Associação da insegurança alimentar e nutricional com indicadores sociodemográficos, antropométricos, bioquímicos e de consumo alimentar em escolares de um munícipio sul mineiro
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Resumo
A Insegurança Alimentar e Nutricional (IAN) pode ser caracterizada como a ausência ou o acesso reduzido a alimentos em quantidade e qualidade suficientes para o desenvolvimento dos indivíduos. Este estudo objetivou avaliar a IAN e fatores associados em escolares do município de Poço Fundo-MG. Trata-se de um estudo transversal com 178 crianças de 6 a 9 anos. Foram coletadas informações sobre IAN, estilo de vida, consumo alimentar e perfis sociodemográfico, antropométrico e bioquímico, por meio de protocolos padronizados. Os dados foram apresentados, por meio de análises descritivas e inferenciais, empregando-se análises univariadas e bivariadas. Todas as variáveis com nível de significância de p<0,20 foram submetidas ao modelo de regressão logística com intervalo de confiança de 95% e para as demais análises foi considerado o nível de significância estatística de p<0,05. Nas análises, utilizou-se os softwares SPSS versão 25.0 e Jamovi versão 2.3. A IAN esteve presente em 29,2% (n=52) na amostra avaliada. Pela análise de regressão, indivíduos com renda familiar mensal de até 1 salário mínimo, que tiveram alteração na renda pós-Covid-19 e que consumiam salgadinhos/macarrão instantâneo, estiveram mais expostos ao desfecho (IAN). Por outro lado, os beneficiários de programa governamental, que consumiam frutas frescas e realizavam quatro refeições por dia, apresentaram menor chance para IAN. A curva ROC (Receiver Operating Characteristic) indicou capacidade excelente do modelo de regressão logística em classificar as variáveis (especificidade: 0,862; sensibilidade: 0,635 e área sob a curva: 0,897). Destaca-se que os fatores socioeconômicos e marcadores de consumo alimentar, desfavoráveis, se associaram com a IAN em escolares.