Mestrado em Biociências Aplicadas à Saúde
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.unifal-mg.edu.br/handle/123456789/2643
Navegar
Navegando Mestrado em Biociências Aplicadas à Saúde por Orientador(a) "Giusti, Fabiana Cardoso Vilela"
Agora exibindo 1 - 8 de 8
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Item Acesso aberto (Open Access) A limitação na construção do ninho reduziu o comportamento materno e induziu parâmetros tipo-depressivos maternos acompanhados por astrogliose no córtex pré-frontal(Universidade Federal de Alfenas, 2023-03-15) Cassimiro, Débora Tavares De Castilho; Giusti, Fabiana Cardoso Vilela; Vilela, Heloísa Helena; Vieira, Fernando VitorO estresse é uma condição de desordem fisiológica e/ou psicológica que altera a qualidade de vida, gerando respostas imediatas e/ou tardias. No período pós-natal, eventos estressantes contribuem com o aparecimento de vulnerabilidades e psicopatologias. Entre os transtornos psiquiátricos do pós-parto, a depressão pósparto é um transtorno psiquiátrico grave com consequências devastadoras não só para a mãe como também para a prole. A Limitação na Construção do Ninho (LCN) é um modelo de estresse animal que mimetiza os comportamentos consequentes do estresse perinatal, caracterizado principalmente na redução do cuidado maternal. Sendo assim o objetivo deste trabalho foi estudar os efeitos da LCN sobre o desenvolvimento de parâmetros tipo-depressivos maternos e sua influência sobre o comportamento materno e desenvolvimento inicial da prole. Para isto entre os Dias Pós-Natal (PND) 2 a 9 as mães do grupo LCN foram mantidas em caixas com a maravalha reduzida (1000 ml) e o grupo de mães Controle foram mantidas em caixas com a maravalha em abundancia (4500 ml). As ratas passaram por avaliação do comportamento materno e ganho de peso (PND 2 a 9), atividade locomotora no campo aberto (PND 5) e teste do nado forçado (PND 8 e 9). Posteriormente as ratas foram eutanasiadas para retiradas das estruturas encefálicas hipocampo e córtex para quantificação da expressão da proteína GFAP por Western Blotting. Os filhotes foram submetidos à análise de desenvolvimento físico e reflexológico e acompanhamento do ganho de peso (PND 2 a 9). Observou-se que a LCN diminuiu o parâmetro maternal de lamber o filhote, aumentou a latência para a rata pegar o primeiro filhote e leva-lo ao ninho, aumentou o tempo de construção do ninho e aumentou o tempo de sefl grooming não maternal comparadas ao grupo Controle. No teste de nado forçado as mães LCN apresentaram maior frequência de imobilidade e maior tempo de imobilidade comparadas ao Controle. Não houve alteração na atividade locomotora exploratória no teste de campo aberto. Observou-se ainda aumento da expressão da proteína GFAP no córtex pré-frontal das mães LCN quando comparadas às do grupo controle. Houve uma redução no ganho de peso nos filhotes machos LCN (PND 7 a 9) quando comparados aos do grupo Controle. Verificou-se que a prole do grupo LCN apresentou atraso para apresentar o reflexo geotaxia negativa nos filhotes machos e atraso no dia de apresentar o endireitamento da postura nos filhotes fêmeas quando comparados aos do grupo controle. Conclui-se, portanto que a limitação na construção do ninho (LCN) foi capaz de induzir efeitos sobre o desenvolvimento de parâmetros tipo-depressivos maternos e na redução nos cuidados maternais, acompanhados por astrogliose no córtex pré-frontal, assim como impactos no desenvolvimento inicial reflexológico da prole.Item Acesso aberto (Open Access) Efeitos da dieta de cafeteria na gestação sobre as respostas comportamentais em camundongos durante lactação e a repercussão nos filhotes adolescentes(Universidade Federal de Alfenas, 2016-08-04) Ribeiro, Ana Cláudia Alves Freire; Giusti, Fabiana Cardoso Vilela; Kiss, Ana Carolina Inhasz; Fernandes, Gislene ReginaDurante a gestação e a lactação ocorrem diversas mudanças fisiológicas, hormonais e psicológicas que podem alterar o comportamento materno (CM) e o desenvolvimento dos filhotes. Neste período, uma nutrição adequada e equilibrada desempenha um papel relevante, uma vez que a nutrição fetal está ligada a ingestão dietética da mãe e a estoques de nutrientes maternos, por isso uma dieta balanceada constitui um fator de proteção para a prole e a mãe. