Doutorado em Ciências Fisiológicas
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.unifal-mg.edu.br/handle/123456789/2674
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Navegando Doutorado em Ciências Fisiológicas por Assunto "Células da glia"
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Item Acesso aberto (Open Access) Investigação da participação do HMGB1 na ativação dos receptores RAGE e TLR4 em células da glia espinais durante a dor neuropática induzida por Paclitaxel(Universidade Federal de Alfenas, 2022-09-08) Moraes, Thamyris Reis; Souza, Giovane Galdino De; Silva, Morgana Duarte; Duarte, Igor Dimitri Gama; Marinho, Bruno Guimarães; Garcia , Tayllon Dos AnjosA dor neuropática induzida por quimioterapia é o principal efeito adverso de fármacos quimioterápicos e está relacionada à diminuição da qualidade de vida dos pacientes acometidos por câncer, podendo levar até à descontinuação do tratamento. A nível espinal, a modulação desse tipo de dor envolve não só neurônios, como também as células da glia que quando ativadas aumentam a expressão de receptores e sinalizações intracelulares resultando na liberação de mediadores pró-inflamatórios. A proteína de alta mobilidade do grupo box-1 (HMGB1) é liberada durante a dor neuropática e seu papel no desenvolvimento da dor consiste em sua interação com receptores ativando vias de sinalização. Deste modo, o presente estudo investigou o papel do HMGB1 em células da glia, nos receptores RAGE e TLR4 e na sinalização de MAPK p38 e NFkB, bem como o envolvimento destas vias na dor neuropática induzida por paclitaxel. Para tal, foram utilizados camundongos machos C57BL/6 e C57BL/6 TLR4 (-/-) pesando entre 20 e 25g. Foi utilizado o aparato von Frey filamentos para avaliação do limiar nociceptivo. Para a indução da dor neuropática foi utilizado o agente quimioterápico paclitaxel, o qual foi administrado em dias alternados por 6 dias. A proteína recombinante HMGB1 foi administrada i.t. para investigar o efeito da mesma sobre o limiar nociceptivo. A participação dos receptores RAGE e TLR4 foi investigada por meio dos respectivos antagonistas FPS-ZM1 e LPS-RS administrados via intratecal (i.t). A participação de micróglia, astrócitos, da MAPK p38 e do NFkB foi avaliada utilizando os inibidores minociclina, fluorocitrato, SML0540 e PDTC, respectivamente, também por via i.t. Foi feito o ensaio de Western blot para avaliar os níveis proteicos de HMGB1, RAGE, TLR4, Iba1 e GFAP e o ensaio de Elisa para avaliação dos níveis de HMGB1, TNF-α e IL1-β. Os resultados indicam a participação dos receptores RAGE e TLR4, da micróglia, astrócitos e da sinalização MAPK p38 e NFkB tanto na nocicepção induzida por HMGB1 como na dor neuropática induzida por paclitaxel. Também foi observado o aumento dos níveis proteicos de HMGB1 na gênese da dor neuropática, e o envolvimento dos receptores TLR4 na ativação microglial. O bloqueio dos receptores RAGE e TLR4 levou à diminuição das citocinas pró-inflamatórias. Os resultados indicam que o HMGB1 liberado na fase inicial da do tratamento com paclitaxel ativa receptores RAGE e TLR4 na micróglia, aumentando níveis de citocinas pró- inflamatórias e contribuindo para a dor neuropática.Chemotherapy-induced neuropathic pain is the main adverse effect of chemotherapeutic drugs and is related to a decrease in the quality of life of cancer patients, which can even lead to treatment discontinuation. At the spinal level, the modulation of this type of pain involves not only neurons but also glial cells that, when activated, increase the expression of receptors and intracellular signaling, resulting in the release of pro-inflammatory mediators. The high- mobility box-1 protein (HMGB1) is released during neuropathic pain and its role in pain development consists of its interaction with receptors activating signaling pathways. Therefore, the present study investigated the role of HMGB1 in glial cells, RAGE, and TLR4 receptors, and MAPK p38 and NFkB signaling, as well as the involvement of these pathways in paclitaxel-induced neuropathic pain. For this, C57BL/6 and C57BL/6 TLR4 (-/-) male mice weighing between 20 and 25g were used. The von Frey filaments apparatus was used to assess the nociceptive threshold. For the induction of neuropathic pain, the chemotherapy agent paclitaxel was used, which was administered every other day for 6 days. Recombinant HMGB1 protein was administered i.t. to investigate its effect on the nociceptive threshold. The participation of RAGE and TLR4 receptors was investigated using the respective antagonists FPS-ZM1 and LPS-RS administered intrathecally. The participation of microglia, astrocytes, MAPK p38 and NFkB was evaluated using the inhibitors minocycline, fluorocitrate, SML0540, and PDTC, respectively, also by i.t. The Western blot assay was performed to assess the protein levels of HMGB1, RAGE, TLR4, Iba1, and