Doutorado em Enfermagem
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.unifal-mg.edu.br/handle/123456789/2675
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Navegando Doutorado em Enfermagem por Assunto "Apoio Social"
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Item Acesso aberto (Open Access) As características da rede de apoio social estão associadas à hospitalização? Achados de um estudo de coorte com pessoas idosas da comunidade(Universidade Federal de Alfenas, 2024-06-28) Reis, Rogério Donizeti; Brito, Tábatta Renata Pereira De; Fava, Silvana Maria Coelho Leite; Nunes, Daniella Pires; Garcia, Ana Claudia Mesquita; Passos, Renato AugustoIntrodução: O envelhecimento é caracterizado por alterações fisiológicas que podem agravar as condições crônicas, tornando a pessoa idosa mais suscetível à hospitalização. Nesse sentido, a rede de apoio social pode ajudar a enfrentar os efeitos deletérios do estresse no organismo e, consequentemente ser uma importante aliada no processo de cuidar das pessoas mais velhas, ao diminuir as chances de desfechos adversos. Objetivo: verificar se as características da rede de apoio social estão associadas ao tempo até a hospitalização de pessoas idosas. Método: estudo de coorte prospectiva que utilizou como dados da linha de base a pesquisa intitulada “Associação entre baixo nível de apoio social e o comprimento dos telômeros em idosos” que foi realizada em 2019 em Alfenas – MG. Os dados do acompanhamento foram coletados em maio de 2023. As características da rede de apoio social foram avaliadas por meio da Escala de Apoio Social do Medical Outcomes Sutdy. As datas da primeira hospitalização após a entrevista de 2019 foram obtidas por meio dos registros dos sistemas de informação do município. As análises de associação foram realizadas por meio do modelo de riscos proporcionais de Cox. Hazard Ratios (HR) e intervalos de 95% de confiança foram calculados. Foi utilizado o teste de log-rank para análise da diferença estatística entre as curvas de sobrevida construídas pelo método de Kaplan-Meier. Resultados: Das 413 pessoas idosas acompanhadas, observou-se que 72,9% da amostra era de mulheres, 46,3% tinham entre 60 e 69 anos, e 44,1% informaram renda mensal entre 1 a 2 salários mínimos. Sobre a saúde, 68,7% dos participantes referiram duas ou mais doenças crônicas, 40,1% foram consideradas em polifarmácia e a maioria não referiu sintomas depressivos (65,9%), nem declínio cognitivo (71,9%). Sobre as características da rede de apoio social, 72,1% das pessoas idosas tinham mais que cinco integrantes em sua rede social. A maioria dos participantes relatou alto/médio nível de todos os tipos de apoio. A presença de declínio cognitivo (HR=1,69; IC95%=1,10-2,58) e o baixo nível de interação social positiva (HR=1,76; IC95%=1,07-2,90) aumentam as chances de hospitalização, independentemente do tamanho da rede, apoio material, afetivo e emocional/informação. Conclusão: O baixo nível de interação social positiva aumenta as chances de hospitalização das pessoas idosas avaliadas, o que indica que o processo de cuidar em enfermagem deve considerar intervenções que estimulem a criação, manutenção e expansão das redes de apoio social das pessoas idosas, a fim de prevenir ou postergar as hospitalizações.Item Acesso aberto (Open Access) Estudo de seguimento dos casos confirmados de Covid 19 na cidade de Três Corações/MG(Universidade Federal de Alfenas, 2024-12-02) Silva, Ranile Dos Santos; Sawada, Namie Okino; Robazzi, Maria Lucia Do Carmo Cruz; Santos, Alzira Teresa Vieira Martins Ferreira Dos; Nascimento, Murilo César Do; Nicolussi, Adriana CristinaIntrodução: A pandemia de COVID 19, impôs diversas restrições sanitárias à população mundial, afetando comportamentos individuais e coletivos. Neste contexto, em realidades socioeconômicas e culturais variadas, os comportamentos