Bacia Hidrográfica do Rio Xingu, uma das regiões mais afetadas pelo desmatamento na Amazônia Brasileira. Entre 1988-2018, ocorreu um aumento de 12% (52.258 km2 ) no desmatamento da floresta amazônica na região, e usando o EPM foi possível verificar que neste período houve um aumento de 312% na taxa de perdas de solo por erosão hídrica, que correspondente a cerca de 180 milhões de toneladas de solo. No terceiro caso, foi estimada a erosão hídrica na Bacia Hidrográfica do Rio Tietê utilizando a Equação Universal de Perda de Solo Revisada (RUSLE). Em 18% desse território as taxas de erosão são superiores aos Limites de Tolerância de Perda de Solo (TPS). No quarto caso, foi estimada a erosão hídrica no Estado de Rondônia, usando a RUSLE. A taxa média de perda de solo foi de 22,50 Mg ha-1 ano-1 e 19% das áreas do estado devem ser priorizadas na adoção de medidas conservacionistas do solo. No quinto caso, foi estimada as perdas de solo no Sistema Cantareira, um dos maiores sistemas de abastecimento de água do mundo. A RUSLE apontou que em 66% do Sistema Cantareira, as perdas de solo estão abaixo da TPS e, em 34% da região, a erosão hídrica está comprometendo a sustentabilidade dos recursos hídricos e do solo. Em todas as regiões estudadas existem áreas com altas perdas de solo associadas a relevos íngremes, solos com baixa densidade de cobertura vegetal, desmatamento e ausência de práticas conservacionistas. A modelagem permite identificar as áreas prioritárias na adoção de manejos conservacionistas dos solos e é uma forma de destacar o problema da degradação dos solos pela erosão hídrica, conscientizar órgãos públicos e privados sobre a necessidade de mitigar os processos erosivos e de incentivar a elaboração e adoção de políticas ambientais voltadas a conservação do solo.Item Acesso aberto (Open Access) Os grandes negócios ambientais da Amazônia e a maldição da abundância(Universidade Federal de Alfenas, 2024-03-15) Siani, Sergio Ricardo; Hayashi, Carmino; Outeiro, Gabriel Moraes De; Sousa, Antonia Márcia Rodrigues; Sousa, Natalia Gomes Alves De; Imperador, Adriana MariaPode-se observar os três grandes negócios do Estado do Pará, onde a região dos Carajás tem grande destaque, estão ligados ao meio ambiente, a mineração, a agricultura da soja e a agropecuária (que usa grandes campos para criação do gado). Dentro desse contexto, o presente trabalho teve como objetivo comparar os grandes negócios ambientais do Pará. Para essa análise buscou a teoria da sustentabilidade desenvolvida por John Elkington na década de 1990, que ficou mundialmente conhecida como O Triple Bottom Line, ou Tripé da Sustentabilidade, que analisa a sustentabilidade por 3 pilares básicos: Ambiental (Planet), Econômica (Profit) e Social (People). A metodologia utilizada se valeu de revisão bibliográfica e dados quantitativos. Foram realizados 3 artigos científicos além dos textos introdutórios e as considerações finais. Como resultado foi comparando o aspecto econômico dos três negócios e pôde-se verificar que eles trazem resultados positivos para a economia brasileira, seja pelo aspecto macroeconômico trazendo recursos externos equilibrando positivamente a balança comercial, mas também no aspecto microeconômico. No caso da pecuária, ela movimenta o mercado interno, já que 70% do que é produzido é consumido no Brasil, já no caso da mineração, os Royalties (CFEM) pagos aos estados e municípios mineradores trazem receitas aos governos, que podem investir na melhora de vida da população. No aspecto social, os três negócios não trazem contribuições significativas para o Estado, visto que oferecem poucas oportunidades de emprego. A mineração é que mais emprega dos três negócios, e a pecuária por ser um negócio bem pequeno comparado aos outros dois, oferece poucas possibilidades de desenvolvimento profissional. Agora, é no aspecto ambiental que as três atividades trazem maiores preocupações, pois ficou evidente que essas atividades trazem impactos ambientais diversos para a Amazônia, seja pelo uso intensivo dos recursos naturais, e seria desnecessário, mas é