As fichas de encaminhamento que formam concepções sobre as dificuldades de aprendizagem

Neste trabalho, de abordagem qualitativa, tivemos como objetivo identificar e analisar, à luz da teoria histórico-cultural, a ficha de encaminhamento para a sala de AEE, utilizada como instrumento de trabalho pelas professoras da Rede Municipal de Educação da cidade de Guaxupé/MG, e quais concepções essas fichas formam sobre o que vem a ser dificuldade de aprendizagem no cotidiano escolar. De modo específico, buscamos por fazer um estudo sobre desenvolvimento e aprendizagem, tendo os estudos de Vigotski e a teoria histórico-cultural como aporte teórico que sustentou essa pesquisa. Analisamos esse instrumento à luz dessa teoria e discorremos sobre quais concepções os professores têm em relação à dificuldade de aprendizagem que estão presentes nos critérios da ficha. Nosso objetivo é, ao analisar essa ficha, colaborar com o trabalho e a prática pedagógica das professoras em relação à dificuldade de aprendizagem, ainda tão presente nos espaços educacionais. De modo geral, consideramos, após a realização desse trabalho, a necessidade de que o professor tenha uma concepção clara do que seja dificuldade de aprendizagem para que o encaminhamento de um aluno, a um atendimento educacional especializado, não se torne um equívoco e sim, uma necessidade.