A promoção do pensamento crítico no ensino de química: uma revisão sistemática de literatura
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Resumo
O pensamento crítico é essencial para a formação de cidadãos capazes de enfrentar os desafios do século XXI. No ensino de Ciências, especialmente no de Química, essa habilidade é central para o desenvolvimento da tomada de decisões informadas e da resolução de problemas complexos. Esta pesquisa teve como objetivo realizar uma revisão sistemática da literatura acadêmica sobre o pensamento crítico no ensino de Química, analisando suas características e tendências nos âmbitos nacional e internacional, além de identificar lacunas ainda existentes.A investigação baseou-se na metodologia PRISMA e contemplou publicações entre os anos de 2004 e 2024, com buscas realizadas nas bases Scopus, EBSCO, ERIC, Periódicos Capes, Dialnet e Scielo. Foram aplicados critérios PICOS, resultando em um total de 96 publicações selecionadas: 78 de periódicos internacionais e 18 nacionais. Os resultados indicam um crescimento significativo da produção após a pandemia de Covid-19, com destaque para Indonésia, Estados Unidos e Brasil como principais países contribuidores. As tendências mais recentes apontam para o uso de metodologias ativas e práticas pedagógicas inovadoras, como a aprendizagem baseada em problemas e a contextualização científica, evidenciando a relevância do pensamento crítico para a compreensão de conceitos complexos e o engajamento dos estudantes com problemas reais. Embora o Brasil esteja entre os três países com maior número de publicações, ainda se observam lacunas, especialmente no que se refere à formação docente e à adaptação de práticas pedagógicas às realidades locais. Torna-se, portanto, crucial investir em estudos voltados ao ensino de Química no Brasil, fortalecendo a integração entre teoria e prática e promovendo a qualificação dos professores. O crescente interesse pelo pensamento crítico, tanto em nível nacional quanto internacional, aponta para um movimento promissor. Consolidar essa habilidade exige a ampliação das pesquisas, investimentos na formação docente, adoção de metodologias inovadoras, bem como melhorias na infraestrutura escolar e nas condições de trabalho dos professores, com valorização profissional e planos de carreira adequados. Alinhar o ensino de Química às demandas contemporâneas é fundamental para a formação de cidadãos críticos, reflexivos e preparados para os desafios do mundo atual.