(Re)produção do espaço urbano e segregação socioespacial em Poços de Caldas, Minas Gerais

O objetivo principal desta pesquisa é a compreensão da (re)produção do espaço urbano e do processo de segregação socioespacial em Poços de Caldas (MG), considerando a atuação dos diversos agentes produtores do espaço historicamente e a morfologia urbana. Poços de Caldas é uma cidade média da mesorregião Sul e Sudoeste de Minas, localizada junto à divisa entre os estados de Minas Gerais e São Paulo. Desde sua fundação, a produção do seu espaço urbano teve como orientação algumas peculiaridades locais, como o meio físico, os recursos naturais das águas sulfurosas e os recursos minerais. No decorrer do processo histórico, Poços de Caldas alterou suas formas, funções e estrutura urbana. Desse modo, consideram-se três fases da produção do espaço urbano: fase de formação e consolidação (que se inicia nas últimas décadas do século XIX e termina em meados do século XX), fase de expansão (após meados do século XX até a o ano de 1970) e fase da fragmentação (desde o início da década de 1970). A reestruturação da cidade após a década de setenta intensificou os processos de segregação socioespacial. A cidade tornou-se fortemente dispersa e fragmentada devido às implantações de programas de habitação de interesse social em áreas distantes e descontínuas do tecido urbano e pelas iniciativas relativas à implantação de espaços residenciais fechados na periferia urbana.

El objetivo principal de esta investigación es comprender la (re) producción del espacio urbano y el proceso de segregación socioespacial en Poços de Caldas (MG), considerando la actuación de dos agentes distintos que producen históricamente la morfología espacial y urbana. Poços de Caldas es una ciudad de tamaño mediano en la mesorregión sur y suroeste de Minas Gerais, ubicada en la frontera entre los estados de Minas Gerais y São Paulo. Desde su fundación, la producción de su espacio urbano se ha guiado por algunas peculiaridades locales, como el entorno físico, los recursos naturales de aguas sulfurosas y los recursos minerales. Así, se consideran tres fases de la producción del espacio urbano: fase de formación y consolidación (comenzando en las últimas décadas del siglo XIX y finalizando a mediados del siglo XX), fase de expansión (desde mediados del siglo XX hasta el año 1970) y fase de fragmentación (desde principios de la década de 1970). La reestructuración de la ciudad a partir de los años setenta intensificó los procesos de segregación socioespacial. La ciudad se ha vuelto altamente dispersa y fragmentada debido a la implementación de programas de vivienda de interés social en áreas distantes y discontinuas del tejido urbano y las iniciativas relacionadas con la implementación de espacios residenciales cerrados en la periferia urbana.