Avaliação farmacológica do extrato hidroalcoólico das Flores de Pyrostegia venusta (Ker.) Miers
Data
Autores
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
Pyrostegia venusta (Ker.) Miers (Bignoniaceae) é nativa do Cerrado Brasileiro e popularmente conhecida como “cipó-de-são-joão.” Na medicina tradicional brasileira, a Pyrostegia venusta é usada como tônico geral, bem como para o tratamento de diarréia, vitiligo, tosse e doenças comuns do sistema respiratório relacionadas à infecções, tais como bronquite, gripe e resfriado. Este estudo foi conduzido para avaliar os efeitos do extrato hidroetanólico das flores de Pyrostegia venusta (EHPv) no comportamento doentio induzido por lipopolissacarídeo em camundongos, avaliar as propriedades anti-inflamatórias e analgésicas do EHPv e o seu perfil fitoquímico. Para avaliar os efeitos do extrato hidroetanólico de Pyrostegia veusta administrado oralmente no comportamento doentio induzido por lipopolissacarídeo, os camundongos foram submetidos aos testes de nado forçado e campo aberto. O EHPv foi usado para avaliar os efeitos anti-inflamatórios e analgésicos usando os testes de edema de pata induzido por carragenina e peritonite; os testes de lambida de pata induzida por formalina e contorções abdominais induzidas por ácido acético em camundongos albinos Swiss, respectivamente. A administração de lipopolissacarídeo (LPS,100μg/kg, i.p.) aumentou o tempo que o animal permaneceu boiando no nado forçado e diminuiu a atividade locomotora no campo aberto. O pré-tratamento com EHPv nas doses de 100 e 300 mg/kg, v.o., atenuou as alterações comportamentais induzidas pelo LPS nos testes de nado forçado e campo aberto. Este efeito foi similar ao pré-tratamento com dexametasona (1mg/kg), um fármaco esteroidal que inibe as respostas imunes e inflamatórias, incluindo a produção de citocinas. O EHPv nas doses de 30-300 mg/kg v.o., claramente demonstrou efeitos anti-inflamatórios pela redução do edema de pata induzido por carragenina e inibiu o recrutamento de leucócitos dentro da cavidade peritoneal. Os extratos testados nas doses de 30-300 mg/kg, v.o., claramente demonstraram atividade antinociceptiva nos testes de formalina e contorções abdominais induzidas por ácido acético. O extrato de Pyrostegia venusta atenuou os comportamentos exploratórios e como depressivos, demonstrou ação anti-inflamatória e antinociceptiva em camundongos e nenhuma aparente toxidade aguda na administração oral. Então, nossos resultados suportam prévias indicações do uso dessas plantas nas terapias tradicionais e sugerem que essas plantas podem ser usadas no tratamento de desordens que induzem o comportamento doentio, tais como gripe e resfriado.