Doutorado em Enfermagem
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.unifal-mg.edu.br/handle/123456789/2675
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Item Acesso aberto (Open Access) Cuidado de enfermagem à criança traqueostomizada nas unidades de terapia intensiva neonatal e pediátrica: pesquisa convergente assistencial(Universidade Federal de Alfenas, 2025-02-28) Leite, Marília Aparecida Carvalho; Dázio, Eliza Maria Rezende; Fava, Silvana Maria Coelho Leite; Sonobe, Helene Megumi; Lima, Rogério Silva; Santana, Mary Elizabeth DeCrianças traqueostomizadas demandam cuidados complexos e especializados. Os profissionais de enfermagem e demais membros da equipe multiprofissional desempenham um papel crucial nesse processo que requer constante atualização para garantir a melhor assistência a essas crianças dependentes de tecnologias. Este estudo teve como objetivo elaborar em conjunto com a equipe de enfermagem das unidades de terapia Intensiva neonatal e pediátrica, de um hospital universitário do Sul de Minas Gerais, um protocolo assistencial de enfermagem à criança traqueostomizada em cuidados críticos neonatal e pediátrico. Para tanto, foram utilizados os referenciais teórico do Construcionismo Social e metodológico da Pesquisa Convergente Assistencial. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas, observação participante e grupos de convergência. Participaram das entrevistas, primeira etapa deste estudo 15 profissionais de enfermagem integrantes das equipes de terapia intensiva neonatal e pediátrica e cinco pais de crianças traqueostomizadas internadas nestas unidades. Para as entrevistas com os profissionais utilizou-se um instrumento de caracterização sociodemográfica e profissional com a seguinte questão norteadora: fale qual é a sua experiência de cuidado à criança com traqueostomia. Para os pais, um instrumento de caracterização sociodemográfica com a seguinte questão norteadora: Como tem sido a sua experiência como acompanhante do seu filho(a) com traqueostomia nesta unidade? Participaram dos grupos de convergência 16 profissionais da equipe de enfermagem das unidades de terapia intensiva neonatal e pediátrica. De acordo com a Pesquisa Convergente Assistencial, para fundamentar a prática clínica e os cuidados de enfermagem à criança traqueostomizada foram desenvolvidos três grupos de convergência com 16 participantes da equipe de enfermagem, em cada grupo, com a finalidade de elaboração de um protocolo e ao mesmo tempo realizar ações educativas, com metodologias ativas de ensino-aprendizagem As ações foram conduzidas por meio de exposição dialogada, e reflexões que incitaram a discussão, dessa forma o processo educativo foi construído em conjunto com os participantes. A pesquisadora realizou observação participante e registro em diário de campo. Da análise indutiva dos dados oriundos das entrevistas, da observação participante, dos grupos de convergência e dos registros no diário de campo foram estabelecidas as categorias: “Necessidades de conhecimento e habilidades para o cuidado seguro” e “Cuidados específicos à criança com traqueostomia: muito além do técnico procedimental e orientações gerais” e um Protocolo Assistencial de Enfermagem à criança traqueostomizada em cuidados críticos neonatal e pediátrico. A construção conjunta de um protocolo assistencial por meio da Pesquisa Convergente Assistencial e do Construcionismo Social poderá contribuir para motivar a implementação desta tecnologia nas unidades de terapia intensiva neonatal e pediátrica e produzir mudanças na prática assistencial.Item Acesso aberto (Open Access) Competências de enfermagem forense: avaliação do conhecimento de enfermeiros(Universidade Federal de Alfenas, 2025-02-28) Souza, Jhuliano Silva Ramos De; Vilela, Sueli De Carvalho; Lima, Rogério Silva; Silva, Thiago Augusto Soares Monteiro Da; Terra, Fábio De Souza; Passos, Taciana SilveiraA Enfermagem Forense é uma especialidade que integra a prática clínica forense, oferecendo suporte às vítimas, agressores(as) e seus familiares em situações de violência. Reconhecida pelo Conselho Federal de Enfermagem, essa área abrange competências que vão