importante salientar que se trata de recursos “finitos”, e essa devia ser a maior preocupação do Estado, pois no momento que tais recursos se esgotarem, os municípios onde estão baseadas as operações desses negócios, rapidamente se transformará numa “cidade fantasma”.Item Acesso aberto (Open Access) Poliaminas na mitigação do estresse hídrico em plantas de milho(Universidade Federal de Alfenas, 2022-07-29) Esteves, Giovana; Santos, Breno Régis; Souza, Kamila Rezende Dázio De; Nogueira, Marina De Lima; Pinto, Renan Terassi; Silva, Adriano Bortolotti DaPlantas são organismos sésseis capazes de se adaptar a diversas condições ambientais. Entretanto, as mudanças climáticas tais como o aumento da temperatura, distribuição irregular de chuvas, elevação do nível do mar, tem influenciado na produção de alimentos. Dentre essas mudanças a mais severa para produção é o déficit hídrico gerado pelas secas prolongadas. Sendo o milho (Zea mays L) um cereal que sofre grandes perdas com o déficit hídrico no Brasil e no mundo. Sua produção brasileira em 2022 atingiu 112,3 milhões de toneladas, podendo atingir quedas de até 100% devido à falta de água nas diferentes etapas de desenvolvimento. É um vegetal de importância para a alimentação de humanos e animais, além do seu apelo econômico para biocombustível. Buscando uma maneira de assegurar um bom desenvolvimento da cultura mesmo sob estresse hídrico, utilizou-se as priming de poliaminas, espermina e espermidina em sementes de milho. Foi utilizado o hibrido BRS 1030, sensível à seca. As sementes de milho foram submetidas ao priming com espermina ou espermidina, transferidas para caixas do tipo gerbox contendo areia e manitol para mimetizar o efeito de estresse hídrico (seca) e posteriormente cultivadas durante 15 dias em câmara do tipo BOD com temperatura de 30 °C e fotoperíodo de 12/12. Avaliou-se desenvolvimento da planta através de sua emergência e crescimento, parâmetros de fluorescência da clorofila a parâmetros bioquímicos como atividade enzimática, acúmulo de açúcares e influência das poliaminas na divisão celular das pontas de raiz. Com isso verificou-se que não há diferença na porcentagem de germinação, entretanto uso de poliaminas, afeta a velocidade de germinação. A espermina favorece o desenvolvimento das raízes e portando os parâmetros relacionados a ela como comprimento e volume radicular, aumento das concentrações de açucares nas raízes. Enquanto a espermidina age principalmente na parte aérea favorecendo o desenvolvimento e protegendo o fotossistema. Ambas as poliaminas aumentam a atividade enzimática antioxidativa. Entretanto a ação das poliaminas separadamente é mais efetiva quando a planta se encontra em condições ótimas de hidratação. Conclui-se que a espermina e a espermidina usadas isoladamente, nas concentrações de 10 e 50 μM não são capazes de mitigar efetivamente os efeitos do estresse hídrico, porém é de interesse o estudo da combinação delas uma vez que agem de forma distinta no desenvolvimento vegetal.Item Acesso aberto (Open Access) Políticas ambientais marinhas e costeiras, educação ambiental e avaliação de impactos ambientais como processos integrados para a gestão ambiental e sustentabilidade(Universidade Federal de Alfenas, 2022-08-30) Matias, Tális Pereira; Imperador, Adriana Maria; Hayashi, Carmino; Corrêa, Luciara Bilhalva; Thales De Astrogildo E, Tréz; Thiago Corrêa De, SouzaO desenvolvimento humano vem causando diversos impactos ambientais, dentre eles a poluição marinha, a degradação ambiental e a perda de serviços ecossistêmicos. Este processo ressalta a importância de políticas públicas eficazes voltadas para a conservação dos recursos naturais, além do uso de ferramentas integradas da Gestão Ambiental, como a Educação Ambiental (EA) e a Avaliação de Impactos Ambientais (AIA). Desta forma, o presente trabalho busca investigar as relações entre o oceano e a sociedade, a relevância de Políticas Ambientais Marinhas e Costeiras (PAMC) no Brasil, as funções da Educação Ambiental (EA) para a eficácia destas políticas e os principais impactos antrópicos que