Poli (ácido metacrílico-co-etileno glicol dimetacrilato) na extração em fase sólida dispersiva magnética de anticonvulsivantes em saliva seguido de análise por HPLC
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Resumo
Doenças neurológicas como a epilepsia são comumente tratadas com a administração de anticonvulsivantes e para o controle eficaz da doença, é essencial monitoramento da dose administrada desses medicamentos, em amostras biológicas. No entanto, compostos como macromoléculas presentes nessas matrizes podem interferir na análise cromatográfica. A saliva pode ser obtida de forma menos invasiva, é de fácil coleta com concentração de fármacos que pode ser correlacionado à fração sanguínea não ligada às proteínas, tornando-se uma amostra alternativa ao sangue. Portanto, o presente estudo empregou o material magnético poli (ácido metacrílicoco- etileno glicol dimetacrilato) (M-CP, do inglês magentic copolymer) na extração em fase sólida dispersiva dos fármacos primidona, fenobarbital, fenitoína e carbamazepina em saliva humana, seguido de análise por cromatografia líquida de alta eficiência. O material foi obtido em 4 etapas: i) síntese das nanopartículas de Fe3O4, ii) funcionalização das nanopartículas de Fe3O4 com tetraetilortosilicato (Fe3O4@TEOS), iii) modificação das nanopartículas em Fe3O4@TEOS@MPS e iv) síntese do M-CP. Para caracterização destes, foram realizadas as técnicas de FT-IR, MEV, potencial zeta e análise térmica. A otimização da extração foi realizada pelo delineamento composto central rotacional e as condições ótimas resultaram em pH 5,78; 12,8 mg de material; 2,18 mL de amostra. Os estudos de adsorção do M-CP indicaram que o modelo de Avrami como o melhor ajustado os dados de cinética, sendo o tempo de equilíbrio alcançado em aproximadamente 60 minutos. Para isoterma de adsorção o tempo foi fixado e o modelo de Jovanovic foi o melhor ajustado, sendo a capacidade máxima de adsorção do material de 10,96 mg g-1. O método desenvolvido e validado foi linear em uma faixa de 2 a 30 mg L-1 para fenobarbital e primidona, e de 1 a 30 para fenitoína e carbamazepina (linearidade R² > 0,99), valores de precisão de 0,34% a 23,76% e exatidão de -13,37% a 14,81% foram obtidos. O limite de detecção variou de 0,48 a 1,30 mg L-1, enquanto o limite de quantificação se apresentou abaixo do nível terapêutico. O método desenvolvido é vantajoso e permite a determinação da concentração de analitos utilizando uma pequena quantidade de saliva e uma rápida técnica de extração.