desde a identificação e manejo de casos de violência até a colaboração em perícias judiciais. Suas áreas de atuação incluem violência sexual, sistema prisional, saúde mental, coleta e preservação de vestígios, assistência técnica, desastres em massa, catástrofes e maus-tratos ao longo do ciclo vital. Contudo, a Enfermagem Forense ainda é pouco explorada nos currículos de formação, resultando em lacunas de conhecimento que afetam a prática dos profissionais. Este estudo objetivou avaliar o conhecimento de Enfermeiros da Atenção Primária à Saúde sobre Enfermagem Forense, antes e após uma capacitação on-line baseada na Matriz de Competências do Conselho Federal de Enfermagem. Estudo quase-experimental com avaliação pré e pósteste, envolvendo 12 Enfermeiros da Atenção Primaria a Saúde do Sul de Minas Gerais. Ocorrido entre maio e agosto de 2023, fundamentado na Metodologia da Problematização, online, com 60 horas sendo 20 assíncrona e 40 síncronas. O curso foi estruturado em cinco módulos segundo as oitos áreas de atuação da Enfermagem Forense. Utilizou- se um questionário, desenvolvido e validado pelos autores, o qual contemplou dados sociodemográficos e as competências da especialidade. A pesquisa foi conduzida em três etapas: 1) avaliação diagnóstica do conhecimento como um pré-teste; 2) curso de extensão de capacitação e 3) avaliação pós-intervenção. Realizadas análises estatísticas descritiva e inferencial e o Teste Exato de Fisher para associações das variáveis independentes dos dados sociodemográficos e laboral e dependentes das categorias de conhecimento. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Alfenas sob o Parecer: 5.880.372/2023, CAAE: 65613222.9.0000.5142. Identificou-se por meio dos resultados melhora do conhecimento sobre as sete categorias da especialidade. Na Competência A observou-se maior familiaridade com a violência física, psicológica e/ou emocional, sexual e doméstica; na Competência B identificou-se limitações de conhecimento sobre procedimentos médico-legais e criminais; na Competência C evidenciou-se um fortalecimento na compreensão das leis, como o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei Maria da Penha; nas Competências D e E, revelaram aprimoramento na identificação de práticas éticas e transtornos mentais relacionados à violência no sistema prisional; nas competências F e G verificou-se melhora de conhecimento sobre desastres de massa e relacionamento interpessoal, com impacto no atendimento humanizado e o suporte emocional a vítimas e familiares. Os participantes avaliaram o curso como excelente quanto a estrutura, organização, metodologia, programa de ensino, material técnico e facilitadores. A capacitação foi apontada como eficaz para aprimorar o conhecimento sobre violência e manejo de vítimas, agressores(as) e familiares, fortalecendo a interface entre saúde e justiça. Apesar de não ter atingido significância para todas as correlações, o curso agregou conhecimento para a prática profissional. A baixa adesão ao curso online indica a necessidade de estratégias para aumentar a participação e validar resultados com amostras maiores.Item Acesso aberto (Open Access) Expectativa e satisfação sobre o pré-natal na atenção primária à saúde durante a pandemia de Covid-19(Universidade Federal de Alfenas, 2024-11-28) Pietrafesa, Gisele Acerra Biondo; Silva, Simone Albino Da; Freitas, Patrícia Scotini; Correa, Edilaine Assunção; Felipe, Adriana Olimpia Barbosa; Gradim, Clícia Valim CortêsEste estudo objetivou avaliar a expectativa e a satisfação das gestantes com a qualidade do pré-natal de risco habitual na Atenção Primária à Saúde do Sistema Único de Saúde durante a pandemia de COVID-19. Assim, a pesquisa foi conduzida em duas etapas: uma revisão de escopo e na segunda etapa, estudo com delineamento não experimental, transversal, de abordagem quantitativa. A revisão de escopo seguiu as recomendações do Manual do Instituto Joanna Briggs – Manual for Evidence Synthesis. Utilizou-se o acrônimo PCC, sendo População=gestantes que realizaram o pré-natal na atenção primária à saúde; Conceito=expectativas e satisfação do paciente e o Contexto=durante a Pandemia de