incidem sobre ecossistemas insulares e costeiros, haja vista a sua vulnerabilidade acentuada perante os impactos do turismo costeiro. Para isso, foi realizada uma análise exploratória da legislação voltada à conservação dos recursos marinhos no Brasil, pesquisa bibliográfica qualitativa, desenvolvimento e aplicação de metodologia de Levantamento de Aspectos e Impactos Ambientais (LAIA) com base ecossistêmica em duas ilhas com forte relevância turística no estado de Santa Catarina, Brasil, e uma Avaliação de Impactos Ambientais (AIA) pelo método de rede de interações, também com base ecossistêmica, na praia dos Ingleses, localizada no norte da ilha de Florianópolis – SC. Os resultados mostraram que, com a pandemia da Covid-19, iniciada no ano de 2020, muitos impactos foram acentuados, como a problemática do plástico no ambiente marinho, demandando ações conjuntas e responsabilidade compartilhada. Além disso, pode-se estabelecer relações entre políticas de conservação do mar e ações de Educação Ambiental que podem contribuir para a redução de impactos antrópicos no mar. Também se ressaltou a importância da abordagem ecossistêmica, com foco na realidade local e nos processos de Avaliação de Impactos Ambientais (AIA). Conclui-se que existe um grande distanciamento entre teorias e práticas abordadas por Políticas Ambientais Marinhas e Costeiras (PAMC) no Brasil, que a participação social e a responsabilidade compartilhada ainda são lentas no país, que a Avaliação de Impactos Ambientais (AIA) com base ecossistêmica é um instrumento fundamental para a coordenação de medidas voltadas para a conservação dos recursos naturais e desenvolvimento sustentável em ecossistemas insulares e costeiros, e que a Educação Ambiental deve integrada neste processo e estimulada pelo Poder Público.Item Acesso aberto (Open Access) Políticas estaduais de gestão hídrica : Estudo das aproximações e da individualização do arcabouço legal dos estados brasileiros em relação à Política Nacional de Recursos Hídricos(Universidade Federal de Alfenas, 2024-12-17) Dias, Jonas Paulo Batista; Hayashi, Carmino; Botezelli, Luciana; Assis, Paulo Santos; Pelli, Afonso; Choueri, Ricardo BrasilA Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) e as Políticas Estaduais de Recursos Hídricos (PERH) têm como objetivo garantir o uso sustentável da água, conciliando as demandas sociais, econômicas e ambientais dentro de suas respectivas jurisdições. Nesse contexto, este estudo parte da constatação de que, após a publicação da PNRH, houve um aumento significativo no número de Estados que instituíram suas PERH. Isso evidencia o papel da PNRH como incentivadora da descentralização da gestão hídrica em âmbito estadual. Dessa forma, assume-se que o arcabouço legal apresenta tanto convergências quanto particularidades entre a PNRH e as PERH. Assim, esta tese teve como objetivo analisar as aproximações e individualizações entre as PERH e a PNRH. Metodologicamente, o estudo foi estruturado em três etapas: (1) revisão da literatura, (2) mapeamento das legislações estaduais e (3) análise exploratória dos dados coletados. A análise baseou-se em categorias de aproximação e individualização. As categorias de aproximação avaliaram a aderência das PERH aos princípios, instrumentos e diretrizes estabelecidos pela PNRH, enquanto as categorias de individualização examinaram os aspectos que conferem identidade própria às PERH, como a gestão das águas subterrâneas, o desenvolvimento sustentável, a educação ambiental e a participação social. Os resultados indicam que a PNRH foi utilizada como referência na formulação das PERH, evidenciado pela aderência geral aos princípios, fundamentos e objetivos da política nacional. Além disso, os resultados reafirmam que a eficácia das políticas de recursos hídricos no Brasil só será alcançada quando forem plenamente aplicadas, integrando as diferentes esferas de governo e se adaptando às realidades estaduais. Nesse sentido, destacase a importância da sincronização entre as legislações federal e estadual para garantir uma gestão hídrica eficiente, considerando