Ciências Biológicas (Bacharelado)

URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.unifal-mg.edu.br/handle/123456789/2608

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  • ItemAcesso aberto (Open Access)
    Enriquecimento ambiental: efeito transitório em macacos-prego
    (2025-12-08) Souza, Luiza Liboni de; Oliveira, Lavínia de; Cunha, Rogério Grassetto Teixeira da; Silva, Vinícius Xavier da; Maia, Ana Carolina Resende
    A manutenção de animais selvagens em cativeiro é fundamental para a conservação de espécies, mas frequentemente resulta no aumento de comportamentos atípicos e indicativos de estresse devido às condições distintas das encontradas na natureza. O enriquecimento ambiental é uma estratégia para promover estímulos cognitivos e físicos aos animais, para reduzir comportamentos indicativos de estresse e promover comportamentos naturais da espécie. O presente estudo avaliou os efeitos de quatro tipos de enriquecimento: pamonha de alface, bolso surpresa, gelatina e picolé, sobre o comportamento de dois macacos-prego (Sapajus spp.) cativos no Parque Multicultural em Sustentabilidade de Alfenas, MG. A análise comportamental foi realizada antes, durante e após a aplicação dos enriquecimentos, considerando tanto comparações de curto prazo (20 minutos antes e depois de cada atividade) quanto de longo prazo. Os resultados indicaram redução significativa no curto prazo na frequência de comportamentos indicadores de estresse, como vigilância, pacing e coçar-se para os seguintes enriquecimentos: pamonha e gelatina, o que sugere que alguns enriquecimentos foram eficazes em modular o comportamento imediatamente após sua inserção. Também houve aumento de comportamentos naturais, como manipulação de alimentos e forrageamento. No entanto, a longo prazo, observou-se aumento na duração e frequência de alguns comportamentos relacionados ao estresse, além da não manutenção das reduções observadas, indicando que os efeitos positivos do enriquecimento não se mantiveram ao final das intervenções. A variabilidade entre os diferentes enriquecimentos e entre os dois indivíduos sugere forte influência de fatores intrínsecos, como personalidade e histórico de manejo, além de fatores externos, como a presença de animais de vida livre e outros distúrbios no ambiente. Embora os enriquecimentos utilizados tenham promovido efeitos imediatos positivos no bem-estar dos macacos-prego, sua aplicação por um período curto (12 dias) não foi suficiente para reduzir o estresse em longo prazo. Assim, reforça-se a importância da utilização contínua e variada de enriquecimentos ambientais, bem como da personalização das atividades conforme as características individuais dos animais.
  • ItemAcesso aberto (Open Access)
    O efeito do treinamento físico aeróbio em fêmures de camundongos fêmeas obesas
    (2025-12-04) Mendes, Amanda Viana; Guerra, Flávia Da Ré; Soares, Evelise Aline; Carneiro, Deila Rosely
    A obesidade é uma doença multifatorial, caracterizada pelo acúmulo excessivo da gordura corporal, que pode estar associada a diversos impactos negativos que podem ocasionar efeitos sobre a qualidade óssea e estrutura óssea. Alguns estudos apontam que a obesidade pode ocasionar a fragilidade óssea, redução da densidade mineral e aumentar os riscos de fraturas. Dessa forma, há o exercício físico aeróbio como uma das formas de se minimizar os efeitos deletérios vindos da obesidade. O presente estudo tem como finalidade, observar o efeito do exercício físico aeróbio nos fêmures de camundongos fêmeas obesas. Os animais foram divididos em quatro grupos experimentais: Sedentário Controle (SD), Treinado Controle (TR), Sedentária e Dieta Hiperlipídica (OB/SD), Treinada e Dieta Hiperlipídica (OB/TR). O protocolo aplicado no experimento iniciou-se com os grupos OB/SD e OB/TR sendo submetidos a uma dieta hiperlipídica em um período de 8 semanas e após este período os grupos treinados (obeso e controle) iniciaram o protocolo de treinamento físico aeróbio por 8 semanas. Após o seguimento dos protocolos, os animais foram submetidos a eutanásia e os fêmures foram coletados, limpos e analisados por meio de teste biomecânico e microscopia eletrônica de varredura. Os resultados demonstraram que os grupos obesos apresentaram um aumento significativo do peso corporal em comparação aos controles, confirmando a indução da obesidade. No teste de desempenho físico, o grupo TR apresentou maior tempo, distância e velocidade máxima, enquanto os grupos obesos exibiram um desempenho menor. Na análise biomecânica, os grupos treinados apresentaram melhores parâmetros biomecânicos quando comparados aos sedentários. A microscopia eletrônica de varredura demonstrou um maior espaçamento trabecular nos grupos sedentários, em especial nos animais obesos sedentários, sugerindo redução da qualidade óssea quando comparados aos grupos controles, e maior densidade e organização estrutural nos grupos treinados. Os resultados deste estudo demonstram que o exercício físico foi capaz de atenuar os prejuízos ósseos associados à obesidade, refletidos em melhorias biomecânicas e na maior densidade óssea dos ossos dos animais treinados. Palavras-chave: obesidade; exercício aeróbio; biomecânica; osso.