COVID-19. A pesquisa foi realizada nas bases de dados indexadas Web of Science, PubMed, LILACS, Scopus, EMBASE, CINAHL, Psicoinfo, BDENF e literatura cinzenta Google Scholar e BDTD. A amostra da revisão de escopo compõe-se de 18 estudos, que 09 abordaram sobre as expectativas das gestantes quanto ao pré-natal e todos apontaram sobre a satisfação. Para o estudo transversal foram utilizados dois instrumentos: um questionário com dados de identificação pessoal, sociodemográfica e obstétrica, seguido da versão brasileira do instrumento Patient Expectations and Satisfaction with Prenatal Care e aplicados em gestantes que realizam pré-natal na Atenção Primária à Saúde nas 10 Unidades de saúde do município do interior do Estado de São Paulo. Foram utilizados os testes estatísticos Exato de Fisher e Qui-Quadrado para verificar a associação entre as variáveis socias com os domínios expectativa e satisfação. Participaram 99 gestantes, com idade média foi de 27,3, 52 possuíam ensino médio completo, 70 eram brancas, 40 amasiadas, 35 com renda familiar mensal entre um a dois salários mínimos, 49 eram primigestas, iniciaram o pré-natal no primeiro trimestre 81 gestantes e 84 referiram não ter participado de prática de educação em saúde. No domínio expectativa constatou-se predomínio de baixa expectativa com média de 55,2 (DP=13,2) e no domínio satisfação, predomínio de alta satisfação para todas as subescalas, com média de 88,7. Os resultados dos testes de associação para o domínio expectativa, a escolaridade, na subescala do Cuidado Integral apresentou significância estatística com valor p < 0,05 (p=0,014) e para o domínio satisfação, somente a variável renda familiar na subescala Características do sistema apresentou associação e significância estatística (p=0,014). Pesquisas de avaliação do atendimento pré-natal têm sido realizadas com o potencial de contribuir no planejamento dos gestores de saúde e melhora na qualidade da assistência pré-natal. Assim, a avaliação realizada durante a pandemia da COVID-19 pode fornecer informações para favorecer o estabelecimento de estratégias de enfrentamento necessárias para a manutenção do pré-natal, na ocorrência de descontinuidade do serviço habitual do SUS advinda de outras situações de emergência sanitária. Desta forma, buscou-se contribuir com uma modalidade de avaliação da assistência pré-natal, a fim de subsidiar a implantação de práticas baseadas em evidências, amparando a melhoria do processo gerencial e assistencial. A respeito dos domínios expectativa e satisfação, trouxe como principais resultados a baixa expectativa e muita satisfação quanto ao pré-natal de risco habitual durante pandemia de COVID-19.Item Acesso aberto (Open Access) As características da rede de apoio social estão associadas à hospitalização? Achados de um estudo de coorte com pessoas idosas da comunidade(Universidade Federal de Alfenas, 2024-06-28) Reis, Rogério Donizeti; Brito, Tábatta Renata Pereira De; Fava, Silvana Maria Coelho Leite; Nunes, Daniella Pires; Garcia, Ana Claudia Mesquita; Passos, Renato AugustoIntrodução: O envelhecimento é caracterizado por alterações fisiológicas que podem agravar as condições crônicas, tornando a pessoa idosa mais suscetível à hospitalização. Nesse sentido, a rede de apoio social pode ajudar a enfrentar os efeitos deletérios do estresse no organismo e, consequentemente ser uma importante aliada no processo de cuidar das pessoas mais velhas, ao diminuir as chances de desfechos adversos. Objetivo: verificar se as características da rede de apoio social estão associadas ao tempo até a hospitalização de pessoas idosas. Método: estudo de coorte prospectiva que utilizou como dados da linha de base a pesquisa intitulada “Associação entre baixo nível de apoio social e o comprimento dos telômeros em idosos” que foi realizada em 2019 em Alfenas – MG. Os dados do acompanhamento foram coletados em maio de 2023. As características da rede de apoio social foram avaliadas por meio da Escala de Apoio Social do Medical Outcomes Sutdy. As datas da primeira hospitalização após a entrevista de 2019 foram obtidas por meio dos registros dos sistemas de informação do município. As