Análise do relato de uma trabalhadora doméstica de Varginha-MG sobre as violências que sofreu no ambiente de trabalho
| dc.contributor.advisor | Oliveira, Aline Lourenço de | |
| dc.contributor.author | Marques, Patrícia de Oliveira | |
| dc.contributor.referee | Pereira, Cilene Margarete | |
| dc.contributor.referee | Onuma, Fernanda Mitsue Soares | |
| dc.date.accessioned | 2025-09-16T14:00:09Z | |
| dc.date.available | 2025-09-16T14:00:09Z | |
| dc.date.issued | 2025-07-09 | |
| dc.description.abstract | O Brasil configura-se como um dos países com o maior número de pessoas empregadas no trabalho doméstico remunerado, atividade marcada por profundas relações de classe, raça e gênero. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, (DIEESE, 2025) 93,5% das pessoas ocupadas nesse setor são mulheres, sendo 68,5% delas negras, o que evidencia a permanência de um legado escravocrata que estruturou e naturalizou o trabalho doméstico como uma função feminina, subalterna e racializada. Historicamente, as trabalhadoras domésticas enfrentaram relações de exploração, precarização, desvalorização e opressão, traços que remontam ao período colonial e que ainda se manifestam nas dinâmicas contemporâneas. Diante desse cenário, esta pesquisa teve como objetivo analisar, à luz da Teoria da Reprodução Social, as formas de violência vivenciadas por uma trabalhadora doméstica, bem como investigar o reconhecimento dessas situações enquanto formas de violência. A investigação, de abordagem qualitativa, utilizou entrevista semiestruturada como método de coleta de dados, permitindo a escuta atenta das experiências e desafios enfrentados por essa mulher em sua trajetória laboral. O resultado revelou que a trabalhadora doméstica reconhece, de forma mais objetiva, ter sofrido violência sexual. Contudo, tanto a violência patrimonial quanto as relações de dominação e exploração foram frequentemente neutralizadas pelos vínculos afetivos estabelecidos com os empregadores. Isso evidencia a complexidade dessas relações e a naturalização de práticas opressivas no cotidiano do trabalho doméstico | |
| dc.description.abstract2 | Brazil is one of the countries with the highest number of people employed in paid domestic work, an activity marked by profound class, race, and gender relations. According to the Inter-Union Department of Statistics and Socioeconomic Studies (DIEESE, 2025), 93.5% of people employed in this sector are women, 68.5% of whom are black, which highlights the persistence of a slave-owning legacy that structured and naturalized domestic work as a female, subordinate, and racialized function. Historically, domestic workers have faced exploitation, precariousness, devaluation, and oppression, traits that date back to the colonial period and are still evident in contemporary dynamics. Given this scenario, this research aimed to analyze, in light of Social Reproduction Theory, the forms of violence experienced by a domestic worker, as well as to investigate the recognition of these situations as forms of violence. The qualitative research used semi-structured interviews as a data collection method, allowing for attentive listening to the experiences and challenges faced by these women in their work history. The results revealed that domestic workers recognize, in a more objective way, that they have suffered sexual violence. However, both economic violence and relationships of domination and exploitation were often neutralized by the emotional bonds established with employers. This highlights the complexity of these relationships and the normalization of oppressive practices in the daily routine of domestic work | |
| dc.description.physical | 108 | |
| dc.description.sponsorship | Não recebeu apoio/financiamento | |
| dc.identifier.credential | 2023.1.212.017 | |
| dc.identifier.lattesAdvisor | http://lattes.cnpq.br/0185062410418264 | |
| dc.identifier.lattesAuthor | http://lattes.cnpq.br/4278253292262008 | |
| dc.identifier.uri | https://repositorio.unifal-mg.edu.br/handle/123456789/2958 | |
| dc.language.iso | pt | |
| dc.publisher.campi | Campus Varginha | |
| dc.publisher.course | Mestrado em Gestão Pública e Sociedade | |
| dc.publisher.department | Instituto de Ciências Sociais Aplicadas | |
| dc.publisher.initials | UNIFAL-MG | |
| dc.publisher.institution | Universidade Federal de Alfenas | |
| dc.publisher.program | Programa de Pós-Graduação em Gestão Pública e Sociedade | |
| dc.subject.cnpq | Ciências Humanas | |
| dc.subject.cnpq | Ciências Sociais Aplicadas | |
| dc.subject.en | Paid domestic work | |
| dc.subject.en | Gender, race, and class inequality | |
| dc.subject.en | Domination | |
| dc.subject.en | Exploitation | |
| dc.subject.en | Domestic violence | |
| dc.subject.pt-BR | Trabalho doméstico remunerado | |
| dc.subject.pt-BR | Desigualdade de gênero | |
| dc.subject.pt-BR | Raça e classe | |
| dc.subject.pt-BR | Dominação | |
| dc.subject.pt-BR | Exploração | |
| dc.title | Análise do relato de uma trabalhadora doméstica de Varginha-MG sobre as violências que sofreu no ambiente de trabalho | |
| dc.type | info:eu-repo/semantics/masterThesis |
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