GFAP and the Elisa assay to assess the levels of HMGB1, TNF-α, and IL1-β. The results indicate the participation of RAGE and TLR4 receptors, microglia, astrocytes, and MAPK p38 and NFkB signaling in both HMGB1-induced nociception and paclitaxel-induced neuropathic pain. It was also observed an increase in HMGB1 protein levels in the genesis of neuropathic pain, and the involvement of TLR4 receptors in microglial activation. Blockade of RAGE and TLR4 receptors led to a decrease in pro-inflammatory cytokines. These results indicate that HMGB1 released in the initial paclitaxel treatment activates RAGE and TLR4 receptors in microglia, increasing levels of pro-inflammatory cytokines and contributing to neuropathic pain.Item Acesso aberto (Open Access) Investigação do efeito do canabidiol sobre a ativação de células da glia em modelos de nocicepção induzida por paclitaxel e LPS(Universidade Federal de Alfenas, 2020-07-30) Santos, Rafaela Silva Dos; Souza, Giovane Galdino De; Soncini, Roseli; Moreira, Fabrício De Araújo; Nunes, Pedro Henrique Gobira; Ceron, Carla SperoniAo longo da vida, a dor tanto de característica aguda quanto crônica, é uma das razões para a maior frequência de visitas médicas e um dos motivos mais comuns para o uso medicamentos, além de ser uma das principais causas de incapacidade no trabalho. A dor crônica afeta o funcionamento físico e mental, a qualidade de vida e a produtividade dos indivíduos afetados. Estudos têm demonstrado que a dor causa ativação das células da glia com aumento da expressão do Tool-like receptors (TRL4). Os TLR4 reconhecem ligantes endógenos e exógenos DAMPS (padrões moleculares associados ao dano) e PAMPS (padrões moleculares associados a patógenos) não só envolvidos com a infecção ou lesão, mas também com outros processos fisiopatológicos como a dor. Assim várias estratégias de tratamento têm sido desenvolvidas para controlar esse sintoma, como o tratamento com canabidiol (CBD), um ficanabinóide. Os receptores canabinóides do tipo 2 (CB2), expressos em tecidos periféricos e células inflamatórias, parecem estar envolvidos na antinocicepção induzido pelo CBD. Além disso, estudos tem demonstrado que tais receptores também estejam expressos no Sistema Nervoso Central (SNC), incluindo células gliais. Sendo assim, o presente estudo investigou o efeito do CBD na dor neuropática induzida por paclitaxel (PTX) e na nocicepção induzida por lipopolissacarídeo (LPS). Para isso, foram utilizados camundongos Swiss, pesando entre 25 a 30g. O limiar nociceptivo foi avaliado pelo teste de filamentos de Von frey. O modelo de dor neuropática foi induzido pela injeção intraperitoneal de PTX e o modelo de nocicepção induzido por PAMP, pela injeção intratecal de LPS. Para verificar os níveis de citocinas pró-inflamatórias, IL-1β e TNF-α foi realizado o ensaio de ELISA. Foram utilizadas as drogas, AM630, para investigar a participação de receptores CB2, a dosagem de anandamida (AEA) e 2- araquidonoilglicerol (2-AG), para avaliar a participação de endocanabinóides, a minociclina e o fluorocitrato, para investigar o envolvimento da micróglia e do astrócito e o LPS-RS para verificar a participação do receptor TRL4. Também foi realizado o ensaio de wester blot para averiguar o efeito do CBD sobre os niveís da expressão do receptor CB2, IBA-1, GFAP e TRL4, além da imunofluorescência para avaliar a co-localização dos receptores CB2/TRL4 no corno da raiz dorsal da medula espinhal. Após 4 dias de tratamento com PTX, os animais apresentaram uma alodínia mecânica e esta foi revertida pelo CBD. O mesmo ocorreu com o os animais que foram tratados com LPS, a alodínia mecânica foi revertida pelo CBD. O AM630 inibiu a antinocicepção induzida pelo CBD, em ambos os modelos nociceptivos. O CBD aumentou os níveis de AEA e 2-AG na medula espinhal nos modelos estudados. A minociclina e o fluorocitrato bloquearam a nocicepção nos dois modelos. O LPS-RS também inibiu a nocicepção nos dois modelos. Os resultados do ensaio de ELISA demonstraram que o CBD reduziu os níveis de TNF-α e IL-1β nos modelos estudados. O CBD aumentou a expressão do CB2 no modelo de nocicepção induzido pelo PTX e não teve efeito no modelo de nocicepção induzido por LPS, reduziu os níveis de IBA-1 no modelo de nocicepção induzido por PTX e não teve efeito no modelo de nocicepção induzido por LPS. Na expressão de GFAP, o CBD não apresentou efeito em nenhum dos modelos e na expressão de TRL4, o CBD reduziu sua expressão no modelo de nocicepção induzido por PTX e não teve efeito no modelo de nocicepção induzido por LPS. Sendo assim, concluímos que o CBD reduz a nocicepção nos modelos induzidos por PTX e pelo LPS, o sistema endocanabinóide participa desse efeito e as células da glia parecem estar envolvidas na gênese e manutenção da dor, pela ativação do TRL4, com consequente liberação de citocinas pró-inflamatórias TNF-α e IL-1β.