análises de associação foram realizadas por meio do modelo de riscos proporcionais de Cox. Hazard Ratios (HR) e intervalos de 95% de confiança foram calculados. Foi utilizado o teste de log-rank para análise da diferença estatística entre as curvas de sobrevida construídas pelo método de Kaplan-Meier. Resultados: Das 413 pessoas idosas acompanhadas, observou-se que 72,9% da amostra era de mulheres, 46,3% tinham entre 60 e 69 anos, e 44,1% informaram renda mensal entre 1 a 2 salários mínimos. Sobre a saúde, 68,7% dos participantes referiram duas ou mais doenças crônicas, 40,1% foram consideradas em polifarmácia e a maioria não referiu sintomas depressivos (65,9%), nem declínio cognitivo (71,9%). Sobre as características da rede de apoio social, 72,1% das pessoas idosas tinham mais que cinco integrantes em sua rede social. A maioria dos participantes relatou alto/médio nível de todos os tipos de apoio. A presença de declínio cognitivo (HR=1,69; IC95%=1,10-2,58) e o baixo nível de interação social positiva (HR=1,76; IC95%=1,07-2,90) aumentam as chances de hospitalização, independentemente do tamanho da rede, apoio material, afetivo e emocional/informação. Conclusão: O baixo nível de interação social positiva aumenta as chances de hospitalização das pessoas idosas avaliadas, o que indica que o processo de cuidar em enfermagem deve considerar intervenções que estimulem a criação, manutenção e expansão das redes de apoio social das pessoas idosas, a fim de prevenir ou postergar as hospitalizações.Item Acesso aberto (Open Access) Percepção de profissionais enfermeiros sobre a capacitação do processo de enfermagem e da CIPE® em ambiente virtual de aprendizagem(Universidade Federal de Alfenas, 2024-05-27) Costa, Alice Silva; Goyatá, Sueli Leiko Takamatsu; Costa, Isabelle Cristine Pinto; Dantas, Ana Márcia Nóbrega; Costa, Andreia Cristina Barbosa; Braga, Cristiane GiffoniCom o avanço da tecnologia e a expansão da educação a distância no país, a incorporação de tecnologias de informação e comunicação como estratégia didática tem proporcionado uma aprendizagem mais motivadora, estimulante e autônoma. Nesse contexto, o Processo de Enfermagem e a Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem – CIPE® podem ser utilizados em Ambientes Virtuais de Aprendizagem – AVA como ferramentas eficazes. O objetivo deste estudo foi conhecer a percepção dos profissionais enfermeiros sobre a capacitação do Processo de Enfermagem e de suas etapas, assim como na CIPE®, utilizando o ambiente virtual de aprendizagem. Trata-se de uma pesquisa qualitativa realizada durante o período de outubro a dezembro de 2023, com a participação de 18 enfermeiros da Atenção Primária de Saúde. Foi desenvolvido um curso por meio da Plataforma Moodle, com tutoria a distância. Para o planejamento, o design, o desenvolvimento, a implementação e a avaliação do curso, incluindo a produção dos recursos tecnológicos e midiáticos do AVA, foi utilizado o modelo ADDIE. Para a avaliação dos participantes, foi utilizado e aplicado o recurso Google Forms, cujo link foi disponibilizado no Chat do Google Meet. Para a análise de dados qualitativos, foi utilizada a proposta por Bardin. Foram respeitados todos os aspectos éticos, de acordo com a Resolução n. 466/2012. A maioria dos participantes (88,9%) era do sexo feminino, com idades entre 29 e 53 anos e média de 40 anos. Do total, 94,4% eram servidores públicos municipais e não haviam participado de nenhum curso de atualização, utilizando a Plataforma Moodle. A análise das respostas revelou cinco categorias analíticas: 1) Aplicabilidade do Processo de Enfermagem na prática clínica; 2) Aprendizagem sobre a utilização das etapas do PE e da CIPE® para a prática profissional; 3) Facilidades encontradas ao utilizar a CIPE® nos casos clínicos; 4) Dificuldades encontradas ao utilizar a CIPE® nos casos clínicos; 4) A Participação de em um curso de atualização em Ambiente Virtual de Aprendizagem sobre a CIPE®. Os enfermeiros compreenderam a importância do processo de enfermagem na prática clínica, porém muitos não estavam familiarizados com a CIPE® como uma ferramenta útil nesse processo. Eles reconhecem que a CIPE® é