Estudos de compatibilidade fármaco-excipiente para bromoprida, lisinopril e pantoprazol por análise térmica, espectroscopia no infravermelho e cromatografia líquida

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Data

2025-04-14

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Resumo

Tendo em vista que as interações entre o fármaco e os excipientes da formulação podem alterar a natureza química, a estabilidade e a biodisponibilidade do fármaco, comprometendo assim eficácia do medicamento, o objetivo dos autores com o presente estudo foi avaliar a compatibilidade fármaco-excipiente para os fármacos Bromoprida (BROM), Lisinopril (LIS) e Pantoprazol (PAN) com excipientes farmacêuticos de uso comum. Os fármacos foram caracterizados por calorimetria exploratória diferencial (DSC), termogravimetria (TG), espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourier (FT-IR) e difração de Raios-X em pó (PXRD). Para avaliar a compatibilidade dos fármacos, as amostras do fármaco puro, dos excipientes e das misturas binárias fármaco/excipientes na razão de 1:1 (m/m) foram analisadas por DSC ou TG, FT-IR e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), além do teste de estresse isotérmico. O estudo de compatibilidade dos fármacos LIS e PAN foram realizados pela combinação de técnicas analíticas de TG, FT-IR e CLAE. Realizou-se uma avaliação das curvas TG simuladas a partir das misturas binárias, obtidas pela soma dos perfis térmicos do fármaco e do respectivo excipiente. Para isso, empregou-se o coeficiente de correlação de Pearson como ferramenta para examinar semelhanças entre os perfis experimentais e simulados. Os resultados da TG apontaram provável interação do LIS com a lactose monihidratada e manitol, enquanto que a FT-IR revelou provável interação com o manitol. Os resultados obtidos por meio da CLAE revelaram que as misturas binárias, nas quais o LIS estava em combinação com a lactose e o manitol apresentaram uma redução no teor correspondente a 8 e 21%, respectivamente. Os resultados da TG indicaram uma possível interação química entre o PAN e o manitol, porém, os dados de FT-IR e CLAE confirmaram que ocorreu a degradação do excipiente e não do PAN. De modo geral, o estudo de compatibilidade entre o fármaco PAN e os excipientes selecionados não revelou qualquer sinal de incompatibilidade. Os estudos de compatibilidade da BROM com os excipientes selecionados foram conduzidos por meio da combinação das técnicas analíticas de DSC, FT IR e CLAE. Os resultados da DSC mostraram provável interação com a maioria dos excipientes estudados, exceto com manitol e talco. No entanto, os resultados de CLAE mostraram que apenas dióxido de silício coloidal, fosfato de cálcio di-hidratado, estearato de magnésio e celulose microcristalina são incompatíveis com a BROM, apresentando redução do teor entre 19 a 44%. Os excipientes croscarmelose sódica, hidroxipropil-metil-celulose, lactose monohidratada e polivinilpirrolidona apesar de terem sido apontados pelo DSC não tiveram suas interações químicas com a BROM confirmadas pela CLAE. Também foi realizada uma tentativa de recristalização e/ou formação de sais de BROM utilizando diversos solventes, como acetonitrila, metanol, DMSO, acetona e etanol, além de diferentes ácidos concentrados, como clorídrico, bromídrico e nítrico. Apesar da expectativa de obter um sal de BROM ou promover a recristalização em uma nova forma polimórfica, nenhuma das tentativas resultou em um resultado satisfatório.


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