Rede polimérica a base de polidimetilsiloxano funcionalizado com grupo amino contendo dióxido de titânio para aplicação na degradação do corante azul de metileno
Data
Autores
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
Nos últimos anos, foi observado um crescimento demográfico e, como forma de atender às necessidades dessas pessoas, houve uma intensificação nas atividades industriais. Consequentemente, essas fábricas geram mais resíduos, descartando-os de maneira inadequada em efluentes aquosos, causando sérios problemas ambientais, como é o caso dos corantes. Nesse contexto, uma rede polimérica baseada em poli(dimetilsiloxano) (PDMS) funcionalizada contendo dióxido de titânio foi sintetizada com o objetivo de explorar sua propriedade de degradação do corante azul de metileno. Essa rede foi preparada com os seguintes precursores: poli(dimetilsiloxano) (PDMS), 3-aminopropiltrimetoxisilano (APTMS), 3- cloropropiltrimetoxisilano (CPTMS) e dióxido de titânio. Os materiais preparados foram denominados DPAC – 0,125, DPAC – 0,250, DPAC – 0,500, DPCC – 0,500 e PAC de acordo com a razão massa/massa entre o PDMS e o TiO2. Os materiais sintetizados foram caracterizados por espectroscopia na região do infravermelho por transformada de Fourier (FTIR), difração de raios X (DRX), análise termogravimétrica (TG), microscopia eletrônica de varredura (MEV) e espectroscopia de dispersão de energia de raios X (EDS). No infravermelho foi possível identificar as bandas características de uma rede polimérica funcionalizada contendo dióxido de titânio. Através da análise termogravimétrica foi possível verificar a estabilidade térmica dos materiais, sendo as redes DPAC – 0,500 e DPCC – 0,500 as mais estáveis, com pico máximo de degradação em 660°C e que geraram maior teor de resíduos, 49,9% e 47,7%, respectivamente. A difração de raios X indicou a estabilidade da fase anatase do dióxido de titânio após a formação da rede, com seu pico característico principal na posição 2θ no ângulo de 25,3º. A microscopia eletrônica de varredura e a espectroscopia de dispersão de energia de raios X permitiram a avaliação da morfologia da superfície dos materiais e o mapeamento da distribuição dos átomos presentes nos materiais. Finalmente, foram realizadas reações de degradação com os materiais, avaliando a cinética de degradação e a taxa de descoloração. Concluindo que os materiais com maior teor de dióxido de titânio, DPAC – 0,500 e DPCC – 0,500, apresentaram as maiores taxas de descoloração, 85,01% e 82,82%, respectivamente, assim como as cinéticas mais rápidas, 4,5x10-3 e 3,3x10-3 .