Cristianização e paganismo na Península Ibérica (Séculos IV - VI): a visão pastoral de São Martinho de Braga

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2020-12-14

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Federal de Alfenas

Resumo

A Península Ibérica dos séculos IV a VI, sob a perspectiva cultural, vivenciou o fenômeno da cristianização. O cristianismo precisou contorcer-se até o limite para conseguir se encaixar na realidade das religiões e seitas tradicionais antigas, no intuito de cristianizar os elementos pagãos encontrados naquelas sociedades. O termo pagão adquiriu significado religioso com os concílios de Toledo e pelos textos de Isidoro de Sevilla, e representa os não crentes na divindade de Cristo e distantes do ideal agostiniano da “Cidade de Deus”, ou seja, os bárbaros ou gentios. Estes praticavam magias, adivinhações, cultuavam árvores e pedras, práticas que reverberavam heresias e perniciosidades, mas muitos dos ditos cristãos, camponeses ou citadinos – inclusive clérigos de altos postos – as praticavam publicamente, à revelia de sua autodenominação religiosa oficial. É verificável o nível em que a chamada “conversão”, de fato, se deu em detrimento de uma superficial “cristianização” com ínfima mudança de mentalidade dos convertidos. O presente trabalho oferece informações sobre as práticas tradicionais dos povos autóctones da Península Ibérica, dos esforços da Igreja em extirpar o chamado paganismo de seus territórios, tendo como destaque a ação pastoral do Bispo Martinho de Braga e sua carta pastoral “De Correctione Rusticorum”. Além disso, faz parte do trabalho uma adaptação do mesmo, elaborada em linguagem não acadêmica, compondo o objeto de aprendizagem sob a forma de um aplicativo interativo que ordena, adapta informações e propõe questões para alunos do ensino médio.


Resumo

La Península Ibérica de los siglos IV a VI, bajo la perspectiva cultural, vivenció el fenómeno de la cristianización. El cristianismo necesitaba adaptarse al límite para adaptarse a la realidad de las religiones y sectas tradicionales antiguas con el fin de cristianizar los elementos paganos encontrados en aquellas sociedades. El término pagano adquirió significado religioso con los concilios de Toledo y por los textos de Isidoro de Sevilla, y representa a los no creyentes en la divinidad de Cristo y distantes del ideal agustino de la Ciudad de Dios, es decir, los bárbaros o gentiles. Estos practicaban magia, adivinación, adoraban árboles y piedras, prácticas que reverberaban herejías y travesuras., pero muchos de los dichos cristianos, campesinos o urbanos -incluso clérigos de altos puestos- las practicaban públicamente en ausencia de su auto denominación religiosa oficial. Es verificable lo nivel en que la llamada "conversión" de hecho se dio en detrimento de una superficial "cristianización" con ínfimo cambio de mentalidad de los convertidos. El presente trabajo ofrece informaciones acerca de las prácticas tradicionales de los pueblos autóctonos de la Península Ibérica, de los esfuerzos de la Iglesia en extirpar el llamado paganismo de sus territorios, destacando la acción pastoral del obispo Martinho de Braga y tu carta pastoral De Correctione Rusticorum. Además, es parte del trabajo adaptarlo, elaborado en lenguaje no académico, componiendo el objeto de aprendizaje en forma de una aplicación interactiva que ordena, adapta información y plantea preguntas para estudiantes de secundaria.


Palavras-chave

Ibérica, Península (Espanha e Portugal), Batismo - Igreja Católica, Paganismo

Citação

VISOTTO, Carlos Leandro. Cristianização e paganismo na Península Ibérica (Séculos IV - VI): a visão pastoral de São Martinho de Braga. 2020. 117 f. Dissertação (Mestrado em História Ibérica) - Universidade Federal de Alfenas, Alfenas, MG, 2021.