pósinfecção podem oferecer uma melhor compreensão acerca do impacto da pandemia a curto, médio e longo prazo. Objetivo: Descrever o perfil de seguimento dos casos de COVID 19 no município de Três Corações, região sul de Minas Gerais, segundo características sociodemográficas, morbidade pré-existente e sintomas autorreferidos da COVID 19. Material e Método: Trata-se de um estudo epidemiológico e prospectivo com abordagem quantitativa de casos confirmados de COVID 19 notificados no município de Três Corações. Foram acompanhados casos notificados entre março de 2020 e agosto de 2021, com uma amostra estratificada considerando sexo, faixa etária e status de internação. A coleta de dados ocorreu em duas fases: entrevistas presenciais iniciais e por telefone, após seis meses. Foram aplicados questionários específicos sobre qualidade de vida (WHOQOL-Bref), ansiedade (BAI), apoio social (MOS-SSS) e sintomas de estresse pós trauma TEPT (IES-R). A análise dos dados foi conduzida no software Stata, comparando indicadores entre os dois momentos (T0 e T1). A pesquisa foi aprovada por comitê de ética e seguiu rigorosos padrões éticos, garantindo privacidade e sigilo das informações dos participantes. Resultados: A caracterização da amostra dos casos de COVID 19 mostrou que estes foram predominantes em mulheres (50,7%) com maior concentração de casos nas faixas etárias de 40-49 anos e 60-69 anos (20,7%) em cada faixa. Além disso, 55,3% dos entrevistados eram de pessoas com companheiro e 53,3% tinham ensino médio completo. A maioria dos participantes era católica (53,3%) e 72,7% identificaram-se como praticantes de alguma religião. Com relação a densidade domiciliar foi predominantemente baixa, com 64,0% das residências abrigando < 0,5 pessoa por cômodo. A maioria relatou ter uma relação “boa” ou “ótima" com familiares (73,3%), enquanto apenas 13,3% precisaram de acompanhamento de cuidador. Em relação aos que estavam empregados, 54,0% apresentavam esta condição, nos últimos 3 meses, enquanto 24,0% eram aposentados. A renda per capita mostrou-se diversificada, com 41,2% ganhando entre R$ 1.000,00 e R$ 1.800,00 A situação econômica foi avaliada como “boa” por 61,4% dos entrevistados. As comorbidades mais comuns foram a hipertensão arterial (37,3%), seguida por diabetes (28,7%) e asma/bronquite (24,7%). A insuficiência respiratória foi relatada por 12,0% dos participantes. A percepção da qualidade de vida tanto no grupo comunitário como nos que estavam internados, passou de uma média de 3,9 no baseline (T0) para 4,7 no T1, e a satisfação com a saúde aumentou de 4,0 para 4,9. Quanto ao O apoio social entre T0 e T1, houve diminuição significativa no apoio material que passou de 18 para 15,8; já quanto ao apoio afetivo e o emocional houve aumento de 13,5 para 13,6 e de 17,9 para 18,2, respectivamente. Os sintomas de TEPT, mostraram uma redução substancial entre T0 e T1 em ambos os grupos. No grupo internado, o escore geral caiu de 31,2 para 26,0 e no grupo comunitário, de 28,6 para 24,9. A maioria dos sintomas de ansiedade entre T0 e T1 diminuíram e foram estatisticamente significantes. Esses resultados demonstram uma redução nos sintomas físicos e psicológicos, além de melhora nos escores de TEPT, indicando recuperação emocional. Houve aumento no engajamento social, como esportes e voluntariado, embora alguns sintomas de ansiedade ainda persistissem. A queda no apoio material foi compensada por maior apoio emocional, destacando a importância dos vínculos afetivos durante a crise. Conclusão: A pandemia afetou a qualidade de vida e o apoio social, mas os participantes mostraram sinais de adaptação e recuperação ao longo do tempo. A melhora nos sintomas de TEPT e o maior envolvimento social são positivos, mas a persistência de ansiedade aponta para a necessidade de apoio contínuo para garantir uma recuperação mais completa.