  • ItemAcesso aberto (Open Access)
    Avaliação da alteração da susceptibilidade à pentamidina e compostos híbridos de eugenol e metronidazol em Leishmania (L.) Amazonensis frente a alteração na forma de vida
    (2025-12-04) Silva, Ana Clara; Peloso, Eduardo de Figueiredo; Lucas, Rosymar Coutinho de; Sepini, Patrícia Ferreira Espurini
    A leishmaniose é uma doença negligenciada de ampla distribuição global, causada por protozoários do gênero Leishmania, que no Brasil apresenta alta incidência nas formas tegumentar e visceral, sobretudo em regiões de baixa renda. O tratamento atual envolve fármacos com elevada toxicidade, difícil administração e crescente resistência parasitária, o que compromete a eficácia terapêutica. Dentre as alternativas, a pentamidina apresenta ação multifatorial, sendo uma opção promissora, ainda que também limitada por seus efeitos adversos, enquanto outros compostos bioativos, como híbridos metronidazol-eugenol, demonstram potencial leishmanicida em ensaios experimentais e podem ampliar o leque de candidatos terapêuticos. Ensaios laboratoriais geralmente utilizam a forma promastigota do parasita, entretanto, essa forma não representa com precisão a biologia das amastigotas intracelulares, mais relevantes clinicamente, e, nesse contexto, o uso de amastigotas axênicas surge como alternativa viável para triagens in vitro. Este trabalho tem como objetivo avaliar a susceptibilidade de Leishmania (L.) amazonensis à pentamidina e a compostos derivados de eugenol e metronidazol após a diferenciação entre formas promastigotas e amastigotas axênicas, por meio da utilização de culturas do parasita submetidas a protocolos de diferenciação, com posterior exposição ao fármaco e análise de viabilidade celular. Os resultados demonstraram que os híbridos apresentaram perfis semelhantes de suscetibilidade entre si. Observou-se aumento dos valores de EC₅₀ após a exposição prévia dos promastigotas aos compostos, indicando tolerância transitória. Em contraste, a diferenciação para amastigotas axênicas resultou em redução do EC₅₀, tornando os parasitas mais suscetíveis, efeito ainda mais pronunciado quando a diferenciação foi precedida pelo tratamento, sugerindo que o processo pode atenuar mecanismos adaptativos de tolerância. A pentamidina manteve EC₅₀ inferiores aos dos híbridos em todas as condições, embora tenha seguido o mesmo padrão de variação, com aumento inicial após o tratamento e queda durante a axenização. Esses achados evidenciam que a suscetibilidade de L. amazonensis varia conforme o estágio biológico e o histórico de exposição, reforçando a importância da inclusão de amastigotas axênicas em triagens farmacológicas e indicando o potencial dos híbridos como candidatos terapêuticos.
  • ItemAcesso aberto (Open Access)
    Estudo comportamental dos efeitos do consumo de 2,4-D (Diclorofenoxiacético) em camundongos prenhes e no desenvolvimento físico e neurológico inicial de suas proles
    (2025-12-08) Rafaldini, Maria Letícia Fonseca; Paffaro Junior, Valdemar Antonio ; Assunção, Marcia Cristina Bizinotto; Zavan, Bruno
    O ácido 2,4-diclorofenoxiacético (2,4-D) é um dos pesticidas mais utilizados mundialmente, empregado como herbicida de pré e pós-emergência no controle de ervas daninhas em diversas culturas. A exposição ocorre por contato ocupacional e pelo consumo de água e alimentos contaminados. Estudos com ratos expostos cronicamente ao 2,4-D mostraram efeitos negativos como doenças neurológicas, imunotoxicidade e distúrbios reprodutivos, incluindo alterações na motilidade e morfologia dos espermatozoides. Pesquisas com embriões de aves (Gallus gallus domesticus) também indicaram toxicidade pré-natal, especialmente na concentração de 30 μm/L, limite permitido pela legislação brasileira. Contudo, ainda são escassas as evidências sobre os mecanismos de toxicidade e seus efeitos nos períodos pré e pós-natal de diferentes espécies. Assim, este estudo investigou os efeitos do 2,4-D em possíveis alterações comportamentais de fêmeas prenhes e no desenvolvimento de suas proles. Fêmeas Swiss foram acasaladas e tratadas com duas concentrações do herbicida via gavagem durante a gestação. No 10º dia de gestação, foram avaliadas por testes comportamentais (labirinto em Y, barras paralelas e labirinto em cruz elevado) e mantidas até o termo. Também foram analisados o tempo gestacional, peso, tamanho das ninhadas e o desenvolvimento inicial da prole. Os resultados mostram que, embora a exposição gestacional tenha afetado principalmente a capacidade motora das fêmeas, o 2,4-D comprometeu o desenvolvimento físico, o ganho de peso e o crescimento de filhotes machos e fêmeas, além de alterar o desenvolvimento neurológico de machos. O estudo reforça a necessidade de revisões dos limites de exposição ao herbicida e de novas investigações sobre seus mecanismos toxicológicos, podendo subsidiar futuras restrições ao seu uso agrícola no Brasil.