Da concepção das diferenças aos preconceitos na subjetividade e relações sociais juvenis
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Resumo
A noção de diferença, os preconceitos e a construção destes na subjetividade dos jovens de uma escola pública no sul de Minas Gerais são elementos que buscamos compreender nesta pesquisa. Nosso objetivo é entender como os jovens constroem e se apropriam das noções sobre as diferenças e no que isso implica na construção dos preconceitos ao se socializarem. Compreendemos a diferença como um conceito dialético, ora como algo inerente aos seres humanos e, portanto, importante de ser naturalizada em um âmbito mais individual; ora como uma noção que precisa ser problematizada conjuntamente aos movimentos sociais. Consideramos ainda, o conceito de socialização. A socialização é a forma que possuímos de apropriação, fomento, relação, trocas e identificação com a nossa cultura na história. Diante disso, tecemos o conceito de preconceito e como este é construído sob o viés psíquico e social. Conforme alguns estudos apresentados nesta dissertação, o preconceito é um tipo de representação recorrente no contexto escolar e, é por essa razão, que almejamos entender essa construção na subjetividade jovem. Como método, para orientar nossa pesquisa, partimos de um estudo bibliográfico, da entrevista aberta e da roda de conversa como instrumentos para a apreensão dos sentidos subjetivos que os jovens constroem sob influência do preconceito. Nossas observações revelam elementos que favorecem a construção dos preconceitos dentro da sala de aula, partindo, principalmente, das regras estabelecidas pela escola e pelos professores. Essas influências têm forte peso em como os jovens pensam, agem e reagem ao preconceito. Dentre várias formas de pensamento e ação, há subjetividades que projetam os preconceitos de forma perversa, há as subjetividades que os reproduzem de modo não reflexivo e há as subjetividades que os ressignificam em resposta às suas reflexões e vivências.