fácil de usar e possui uma ampla gama de termos, o que facilita a continuidade do cuidado e a padronização da linguagem de enfermagem. A Plataforma Moodle foi bem avaliada como recurso educacional, demostrando ser eficaz na capacitação e atualização dos profissionais de enfermagem.Item Acesso aberto (Open Access) Estudo de seguimento dos casos confirmados de Covid 19 na cidade de Três Corações/MG(Universidade Federal de Alfenas, 2024-12-02) Silva, Ranile Dos Santos; Sawada, Namie Okino; Robazzi, Maria Lucia Do Carmo Cruz; Santos, Alzira Teresa Vieira Martins Ferreira Dos; Nascimento, Murilo César Do; Nicolussi, Adriana CristinaIntrodução: A pandemia de COVID 19, impôs diversas restrições sanitárias à população mundial, afetando comportamentos individuais e coletivos. Neste contexto, em realidades socioeconômicas e culturais variadas, os comportamentos pósinfecção podem oferecer uma melhor compreensão acerca do impacto da pandemia a curto, médio e longo prazo. Objetivo: Descrever o perfil de seguimento dos casos de COVID 19 no município de Três Corações, região sul de Minas Gerais, segundo características sociodemográficas, morbidade pré-existente e sintomas autorreferidos da COVID 19. Material e Método: Trata-se de um estudo epidemiológico e prospectivo com abordagem quantitativa de casos confirmados de COVID 19 notificados no município de Três Corações. Foram acompanhados casos notificados entre março de 2020 e agosto de 2021, com uma amostra estratificada considerando sexo, faixa etária e status de internação. A coleta de dados ocorreu em duas fases: entrevistas presenciais iniciais e por telefone, após seis meses. Foram aplicados questionários específicos sobre qualidade de vida (WHOQOL-Bref), ansiedade (BAI), apoio social (MOS-SSS) e sintomas de estresse pós trauma TEPT (IES-R). A análise dos dados foi conduzida no software Stata, comparando indicadores entre os dois momentos (T0 e T1). A pesquisa foi aprovada por comitê de ética e seguiu rigorosos padrões éticos, garantindo privacidade e sigilo das informações dos participantes. Resultados: A caracterização da amostra dos casos de COVID 19 mostrou que estes foram predominantes em mulheres (50,7%) com maior concentração de casos nas faixas etárias de 40-49 anos e 60-69 anos (20,7%) em cada faixa. Além disso, 55,3% dos entrevistados eram de pessoas com companheiro e 53,3% tinham ensino médio completo. A maioria dos participantes era católica (53,3%) e 72,7% identificaram-se como praticantes de alguma religião. Com relação a densidade domiciliar foi predominantemente baixa, com 64,0% das residências abrigando < 0,5 pessoa por cômodo. A maioria relatou ter uma relação “boa” ou “ótima" com familiares (73,3%), enquanto apenas 13,3% precisaram de acompanhamento de cuidador. Em relação aos que estavam empregados, 54,0% apresentavam esta condição, nos últimos 3 meses, enquanto 24,0% eram aposentados. A renda per capita mostrou-se diversificada, com 41,2% ganhando entre R$ 1.000,00 e R$ 1.800,00 A situação econômica foi avaliada como “boa” por 61,4% dos entrevistados. As comorbidades mais comuns foram a hipertensão arterial (37,3%), seguida por diabetes (28,7%) e asma/bronquite (24,7%). A insuficiência respiratória foi relatada por 12,0% dos participantes. A percepção da qualidade de vida tanto no grupo comunitário como nos que estavam internados, passou de uma média de 3,9 no baseline (T0) para 4,7 no T1, e a satisfação com a saúde aumentou de 4,0 para 4,9. Quanto ao O apoio social entre T0 e T1, houve diminuição significativa no apoio material que passou de 18 para 15,8; já quanto ao apoio afetivo e o emocional houve aumento de 13,5 para 13,6 e de 17,9 para 18,2, respectivamente. Os sintomas de TEPT, mostraram uma redução substancial entre T0 e T1 em ambos os grupos. No grupo internado, o escore geral caiu de 31,2 para 26,0 e no grupo comunitário, de 28,6 para 24,9. A maioria dos sintomas de ansiedade entre T0 e T1 diminuíram e foram estatisticamente significantes. Esses resultados demonstram uma redução nos sintomas físicos e psicológicos, além de melhora nos escores de TEPT, indicando recuperação emocional. Houve aumento no engajamento social, como