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a influência da dieta de cafeteria (DC) no CM de camundongos lactantes, uma vez que esta dieta é semelhante à dos humanos e tem um alto teor calórico. Os procedimentos experimentais foram previamente aprovados pelo comitê de ética e consistiram em dois grupos: dieta normal (DN) e DC. Foram avaliadas as respostas comportamentais, índice de Lee e gordura abdominal nas mães alimentadas com as dietas durante a gestação. Durante a lactação, os desenvolvimentos físicos e reflexos foram avaliados nos filhotes. Na prole adolescente foi avaliado o desempenho comportamental nos testes claro-escuro, nado forçado, campo aberto, play behavior além da avaliação do índice de Lee e gordura abdominal. Nossos resultados demonstram que mães tratadas com DC possuem CM mais acentuado quando comparada às DN, maior índice de Lee e gordura abdominal, além de apresentarem uma redução no comportamento tipo ansioso e redução na locomoção. Em relação aos filhotes na adolescência de mães que consumiram DC comparados aos de mães DN, foi observado um aumento do comportamento tipo ansioso nos machos. Em ambos os sexos houve um aumento da gordura abdominal, um retardo no desenvolvimento físico e reflexo, e redução nos parâmetros de play behavior. Portanto, pode-se concluir que a DC alterou não só o CM, mas que a alimentação inadequada na vida precoce interferiu no comportamento e desenvolvimento da prole.Item Acesso aberto (Open Access) Impacto da limitação na construção do ninho sobre o aprendizado e memória da prole pré-púbere(Universidade Federal de Alfenas, 2024-02-19) Jesus, Renata Raimunda De; Giusti, Fabiana Cardoso Vilela; Zavan , Bruno; Molz, PatríciaOs comportamentos maternos observados durante o período pós-natal desempenham papel crucial no desenvolvimento neurocognitivo da prole. O modelo de Limitação da Construção do Ninho (LCN) emerge como ferramenta essencial para simular estressores naturais, afetando a relação mãe-filhote. A restrição consciente do acesso aos materiais de nidificação expõe precocemente a prole ao estresse, sendo instrumental na análise das implicações dessas experiências no processamento de informações e na formação de memórias duradouras. Diante disso, o objetivo principal deste estudo foi investigar os impactos na cognição da prole durante os estágios iniciais da vida, decorrentes do modelo de estresse de LCN no período pós-natal e lactação. Os experimentos foram conduzidos utilizando ratas prenhas da linhagem wistar, distribuídas nos grupos controle e LCN. No Pós-Natal Dia 1 (PND1), os filhotes foram padronizados em 4 machos e 4 fêmeas e pesados no intervalo de 3 dias, enquanto as progenitoras foram pesadas no mesmo intervalo. Do PND2 ao PND9 os animas do grupo LCN foram submetidos ao modelo LCN, e o controle com a maravalha em abundância. Os comportamentos maternos (CM) foram avaliados de PND4 a PND9, e os testes comportamentais foram conduzidos nos filhotes do PND27 a PND33, incluindo o teste de Labirinto Aquático de Morris (LAM) para avaliação da memória espacial, Reconhecimento de Objetos (RO) para memória de reconhecimento de objetos, Medo Condicionado ao Contexto (MCC) para avaliar a memória aversiva e o teste de Campo Aberto (CA) para avaliação da locomoção e do tempo de imobilidade. O teste CA nas progenitoras foi realizado no PND6. Para análise estatística foi usado o teste “t” de Student ou a ANOVA de dois fatores com medidas repetidas, seguidos pelo pós-teste de Tukey. Os resultados revelaram um menor peso da ninhada do grupo LCN no período de lactação em comparação aos animas do grupo controle. No que tange ao CM, houve diminuição nos parâmetros maternos e aumento nos não maternos nos animas grupo LCN em comparação aos animais do grupo controle. No teste LAM, durante os dias de treinamento, os animais do grupo LCN (fêmeas e machos) apresentaram maior tempo