a complexidade e a diversidade do país. Em conclusão, o estudo revela que as PERH evoluíram com base na PNRH, embora apresentem variações importantes que refletem as realidades locais de cada Estado. Essas individualizações materializam a ideia de que, para uma gestão hídrica mais eficaz, é essencial promover maior integração entre as esferas federal e estadual, sem comprometer a autonomia das políticas estaduais. Essa autonomia é fundamental para adaptar a gestão hídrica às especificidades regionais e locais.Item Acesso aberto (Open Access) Proposta metodológica para mapeamento de áreas vulneráveis a ocorrência de inundações no Brasil utilizando parâmetros geomorfométricos(Universidade Federal de Alfenas, 2023-03-12) Servidoni, Lucas Emanuel; Mincato, Ronaldo Luiz; Roig, Henrique Llacer; Kawakubo, Fernando Shinji; Ayer, Joaquim Ernesto Bernardes; Rubira, Felipe GomesAs inundações são os principais desastres naturais no Brasil, causando perda de vidas e danos socioeconômicos. Este trabalho propõe um modelo para a detecção remota de áreas naturalmente propensas a inundações devido às características morfométricas de seu relevo e redes de drenagem no Alto Rio Sapucaí em Minas Gerais, Brasil. Os parâmetros morfométricos utilizados foram a densidade de drenagem, densidade do rio, relação de relevo, índice de rugosidade, coeficiente de manutenção, fator de forma e comprimento da superfície do córrego. As áreas de risco apresentaram coeficiente de compacidade de 0,75 e fator de forma de 0,56, sendo ambos considerados de alto risco para inundações. Os resultados obtidos permitiram identificar uma equação preditiva significativa que sugeriu um valor de corte de 3,82 para a função discriminante; áreas com valores abaixo desse corte foram consideradas naturalmente mais vulneráveis à ocorrência de enchentes. Essas áreas foram corroboradas com os mapas de risco dos municípios. O mapa obtido pelo modelo proposto foi comparado com o mapa da Defesa Civil, e sua acurácia, segundo o coeficiente Kappa, foi de 0,83, indicando forte similaridade entre os dois mapas. Este trabalho então permitiu identificar uma forma de detecção remota de enchentes reduzindo custos operacionais, podendo cobrir uma grande área mapeada em um curto espaço de tempo. Isto é uma necessidade para um país com dimensões continentais como o Brasil onde constantemente é assolado por enchentes durante a estação chuvosa em praticamente todo o território.Item Acesso aberto (Open Access) Soluções baseadas na natureza para cidades brasileiras: a rede urbana nos biomas e as mudanças climáticas(Universidade Federal de Alfenas, 2023-11-23) Freire, Cleir Ferraz; Pamplin, Paulo Augusto Zaitune; Andrade, Leonardo Capeleto De; Roque, Fábio De Oliveira; Cardoso, Francisco José; Turci, Luiz FelipeAs mudanças climáticas trazem novos desafios à humanidade e é nas cidades, onde as modificações antrópicas mais se intensificam, que os efeitos sinérgicos devem ser multiplicados. Este trabalho se propôs a estudar as soluções baseadas na natureza utilizadas em cidades e sua aplicabilidade no país frente as características da rede urbana brasileira e ao bioma, unidade de estudo das mudanças climáticas. Para atingir este objetivo foram estudadas as redes urbanas dos biomas e suas zonas de transição e visitado um centro urbano em cada um dos biomas, sendo que a Mata Atlântica foi subdividida em meridional e setentrional. As cidades visitadas foram Boa Vista (AM), para a Amazônia, Petrolina (PE) e Juazeiro (BA) para a Caatinga, Campo Grande (MS) para o Cerrado, Florianópolis (SC) para a Mata Atlântica meridional, Aracaju (SE) para a Mata Atlântica setentrional, Pelotas(RS)para o Pampa e Corumbá e Ladário para o Pantanal. As soluções baseadas na natureza pesquisadas mais utilizadas são os jardins de chuva e recuperação de parte de áreas de preservação de corpos hídricos urbanos, mas estas não atendem toda a complexidade das cidades brasileiras e suas características climáticas e ambientais. As soluções para retenção temporária com fins de auxiliar drenagem urbana são pouco eficientes