Compatibilidade e estabilidade do cloridrato de trazodona associado a excipientes farmacêuticos

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Data

2019-07-31

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Universidade Federal de Alfenas

Resumo

Existem diversas formas de tratar os distúrbios depressivos, uma delas é o tratamento com as formulações farmacêuticas a base de cloridrato de trazodona, um inibidor seletivo da recaptação da serotonina, que é amplamente utilizado no tratamento da depressão, pois é caracterizado por propriedades anticolinérgicas mais baixas, quando comparado aos antidepressivos tricíclicos. Desta forma, este trabalho se propôs a estudar a compatibilidade e a estabilidade do cloridrato de trazodona na presença dos excipientes estearil fumarato de sódio, fosfato de cálcio tribásico, hipromelose, celulose microcristalina e lactose monohidratada, pois ainda não foram encontrados na literatura estudos deste caráter. Analisaram-se possíveis incompatibilidades utilizando principalmente as análises térmicas; curvas TG/DTA/DTG e DSC. Foram utilizadas misturas binárias na proporção 1:1 massa/massa entre o princípio ativo e cada um dos excipientes. Pela técnica de TG observaram-se alterações nos eventos de decomposição relacionados ao fármaco nas misturas binárias. Sendo que o comportamento das curvas experimentais se distânciou do comportamento esperado pelas curvas teóricas, principalmente nas temperaturas acima de 200ºC. Nas análises por DSC, utilizaram-se os parâmetros definidos pela ICH para o estudo de estabilidade acelerado. Todos os excipientes se mostraram incompatíveis com o cloridrato de trazodona, adiantando ou encobrindo o seu pico Ton-set característico. No estudo cinético estudou-se a influência da associação com o estearil fumarato de sódio e com a lactose monohidratada na energia de ativação relacionada a primeira etapa de decomposição do fármaco. Observou-se um aumento em Ea quando o cloridrato de trazodona esteve associado ao estearil fumarato de sódio de 16,05% de acordo com o método dinâmico e uma diminuição de 25,33% de acordo com o método isotérmico. A divergência entre os métodos, no caso desta mistura, ocorre devido aos dados experimentais não se adequarem a um bom intervalo de xm referente ao método dinâmico. Já quando esteve associado à lactose monohidratada a energia de ativação do cloridrato de trazodona aumentou em 50,47% no caso do estudo cinético dinâmico e em 32,99% no caso do estudo cinético isotérmico.



Palavras-chave

Cloridrato de trazodona, Estabilidade, Compatibilidade, Análises térmicas, Arrhenius, Método isotérmico, Método dinâmico

Citação

MENEZES, Tarcísio Antônio dos Reis. Compatibilidade e estabilidade do cloridrato de trazodona associado a excipientes farmacêuticos. 2019. 61. Dissertação (Mestrado em Química) - Universidade Federal de Alfenas, Alfenas, MG, 2019.