Morder para manipular: o papel da boca na exploração de objetos em infantes de Sapajus libidinosus

dc.contributor.advisorCunha, Rogério Grassetto Teixeira da
dc.contributor.authorBatista, Maria Vitória
dc.contributor.coadvisorAraujo, Guilbert Rodrigues de
dc.contributor.refereeCarvalho, Beatriz Paes Veras de
dc.contributor.refereeCosta, Carla Aparecida da
dc.date.accessioned2025-12-16T13:45:59Z
dc.date.available2025-12-16T13:45:59Z
dc.date.issued2025-12-09
dc.description.abstractA exploração de objetos é fundamental no desenvolvimento cognitivo, perceptivo e motor de primatas. Durante a infância, os primatas tipicamente usam as mãos em conjunto com a boca para manipular objetos. O uso da boca durante a exploração de objetos constitui uma via inicial de interação com o ambiente, permitindo a diferenciação de propriedades físicas dos objetos antes do refinamento do controle manual. No entanto, poucos estudos abordaram o uso da exploração oral durante a infância em primatas não humanos. Neste estudo investigamos o uso da boca na exploração de objetos por quatro infantes selvagens de macacos-prego (Sapajus libidinosus) que vivem na Fazendo Boa Vista, uma área de ecótono entre cerrado e caatinga no Piauí. Para tanto, analisamos dados comportamentais codificados a partir de gravações animal-focal destes infantes, acompanhados do nascimento até os seis meses de idade. Analisamos a exploração oral, considerando diferentes categorias de objetos que foram manipulados e levados à boca. Hipotetizamos que a exploração oral seria, inicialmente, indiscriminada, tornando-se progressivamente seletiva com a idade. A exploração e o uso da boca surgiram no segundo mês de vida e foi empregada para diferentes tipos de objetos. Um Modelo Linear Generalizado (GLM) binomial revelou que a probabilidade de exploração oral foi significativamente maior em episódios envolvendo galhos, comparados a folhas, e foi fortemente predita pela duração do episódio. A idade, por si só, não foi um preditor significativo no modelo. Contudo, análises descritivas mostraram uma mudança no padrão de uso da boca, com uma proporção crescente de exploração oral direcionada a frutos em detrimento de outros objetos ao longo dos meses, corroborando nossa hipótese que os infantes passam a direcionar a exploração oral a objetos específicos, como frutos.
dc.description.abstract2Object exploration is fundamental to the cognitive, perceptual, and motor development of primates. During infancy, primates typically use their hands in conjunction with their mouths to manipulate objects. The use of the mouth during object exploration constitutes an initial pathway of interaction with the environment, allowing for the differentiation of physical properties of objects before the refinement of manual control. However, few studies have addressed the use of oral exploration during infancy in nonhuman primates. In this study, we investigated the use of the mouth in object exploration by four wild infant capuchin monkeys (Sapajus libidinosus) living on the Boa Vista Farm, an ecotone area between the Cerrado and Caatinga biomes in Piauí, Brazil. To this end, we analyzed behavioral data coded from animal-focal recordings of these infants, followed from birth until six months of age. We analyzed oral exploration, considering different categories of objects that were manipulated and brought to the mouth. We hypothesized that oral exploration would initially be indiscriminate, becoming progressively selective with age. Oral exploration and use emerged in the second month of life and was employed for different types of objects. A Generalized Linear Model (GLM) revealed that the probability of oral exploration was significantly higher in episodes involving branches compared to leaves, and was strongly predicted by the duration of the episode. Age, by itself, was not a significant predictor in the model. However, descriptive analyses showed a change in the pattern of mouth use, with an increasing proportion of oral exploration directed at fruits at the expense of other objects over the months, corroborating our hypothesis that infants begin to direct oral exploration to specific objects, such as fruits.
dc.description.additionalinformationTermo de autorização SEI 1693910
dc.description.physical27
dc.identifier.credential2021.1.05.036
dc.identifier.lattesAdvisorhttp://lattes.cnpq.br/3818492891726138
dc.identifier.lattesAuthorhttps://wwws.cnpq.br/cvlattesweb/PKG_MENU.menu?f_cod=697F8B82079E4B3A711C0B851CBEAFBA#
dc.identifier.lattesCoadvisorhttp://lattes.cnpq.br/8575060839748684
dc.identifier.urihttps://repositorio.unifal-mg.edu.br/handle/123456789/3161
dc.language.isopt
dc.publisher.campiSede
dc.publisher.courseCiências Biológicas (Bacharelado)
dc.publisher.departmentInstituto de Ciências da Natureza
dc.publisher.initialsUNIFAL-MG
dc.publisher.institutionUniversidade Federal de Alfenas
dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
dc.rights.creativeCommonsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilen
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
dc.subject.cnpqCiências Biológicas
dc.subject.enDevelopment
dc.subject.enManipulation
dc.subject.enCapuchin monkey
dc.subject.pt-BRDesenvolvimento
dc.subject.pt-BRManipulação
dc.subject.pt-BRMacaco-prego
dc.titleMorder para manipular: o papel da boca na exploração de objetos em infantes de Sapajus libidinosus
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis

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