Avaliação da estratégia saúde da família no enfrentamento da hipertensão, diabetes e obesidade em pessoas idosas de Minas Gerais: um estudo ecológico de morbimortalidade

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2024-08-30

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Resumo

A transição demográfica, associada à transição epidemiológica, define o aumento populacional de pessoas idosas e da prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Diabetes Mellitus (DM) e obesidade que são condições crônicas não transmissíveis. A Atenção Primária à Saúde (APS) é a porta de entrada do sistema de saúde, sendo assim o objetivo desse trabalho foi avaliar a APS no enfrentamento das Condições Crônicas Não Transmissíveis (CCNT), especificamente a HAS, DM e obesidade em pessoas idosas de Minas Gerais (MG). Trata-se de um estudo do tipo ecológico de séries temporais entre os anos de 2012 e 2021 com base em dados secundários dos sistemas de informação público. O número de internações foi coletado no Sistema de Informações Hospitalares (SIH), o número de óbitos foi extraído do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), o número de consultas foi por meio do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB) e, por fim, o acesso ao nível de cobertura da ESF foi pelo e-gestor Atenção Básica (AB). A variável considerada dependente foi: grupos de causas de internação e mortalidade presentes na lista do CID-10, e a variável independente foram os anos- calendário. As análises de tendência foram realizadas por regressão linear pelo método de Prais-Winsten e as correlações de variáveis com distribuição normal foi de Pearson e não normal a correlação utilizada foi Sperman. As taxas de internações por HAS, DM e obesidade tiveram tendência decrescente, estacionária e crescente, respectivamente. Os resultados referentes as tendências das taxas de mortalidade por HAS, DM e obesidade foram crescentes em todas as condições avaliadas. Com relação as análises de correlação com os indicadores da ESF, os resultados encontrados apontam que a taxa de atendimentos e o percentual de cobertura da ESF influenciam na diminuição da taxa de internação por HAS, porém a taxa de mortalidade correlacionada com a taxa de atendimento foi positiva. A correlação entre a taxa de atendimento e percentual de cobertura da ESF comparado com a taxa de internação na DM não foi significativo estatisticamente e, quando comparado com a taxa de mortalidade a correlação foi positiva muito forte e forte, respectivamente. Por fim, a correlação entre a taxa de atendimento e percentual de cobertura da ESF com a taxa de internação foi positiva forte e quando correlacionados com a taxa mortalidade a correlação foi positiva moderada, sugerindo que apesar do aumento dos atendimentos e expansão da cobertura da ESF, aumenta as internações e óbitos. Diante disso, pesquisas de séries temporais e a correlação com os indicadores de saúde podem direcionar os gestores de saúde na implantação de políticas públicas de promoção da longevidade por meio do enfretamento das CCNT, principalmente a obesidade.


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