Formação de líderes na contemporaneidade: caminhos, desafios e possibilidades
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Resumo
Em um cenário organizacional marcado por constantes transformações, incertezas e crescente complexidade nas relações de trabalho, a liderança assume um papel estratégico e humanizador. A compreensão crítica de como liderar de forma ética, relacional e contextualizada torna-se cada vez mais necessária, especialmente diante dos limites dos modelos tradicionais centrados em autoridade formal ou eficiência técnica. Neste contexto, repensar os processos de formação de líderes e os fundamentos conceituais que sustentam a prática da liderança contemporânea se apresenta como uma demanda relevante para pesquisadores, gestores e profissionais em geral. Este trabalho tem como objetivo analisar a liderança a partir de uma perspectiva histórica, conceitual e prática, de modo a destacar sua diferenciação em relação à gestão, seus estilos predominantes, seu caráter relacional e os caminhos possíveis para seu desenvolvimento nas organizações contemporâneas. A metodologia adotada foi qualitativa, com base em revisão bibliográfica de autores consagrados como Sant’Anna, Bendassolli, Malvezzi, Morin e Aubé, entre outros, que contribuem para uma abordagem crítica e humanizada da liderança. A pesquisa investigou, inicialmente, a evolução histórica do conceito de liderança, demonstrando como esse passou de uma visão centrada em traços individuais para um entendimento mais amplo, simbólico e processual. Na sequência, foram discutidas as diferenças entre liderança e gestão, enfatizando que liderar envolve práticas de escuta, mobilização e construção de sentido, enquanto gerir diz respeito ao controle, à organização e ao cumprimento de metas. Também foram analisados os principais estilos de liderança e suas aplicações práticas, considerando os desafios e demandas contemporâneas. Um dos eixos centrais do estudo foi a concepção da liderança como processo relacional, no qual a legitimidade se constrói na interação com os liderados, a partir da escuta, da confiança e do reconhecimento mútuo. A liderança é, assim, entendida não como um atributo individual, mas como uma construção coletiva e situada. Por fim, discutiram-se os caminhos, estratégias e obstáculos para a formação de líderes no contexto atual, defendendo-se uma abordagem que valorize a subjetividade, a ética, a cultura e a experiência. De acordo com os autores estudados, nota-se que a formação de líderes precisa ir além das competências técnicas e operacionais, incluindo aspectos emocionais, reflexivos e relacionais. Liderar, portanto, é um exercício contínuo de aprendizagem, que exige sensibilidade, responsabilidade e compromisso com o coletivo. Este estudo contribui para ampliar o debate sobre o desenvolvimento de lideranças eficazes, propondo um olhar crítico, ético e contemporâneo sobre o papel do líder nas organizações
