Doutorado em Ciências Fisiológicas
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.unifal-mg.edu.br/handle/123456789/2674
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Navegando Doutorado em Ciências Fisiológicas por Orientador(a) "Giusti, Fabiana Cardoso Vilela"
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Item Acesso aberto (Open Access) Obesidade materna induz comportamento semelhante ao autismo, alterações epigenéticas, sinápticas e neuroinflamatórias em descendentes machos(Universidade Federal de Alfenas, 2023-09-05) Novais, Cíntia Onofra De; Giusti, Fabiana Cardoso Vilela; Silva, Rodrigo Augusto Da; Vasconcelos, Diogo Antônio Alves De; Bernardi, Maria Martha; Garcia, Tayllon Dos AnjosA obesidade é uma doença metabólica crônica que está associada ao desenvolvimento de várias comorbidades. Estudos vêm demonstrando a relação entre a obesidade materna e prejuízos no neurodesenvolvimento dos descendentes, sendo que um dos transtornos do neurodesenvolvimento mais comum é o transtorno do espectro autista (TEA), porém, os mecanismos associados com essas alterações ainda não foram elucidados. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar os mecanismos epigenéticos, neuroplásticos, sinápticos e astrogliais associados com os sintomas semelhantes ao autismo decorrentes da obesidade materna em filhotes machos. Para isso, utilizamos o modelo de obesidade materna por redução de ninhada onde a ninhada normal (NN - 12 filhotes) e a ninhada reduzida (NR - 4 filhotes) em ratos Wistar. O acompanhamento do peso, índice de Lee e peso de gorduras da mãe e da prole foram realizados para caracterização da obesidade materna. A prole foi avaliada durante o período juvenil (PND28 - PND32) para caracterizar os sintomas semelhantes ao autismo. Ao final dos testes comportamentais, os animais foram eutanasiados e as estruturas encefálicas córtex pré-frontal e hipocampo foram dissecadas para avaliar marcadores epigenéticos (Line-1, Rest, TETs e DNMTs), e para avaliar a expressão proteica por Western Blot (WB) proteínas envolvidas na transmissão sináptica (OTR, PSD95 e BDNF) e GFAP, um marcador de astrócito reativo. Resultados: Observamos que as ratas fêmeas criadas em NR-G1 tiveram um aumento no ganho de peso desde a primeira semana de vida e se manteve até a idade adulta, onde foi caracterizada a obesidade com o aumento das gorduras perigonadal e retroperitonial e também pelo aumento do índice de Lee. Observamos também que a obesidade materna não foi capaz de alterar o ganho de peso, Índice de Lee ou o peso de gorduras dos seus filhotes NR-G2 em idade pré-púbere, porém, alterou parâmetros comportamentais que são utilizados para caracterização do comportamento semelhante ao TEA: redução do tempo de brincadeira e uma maior preferência pelo objeto familiar. Além de alterar mecanismos moleculares. Por WB, observamos um aumento de GFAP e de OTR e uma redução de PSD95 e nos marcadores epigenéticos avaliados, observamos uma alteração na metilação global do DNA através da análise de Line-1, tendo o córtex pré-frontal uma tendência a estar hipermetilado e o hipocampo estava hipometilado, alteração na expressão das enzimas que metilam e que desmetilam o DNA e observamos redução tanto na expressão, quanto na metilação de Rest. Conclusão: A obesidade materna induz comportamento semelhante ao autismo, neuroinflamação, leva a prejuízos sinápticos e alteração na maquinaria epigenética de filhotes machos em idade pré-púbere.