Insuficiência de vitamina D e menor comprimento dos telômeros em pessoas idosas da comunidade : estudo seccional
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Resumo
O envelhecimento populacional e suas implicações têm despertado interesse da ciência. Nutrientes que parecem afetar positivamente o envelhecimento celular, como a vitamina D, têm merecido destaque por suas supostas funções no genoma humano. O objetivo do presente estudo foi verificar se a insuficiência de vitamina D está associada ao menor comprimento dos telômeros em pessoas idosas da comunidade. Estudo quantitativo, seccional, realizado com 448 indivíduos com 60 anos ou mais, residentes em Alfenas-MG. A coleta de dados ocorreu em duas etapas: entrevista pessoal e coleta de sangue. A amostra sanguínea foi utilizada para a quantificação relativa do tamanho dos telômeros e determinação dos níveis séricos da vitamina D. As análises estatísticas foram realizadas no software Stata versão 17.0. As diferenças entre os grupos foram estimadas pelo teste χ2 de Pearson. Para a análise de associação, utilizou-se regressão logística múltipla. A magnitude da associação foi estimada pela razão de chances (Odds Ratio - OR) bruta e ajustada. Observou-se predominância de mulheres, de indivíduos de 60 a 69 anos, que co-residem com outras pessoas, com 4 anos ou menos de estudo e com renda mensal entre 1 e 2 salários mínimos. Frente às condições de saúde, identificou a prevalência de idosos com função cognitiva preservada, sem sintomas depressivos, independentes para as atividades básicas e instrumentais de vida diária, que não faziam uso de polifarmácia, que não referiram osteoporose, mas com multimorbidade. O menor comprimento do telômero foi atribuído à 25% das pessoas idosas da amostra. A prevalência de insuficiência de vitamina D foi de 63,49%. As mulheres e pessoas idosas dependentes para realização de atividades básicas de vida diária tiveram mais chance de ter insuficiência de vitamina D, independente de idade e dos anos de estudo. Não houve associação entre a insuficiência de vitamina D e o menor comprimento dos telômeros entre as pessoas idosas analisadas, o que reforça a necessidade de mais estudos nessa temática sejam realizados, especialmente, com delineamento longitudinal.