Decomposição dos diferenciais de rendimentos no Brasil nos anos de 2012 e 2018: a discriminação entre gêneros e mulheres com filhos no mercado de trabalho
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Resumo
A crescente participação das mulheres no mercado de trabalho é uma das características mais marcantes da dinâmica do emprego no século XX. No entanto, esse aumento da participação feminina não foi capaz de atenuar a diferença salarial entre homens, mulheres e mulheres com filhos. Com isso, este trabalho tem como objetivo analisar a existência de diferenças salariais entre homens, mulheres sem filhos e mulheres com filhos com base na escolaridade requerida nas ocupações e evidenciar se a diferenciação de salários entre os gêneros está relacionada ao efeito discriminação. Para tal investigação foi realizada uma decomposição de Oaxaca-Blinder a partir dos dados das PNADs Contínuas dos anos de 2012 e 2018. Os resultados indicaram, que a maior diferença salarial encontrada foi entre homens e mulheres com filhos e a menor foi entre mulheres sem filhos e mulheres com filhos. A diferença salarial entre homens e mulheres (sem filhos e com filhos) é influenciada em sua maioria pela discriminação, já a discrepância entre mulheres sem filhos e com filhos é explicada pelos fatores produtivos. Por fim, destaca-se que o hiato salarial diminuiu de 2012 para 2018 em todos os grupos.