Caracterização antropológica e localização de forame (incisura) supraorbital e forame (incisura) frontal em população brasileira

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2025-11-12

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Resumo

A caracterização anatômica dos seres humanos está diretamente relacionada a fatores como idade, sexo, ancestralidade e região geográfica, dentre outros. O sistema esquelético tem funções orgânicas e atua como referência anatômica. Assim, é fundamental que se conheça minuciosamente as peças ósseas do corpo humano e as diferentes variações existentes entre as diversas populações, especialmente em locais como o Brasil, cujo processo de colonização e construção se deu às custas de muita miscigenação, devido a riscos significativos que possam trazer aos pacientes por conta da presença do feixe vasculonervoso. Dessa forma, os objetivos do presente estudo foram realizar a caracterização antropológica e a localização do forame/incisura supraorbital e frontal em crânios humanos. Para isso, foram analisadas as margens supraorbital (SO) de 106 crânios (212 órbitas) do Departamento de Anatomia da Universidade Federal de Alfenas, para a constatação da existência, ou não, da emergência para o feixe vasculonervoso supraorbital na forma de forame ou incisura, e se este corresponde a um forame, ou incisura frontal. Além disso, foi feita a caracterização topográfica dessas estruturas anatômicas, medindo a distância até a glabela e a altura em relação à margem supraorbital. Os resultados mostraram que foi mais frequente a presença de incisura SO em relação ao forame, sendo 78,30 % e 76,42 %, respectivamente nos lados direito e esquerdo. Foi ainda observado o forame SO bilateral em 8,49% e a incisura SO bilateral em 63,20% dos crânios analisados. Para forame e incisura frontal (F), os dados mostram que é bem menos frequente, Apenas 2 crânios (1,88%) apresentaram o forame F, 1 do lado esquerdo e 1 do direito. A incisura F foi observada em 35,84% do lado direito e 32,07% do lado esquerdo. Não se observou forame F bilateral e a incisura F bilateral foi constada em 22,64% dos crânios analisados. A distância média do forame ou incisura SO da glabela foi de 25,12 mm e 24,83 mm, respectivamente á direita e à esquerda. Da mesma forma, para o forame ou incisura F a distância média foi de 19,58 mm e 19,15 mm. A altura SO foi, na média, 3,22 mm à direita e 3,06 mm à esquerda; a altura F, do mesmo modo, foi de 2,32 mm e 2,89 mm. Os dados permitem concluir que existe uma grande variação quanto a presença e localização das estruturas analisadas entre diferentes indivíduos, o que torna importante que todos os profissionais que exerçam procedimentos na região supraorbital, incluindo cirurgiões-dentistas, fiquem atentos às diversas variações, evitando e prevenindo intercorrências que podem ocasionar sequelas desagradáveis ou o insucesso no tratamento proposto.


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