para alcançar a plataforma e no dia do teste, os animais do grupo LCN permaneceram menos tempo no quadrante da plataforma em comparação ao grupo controle. Observou-se no teste de RO uma diminuição no tempo de exploração ao objeto novo nos animais do grupo LCN nos testes de 2 e 24 horas, respectivamente, em comparação aos animais do grupo controle, em consequência os animais do animas do grupo LCN apresentaram um menor índice de reconhecimento nos testes de 2 e 24 horas em relação aos animais do grupo controle. No teste de Campo Aberto, não houve diferenças nos parâmetros avaliados, tanto nas progenitoras como na prole. Verificou-se no teste do MCC, um menor tempo de freezing nos animais do grupo LCN em relação aos animais do grupo controle. Pode-se concluir que a indução do estresse perinatal por LCN foi capaz de reduzir os parâmetros de comportamento materno, resultando em implicações na prole. Os animais do grupo LCN demonstraram déficits na memória, tanto em relação à memória espacial quanto ao reconhecimento de objetos. Além disso, evidenciou-se um déficit na memória aversiva, indicando dificuldade em lembrar ou reagir ao contexto associado ao estímulo aversivo, demostrando assim que o LCN teve um impacto significativo sobre a memória e aprendizagem de ratos pré-púbere.Item Acesso aberto (Open Access) Influência da dieta hipoproteica sobre as respostas comportamentais de ratas lactantes e repercussão comportamental nos filhotes machos(Universidade Federal de Alfenas, 2015-02-27) Batista, Tatiane Helena; Giusti, Fabiana Cardoso Vilela; Felício, Luciano Freitas; Silva, Josie Resende Torres DaO comportamento materno (CM) é crucial para o desenvolvimento adequado dos filhotes, e alterações neste tipo de comportamento podem ocasionar mudanças comportamentais dos filhotes quando adultos. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da restrição proteica durante a gestação sobre o CM e suas consequências nos filhotes. Para isto, ratas Wistar foram tratadas com a dieta restrita em proteínas (6%) do dia 0 ao 15º dia de gestação (DG). Após o nascimento dos filhotes, o CM foi registrado diariamente do 2º ao 8º dia de lactação (DL), além disso foi realizada a análise do CM após separação maternal, no 9º DL. Essas mesmas análises do CM também foram realizadas nos grupos cross-fostering – mães adotivas tratadas com a dieta hipoproteica cuidando de filhotes cujas mães receberam a dieta normoproteica (22% de proteínas) e mães adotivas que receberam a dieta normoproteica cuidando de filhotes cujas mães receberam a dieta restrita em proteínas no período gestacional. Além disso, foram realizados testes comportamentais de campo aberto e labirinto em cruz elevado (LCE) nas mães dos grupos com ou sem a realização do cross-fostering. As proles provenientes do CM também foram utilizadas quando adultas para análise comportamental nos testes de campo aberto e labirinto em T elevado (LTE) em duas condições, submetidos ou não ao estresse de contenção. Adicionalmente, os filhotes adultos também foram avaliados quanto as respostas autonômicas antes, durante e após exposição ao estresse de contenção. Os resultados demonstram que filhotes de mães hipoproteicas quando cuidados por suas mães hipoproteicas apresentam um comportamento preditivo de redução da ansiedade durante a vida adulta mesmo após a situação de estresse. Isso pode ser devido essas mães serem mais motivadas a construir o ninho, além de que esses filhotes devido à restrição proteica intrauterina, demonstraram hiporresponsividade quando expostos a situações adversas na vida adulta. Além disso, após o cross-fostering houve alterações no comportamento e também nos filhotes machos quando adultos, alterando assim as respostas comportamentais e autonômicas de filhotes de mães hipoproteicas cuidados por mães normoproteicas.Item Acesso aberto (Open Access) Influência da dipirona sódica sobre as respostas comportamentais em camundongos fêmeas lactantes e a repercussão nos filhotes adolescentes(Universidade Federal de Alfenas, 2016-03-11) Veronesi, Vanessa Barbosa; Giusti, Fabiana Cardoso