esportes e voluntariado, embora alguns sintomas de ansiedade ainda persistissem. A queda no apoio material foi compensada por maior apoio emocional, destacando a importância dos vínculos afetivos durante a crise. Conclusão: A pandemia afetou a qualidade de vida e o apoio social, mas os participantes mostraram sinais de adaptação e recuperação ao longo do tempo. A melhora nos sintomas de TEPT e o maior envolvimento social são positivos, mas a persistência de ansiedade aponta para a necessidade de apoio contínuo para garantir uma recuperação mais completa.Item Embargo Efeito da intervenção educativa na adesão ao tratamento da hemodiálise em pessoa com doença renal crônica: evidências para a assistência(Universidade Federal de Alfenas, 2025-02-12) Vieira, Ingrid Fernanda De Oliveira; Terra, Fábio De Souza; Resck, Zélia Marilda Rodrigues; Godinho, Mônica La-Salette Da Costa; Costa, Andreia Cristina Barbosa; Andrade, Maria Betânia Tinti DeA doença renal crônica possui alta incidência e altas taxas de morbimortalidade e a adesão ao tratamento por parte da pessoa acometida pela patologia é de grande importância para a manutenção da qualidade de vida e da promoção de saúde. Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito de uma intervenção educativa na adesão ao tratamento da hemodiálise em pessoa com doença renal crônica de um hospital geral de um município do Sul de Minas Gerais. Para a condução dessa pesquisa, foi realizada três etapas. A revisão integrativa, utilizou-se referencial metodológico, foi registrado no Open Science Framework e utilizou-se cinco fontes de informação. A pesquisa metodológica foi utilizada para construção de um material educativo e sua validação de conteúdo por meio de sete juízes e utilizando a técnica Delphi e o Índice de Validação de Conteúdo. Já a pesquisa quase-experimental, foi realizada com 142 pessoas submetidas a hemodiálise em um centro do Sul de Minas Gerais. Foram utilizados instrumentos validados na pré e pós intervenção, e a intervenção foi realizada no momento da hemodiálise, com apresentação e explicação do conteúdo da cartilha. A análise dos dados foi realizada com aplicação de testes estatísticos e o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Como resultados, a revisão integrativa incluiu seis estudos e emergiram as seguintes categorias: alimentação/dieta, autocuidado e controle da pressão arterial, prática de atividade física, prática de respiração para a saúde mental e uso do medicamento cálcio. A etapa metodológica resultou na produção da versão da cartilha educativa “Saiba mais como aderir ao tratamento da hemodiálise”. Essa cartilha teve aprovação de todos os juízes, com Índice de Validação de Conteúdo final de um, e este material foi registrado no sistema “Registro de Direito Autoral – AutoriaFacil.com”. A etapa quase experimental teve como principais resultados: participação de 142 pessoas no primeiro momento (pré intervenção) e 130 no terceiro momento (pós intervenção), sendo maioria do sexo masculino, de 60 a 69 anos, católicos(as), renda de até R$1500,00, casado(a)/união estável. Em relação à adesão propriamente dita, os participantes apresentaram altas médias nos quatro domínios do instrumento de adesão (hemodiálise, medicação, restrição de líquidos e dieta). Cada domínio teve associação com variáveis independentes: domínio hemodiálise com quatro variáveis independentes, domínio medicação com três, domínio restrição de líquidos com nove e domínio adesão à dieta com 11 variáveis independentes. Ao comparar as médias dos domínios de adesão antes e após intervenção educativa, observou-se que somente o domínio medicamento obteve diferença estatisticamente significante, mostrando que a média aumentou após a realização da intervenção; porém, destaca-se que, por mais que os demais três domínios não apresentaram diferença estatisticamente significante, as médias também apresentaram aumento após a realização da intervenção. Conclui-se que utilizar ações que envolvem educação em saúde, com apoio de estratégias e recursos como a cartilha, são um importante auxílio para a melhoria do conhecimento e das práticas de adesão ao tratamento em hemodiálise.