para cidades próximas de rios com oscilações grandes em períodos de seca e cheia, mas eficientes para eventos extremos de pluviosidade em períodos curtos, desde que utilizadas em larga escala. É urgente a implantação de florestas urbanas densas com corredores ecológicos ligando as áreas verdes para amenizar o aumento das temperaturas. As características ambientais e climáticas dos biomas pedem soluções baseadas na natureza direcionadas. Para a Amazônia é necessário adaptação para deslizamentos de terras de margens de rios e para as cheias e secas. Para a Caatinga florestas urbanas e manejo das águas para amenizar a desertificação. Para o Cerrado soluções para os eventos extremos, assim como para a Mata Atlântica meridional e a parte setentrional deste bioma requer cuidados com solo devido as amplas áreas de dunas e restinga. O Pampa requer soluções especiais para as águas e o Pantanal para as altas temperaturas. Ouso de água no ambiente urbano precisa ser encorajado, como regulador térmico e elemento cênico, compondo áreas verdes e praças e também jardins alagados criando novas áreas de conservação. O uso de vegetação adaptada ao bioma e ao clima urbano é imprescindível para um sucesso destas medidas e lianas, epífitas e jardins verticais são um caminho para incrementar o verde urbano em áreas de pouco espaço. Soluções urbanísticas como estacionamento a 45 graus e uso de elemento alternativo ao asfalto em áreas destinadas à estacionamento são algumas que podem ampliar espaços para o verde urbano. Todas as cidades visitadas apresentaram vulnerabilidades e fragilidades onde podem ser aplicadas Soluções baseadas na natureza.Item Acesso aberto (Open Access) Sustentabilidade na Administração Pública: Licitações Sustentáveis no Tribunal de Justiça de Minas Gerais(Universidade Federal de Alfenas, 2024-02-27) Garcia, Naiara Diniz; Hayashi, Carmino; Botezelli, Luciana; Martínez, Marta Pagán; Ferreira, Rafael Alem Mello; Choueri, Ricardo BrasilO presente estudo tem o objetivo de analisar a questão da sustentabilidade ambiental e as ações voltadas à tal temática dentro de um dos maiores e mais renomados Tribunais de Justiça brasileiros, qual seja, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Cediço que cabe à Administração Pública cumprir os deveres relacionados à efetiva entrega do direito fundamental ao meio ambiente sadio e equilibrado, diretamente ligado ao direito à dignidade humana, tal como estabelecido pela Constituição Federal de 1988. Ademais, e tendo em vista o papel do Estado enquanto maior consumidor de bens e serviços no Brasil, o estudo toma como base as práticas sustentáveis selecionadas pelo Programa Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) enquanto importante ferramenta para promover a reflexão sobre os problemas ambientais em todas as esferas da Administração Pública. É apresentado um estudo descritivo, baseado em pesquisa bibliográfica e documental com abordagem qualitativa dos dados voltado para identificar como o TJMG observa a questão da sustentabilidade nas suas compras e aquisições públicas. Foram analisadas duas vertentes: a questão dos critérios de sustentabilidade nos editais de licitações públicas pelo Tribunal entre 2021 e 2023 e os principais indicadores sustentáveis conforme os relatórios dos Planos de Logística Sustentável disponibilizados entre 2016 e 2022. Como resultado, o estudo aponta que importantes aspectos relacionados às compras públicas sustentáveis ainda vêm sendo negligenciados, tais como a clareza na definição de critérios sustentáveis nos editais e o equilíbrio entre o menor preço, parâmetro comumente praticado como prioridade para as compras públicas. Lado outro, resta evidente o esforço do Tribunal em procurar cumprir os ditames dos Planos de Logística Sustentável no que se refere às ações de práticas sustentáveis em seus procedimentos e dependências. Em conclusão, tem-se que a atual postura do nobre Tribunal em relação às compras e aquisições públicas prima pelo constante avanço, trabalho, respeito e atendimento aos preceitos constitucionais em matéria ambiental.