Vilela; Bernardi, Maria Martha; Silva, Marcelo Lourenço DaA dipirona sódica é um dos fármacos mais utilizados durante a gestação e lactação, mas até o momento, não foi demonstrado as possíveis alterações no cuidado materno e da prole. Portanto, nós avaliamos a influência da dipirona sódica sobre o comportamento materno (CM) de camundongos fêmeas lactantes e a repercussão nos filhotes, observando o desenvolvimento físico e de reflexo nos primeiros dias de vida e o comportamento na fase de adolescência. A dipirona sódica foi incorporada na água de consumo dos camundongos fêmeas lactantes, nas doses de 100mg/kg/dia, 300mg/kg/dia, 500mg/kg/dia e 0mg/kg/dia (ausência de dipirona - grupo controle), durante oito dias de lactação (DL). Os filhotes, machos e fêmeas, foram submetidos a análise da vocalização ultrassônica no 7° ou 8°dia de vida e a análises de desenvolvimento físico e de reflexo até o 20° DL. No período de adolescência, foram submetidos aos testes de campo aberto, labirinto em cruz elevado e ao teste de esconder esferas. O tratamento com dipirona sódica reduziu o comportamento materno das mães com maior dose (500mg/kg/dia), além de apresentarem redução da locomoção significativa. Os filhotes destas mães apresentaram retardo no desenvolvimento físico e de reflexo. Os machos adolescentes de mães com maior dose apresentaram redução da locomoção e comportamento tipo ansioso e as fêmeas adolescentes provindos de mães que receberam dipirona, na dose de 100mg/kg/dia, 300mg/kg/dia ou 500mg/kg/dia, também apresentaram comportamentos preditivos de ansiedade. Diante dos resultados obtidos, podemos concluir que, a dipirona sódica utilizada durante a lactação reduziu o CM de camundongos fêmeas lactantes e que esta redução pode estar relacionada com as alterações encontradas no desenvolvimento e no comportamento dos filhotes machos e fêmeas adolescentes. Todos os experimentos foram realizados nas instalações do Laboratório de Neuroendocrinologia Comportamental do Programa Multicêntrico de Pós-graduação em Ciências Fisiológicas da Universidade Federal de Alfenas.Item Acesso aberto (Open Access) O consumo materno perinatal de herbicida à base de glifosato prejudica o neurodesenvolvimento comportamental da prole.(Universidade Federal de Alfenas, 2021-11-19) Oliveira, Maria Aparecida De Lima; Giusti, Fabiana Cardoso Vilela; Kirsten, Thiago Berti; Pinheiro, Lucas CézarO aumento crescente do uso de agrotóxicos tem preocupado a população. Os herbicidas à base de glifosato (HBG) são os principais agrotóxicos comercializados no Brasil e no mundo. Estudos tentam esclarecer os impactos trazidos pelo consumo destas substâncias presentes, principalmente, nos alimentos. Entre as consequências já descritas está o câncer, estresse oxidativo, depressão e ansiedade. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos do consumo perinatal de HBG por ratas Wistar e as alterações neurocomportamentais na prole que caracterizem sintomas típicos do autismo e, por fim, buscar pelas hipóteses mecanísticas responsáveis pelas alterações sofridas. Para isso, ratas Wistar prenhes receberam HBG, Zapp QI 620 via gavagem durante a gestação e lactação. Nossos resultados demonstraram que as ratas progenitoras do grupo glifosato tiveram uma redução no ganho de peso durante o 16° e 19° dia de lactação. Durante a avaliação do comportamento materno, estas ratas também apresentaram um aumento da exploração sem filhotes. No teste de campo aberto, ratas do grupo glifosato demonstraram um aumento da distância percorrida total. Quanto aos filhotes, fêmeas glifosato tiveram uma redução do ganho de peso no 28° dia pós-natal quando comparadas aos machos do mesmo grupo. Machos glifosato tiveram uma redução no n° de VUS. Fêmeas glifosato tiveram aumento do n° de imersões com a cabeça nos furos do aparato no teste de placa com furos. Fêmeas e machos glifosato tiveram redução no comportamento de brincadeira. No teste de reconhecimento de objetos, machos glifosato aumentaram o tempo de exploração do objeto familiar e reduziram o índice de reconhecimento de objetos no teste de 2 e 24 