Padronização de ensaio imunoenzimático para diagnóstico da esporotricose
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Resumo
A esporotricose é uma micose causada pela inoculação traumática na pele com material contaminado com o fungo dimórfico Sporothrix schenckii. As formas clínicas mais comuns são a linfocutânea e a cutânea fixa. A prevalência é maior em área tropical e em zona temperada. No entanto, a prevalência real da esporotricose em áreas urbanas e rurais é desconhecida, pois não há notificação compulsória. O aumento do número de casos, nos últimos anos, está relacionado à transmissão feita por animais de estimação. Os métodos de diagnóstico diretos disponíveis demoram dias para serem concluídos. Por sua vez, métodos sorológicos podem gerar resultados falsos positivos ou negativos devido a reações cruzadas entre antígenos do S. schenckii com de outros fungos. Por esse motivo, é necessário o desenvolvimento de testes sorológicos, com alta sensibilidade e especificidade, que garantam um diagnóstico confiável. Este estudo teve por objetivo padronizar um ensaio imunoenzimático (ELISA), com maior sensibilidade e especificidade, para diagnóstico sorológico da esporotricose. Nesse trabalho, placas de poliestireno foram sensibilizadas com exoantígenos de cultura da forma leveduriforme de S. schenckii e testadas utilizando soros de pacientes com esporotricose, soros de pacientes com paracoccidioidomicose (PCM), assim como de indivíduos esporotriquina negativos. Duas estratégias foram utilizadas, uma tratando o antígeno com metaperiodato de sódio e outra tratando os soros com uréia 6M em diferentes tempos de incubação. Os resultados mostraram que a estratégia utilizando metaperiodato de sódio não melhorou o poder do ensaio em discriminar os soros dos pacientes com esporotricose daqueles sem esporotricose ou com PCM. No entanto, a estratégia utilizando uréia 6M melhorou significativamente o poder de discriminação do método. As melhores condições do teste foram tratamento com uréia por 5, 10 e 20 minutos e diluição dos soros a 1\800 e 1\1600.