horas. Proteínas ligadas à neurogênese e conexões sinápticas tais como o fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), Doublecortin (DCX) e Sinaptofisina foram quantificados por meio da técnica de Western Blotting, porém não foram encontradas diferenças entre os grupos na expressão de nenhuma das proteínas analisadas. Sendo assim, conclui-se que o consumo de HBG por ratas Wistar durante o período perinatal pode ocasionar alterações neurocomportamentais semelhantes ao autismo na prole.Item Acesso aberto (Open Access) Obesidade materna por redução de ninhada induz comportamento tipo autista na prole(Universidade Federal de Alfenas, 2020-11-26) Novais, Cíntia Onofra De; Giusti, Fabiana Cardoso Vilela; Kirsten, Thiago Berti; Lima, Fernanda BarbosaA obesidade é uma doença metabólica crônica que está associada ao desenvolvimento de várias comorbidades. Estudos em humanos demonstram uma incidência de prejuízos no neurodesenvolvimento, como o autismo em filhos de mães obesas. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da obesidade materna induzida por redução de ninhada sobre o comportamento de sua prole e a expressão de sinaptofisina no córtex e hipocampo, uma vez que esta proteína foi associada com o desenvolvimento do autismo. Para isso, utilizamos o modelo de redução de ninhada para indução da obesidade, sendo considerados dois grupos experimentais: ninhada reduzida (NR-F1) com 4 filhotes por ninhada e ninhada normal (NN-F1) contando 12 filhotes por ninhada. A obesidade foi caracterizada em ratas NR-F1 no dia pós natal (PND) 56 e avaliados o comportamento materno (PND2-8) e atividade locomotora (PND5) em ratas lactantes. Sua prole (F2) foi avaliada durante a lactação quanto o número de vocalizações ultrassônicas (PND5), e no teste de comportamento de retorno a maravalha do ninho (PND13), e na idade pré-púbere (PND28-32) nos testes de comportamento social de brincar, placa com furos, reconhecimento de objetos, claro-escuro, de nado forçado e no campo aberto. No final dos experimentos, o cérebro foi removido e dissecado o hipocampo e o córtex pré-frontal para quantificar a sinaptofisina por Western blotting. Nossos dados demonstraram que a redução no tamanho da ninhada foi capaz de induzir a obesidade materna, mas não alterou os parâmetros relacionados à obesidade na prole. A prole NR-F2 apresentou déficits na comunicação social precoce, discriminação olfativa, comportamento lúdico social e exploração de objetos, além de aumentar os movimentos repetitivos e estereotipados e apresentar comportamentos tipo-depressivo e tipo-ansioso. Também houve mudanças na quantidade de sinaptofisina no hipocampo e no córtex pré-frontal da prole de mães com menos ninhadas. Em conclusão, a obesidade materna pela redução da ninhada prejudica o neurodesenvolvimento comportamental, induzindo sintomas semelhantes ao autismo na prole. Este estudo é importante para alertar a população mundial sobre as consequências negativas da obesidade materna.Obesity is a chronic metabolic disease associated with the development of various types of eating habits; it’s considered a public health problem. Studies with humans demonstrate that there are impairments in neurodevelopment such as: cerebral palsy, autism, schizophrenia and cognitive impairments in children of obese mothers. Thus, the objective of this study was to evaluate the effects of maternal obesity induced by reduced litter size on the behavior of their offspring. For this purpose, we used the litter size reduction model to induce obesity, considering two experimental groups: reduced litter size (SL-G1) with 4 puppies per litter and normal litter (NL-G1) counting 12 puppies per litter. Obesity was characterized in adult SL-G1 rats and maternal behavior and locomotor activity were evaluated in lactating rats. Their offspring (G2) were assessed during lactation by the number of ultrasonic vocalizations (PND5) and by the Homing Behavior (PND13), and the prepubertal age (PND18-32) by the social Play Behavior, Hole-board, Objects Recognition, Light- Dark, Forced Swimming and in the Open Field tests. At the end of the experiments, the brain was removed and dissect the hippocampus and prefrontal cortex to quantify the synaptophysin by Western blotting. Our data demonstrated that the reduction in litter size was able to induce maternal obesity but did not alter parameters related to obesity in the offspring. The SL-G2 offspring showed deficits in early social communication, olfactory discrimination, social play behavior and the exploration of objects, in addition to increasing repetitive and stereotyped movements, and exhibit type-depressive and type-anxious behaviors. There were also changes in the synaptophysin amount in the hippocampus and prefrontal cortex of the offspring from reduced litter dams. In conclusion, maternal obesity by litter reduction impairs behavioral neurodevelopment, inducing autism-like symptoms in the offspring. This study is important to alert the world population about the negative consequences of maternal obesity.Item Acesso aberto (Open Access) Transtorno do estresse pós-traumático durante a gestação induz ao comportamento tipo-ansioso e desregulação do eixo hipotálamo pituitária-adrenal na prole(Universidade Federal de Alfenas, 2020-02-14) Chagas, Luana Aparecida; Giusti, Fabiana Cardoso Vilela; Garcia, Tayllondos Anjos; Kalil, BrunaEventos estressantes no período perinatal podem alterar a estrutura e a função cerebral dos filhotes levando a mudanças comportamentais permanentes ao longo da vida. Desse modo, nosso trabalho tem como objetivo avaliar a influência do estresse pós-traumático durante a gestação sobre as respostas comportamentais na mãe e na prole. As ratas gestantes, no 10º dia de gestação, foram divididas em 2 grupos (n = 10 por grupo): não choque e choque. Elas foram expostas ou não a choques inescapáveis nas patas (2 s, 0,8 mA) e isoladas em caixas individuais. Um dia após o nascimento (DPN1), os filhotes foram padronizados em 4 machos e 4 fêmeas e as ratas lactantes foram reexpostas a caixa de choque para avaliar o tempo (s) de congelamento. O comportamento materno foi avaliado no 2º ao 8º dia de lactação nas ratas, o teste de campo aberto foi realizado no 4° dia e o de reconhecimento de objetos no 5º de lactação. A prole foi avaliada na infância nos seguintes testes (n = 10 por grupo): quantificação da vocalização ultrassônica (DPN5) e teste de comportamento de retorno a maravalha da mãe (DPN13). Durante o período de adolescência (DPN 28-32) foram realizados os testes comportamentais de campo aberto, labirinto em cruz elevado, comportamento de brincar e teste da placa de furos. As análises estatísticas foram feitas utilizando-se o software GraphPad versão 7.0, teste t de Student ou two way Anova seguido pelo pós teste de Bonferroni. Todos os procedimentos experimentais foram aprovados pela comissão de ética em experimentação animal da Unifal-MG, protocolo n° 50/2018. O grupo de mães choque, apresentaram um aumento no tempo de congelamento ao serem reexpostas a caixa de choque, redução do comportamento materno, redução do índice de reconhecimento de objetos a curto prazo e longo prazo, além de apresentarem um nível aumentado de corticosterona plasmática após a exposição e reexposição ao choque quando comparadas ao grupo de mães não choque. Na infância, os filhotes de mães submetidas ao choque, apresentaram aumento no número de vocalizações ultrassônicas, latência para atingir a maravalha da mãe e redução do tempo de permanência na maravalha da mãe quando comparados a filhotes de mães não choque. Já na adolescência, houve redução no tempo total de comportamento de brincar e um aumento no número de imersões com a cabeça no teste de placa com furos, redução no tempo de permanência nos braços abertos e aumento de mergulhos com a cabeça no teste de labirinto em cruz elevado, além do aumento de expressão de GR no hipocampo e um aumento da corticosterona plasmática após dosagem em nível basal e após o teste de labirinto em cruz elevado. Assim, podemos concluir que o TEPT, além de afetar negativamente a mãe, proporciona uma programação fetal induzindo ao comportamento tipo ansioso na prole.